A Duquesa de Alba era uma Grande Senhora na justa acepção da palavra, além de ser "la más Grande entre los más Grandes de España", segundo palavras dos próprios espanhóis, os conhecedores da matéria.
Conhecia pessoalmente a Senhora Duquesa e tive a enormíssima honra de ser por ela considerada "Mi querida amiga".
Por aqui me fico, pois acrescentar o que quer que seja sobre uma personalidade única, cheia de classe e distinção, atestando em simultâneo a generosidade, carinho e simpatia com que acolhia todos quantos dela se acercavam, independentemente do extracto social, ainda que mantida a (discreta e não imposta) distância requerida, seria redundante.
Paradoxalmente os seus inúmeros títulos nobiliárquicos não anulavam a sua genuinidade, autenticidade e gentileza. Além do mais era possuidora de uma simplicidade de carácter e despretensiosismo desarmantes. Estas qualidades raramente se encontram reunidas numa mesma pessoa e muito menos em individualidades de tão elevado estatuto social. Razão pela qual o seu fiel núcleo d'amigos era extensíssimo e o povo espanhol, aquele que se considera integralmente patriota, a adorava.
Pessoalmente estou-lhe grata José por ter recordado a Duquesa neste momento de tristeza para a família e amigos, sem esquecer a legião d'admiradores não só em Espanha como em todo o mundo. Que Deus a tenha em Eterno descanso.
Aproveitando a pergunta muito oportuna de Hajapachorra, o José desculpar-me-á mas não gostei nem um bocadinho do título que deu a este tema. Podia ter sido outro qualquer, mas... "Metáfora da Monarquia"!? "Metáfora", a que propósito?
Esta pergunta impõe-se porque tendo eu conhecido a Duquesa e conhecendo igualmente o seu último marido, Alfonso Diez - cujas famílias, a propósito e anterior ao matrimónio, já mantinham relações de amizade havia mais de vinte anos - não vejo José, com o devido respeito, motivo para um título tão ambíguo ou se se quiser, anacrónico.
Tendo em conta a sua personalidade vincadíssima, o seu carácter forte mas leal, a sua extrema educação e sua elevada distinção como pessoa, perante a memória da falecida Duquesa de Alba não é possível haver quaisquer ambiguidades. Mesmo para quem não a conheceu de perto ou, ainda menos e justamente por isso, pessoalmente.
8 comentários:
a duquesa Sevilhana dançou flamenco descalça
na rua no dia dos anos
o outro ....
Um mau trabalho de taxidermia?
Esta duquesa tinha uma alegria contagiante.
Quem dera chegar a esta idade assim!
ZAMOT afirma que a mesma tinha 54 titulos, mas a de medinacelli tem 56 - o que a faz "campeã" do mundo neste aspecto.
E ZAMOT (josé tomaz de mello breyner) sabe disto como poucos.
Fiquei satisfeito pela informaao fidedigna, quando o li no OBSERVADOR.
Ignorava o facto.
A Duquesa de Alba era uma Grande Senhora na justa acepção da palavra, além de ser "la más Grande entre los más Grandes de España", segundo palavras dos próprios espanhóis, os conhecedores da matéria.
Conhecia pessoalmente a Senhora Duquesa e tive a enormíssima honra de ser por ela considerada "Mi querida amiga".
Por aqui me fico, pois acrescentar o que quer que seja sobre uma personalidade única, cheia de classe e distinção, atestando em simultâneo a generosidade, carinho e simpatia com que acolhia todos quantos dela se acercavam, independentemente do extracto social, ainda que mantida a (discreta e não imposta) distância requerida, seria redundante.
Paradoxalmente os seus inúmeros títulos nobiliárquicos não anulavam a sua genuinidade, autenticidade e gentileza. Além do mais era possuidora de uma simplicidade de carácter e despretensiosismo desarmantes. Estas qualidades raramente se encontram reunidas numa mesma pessoa e muito menos em individualidades de tão elevado estatuto social. Razão pela qual o seu fiel núcleo d'amigos era extensíssimo e o povo espanhol, aquele que se considera integralmente patriota, a adorava.
Pessoalmente estou-lhe grata José por ter recordado a Duquesa neste momento de tristeza para a família e amigos, sem esquecer a legião d'admiradores não só em Espanha como em todo o mundo.
Que Deus a tenha em Eterno descanso.
Por essa ordem de ideias a formosíssima Donatella Versace seria 'metáfora' (metáfora?!) da república.
Aproveitando a pergunta muito oportuna de Hajapachorra, o José desculpar-me-á mas não gostei nem um bocadinho do título que deu a este tema. Podia ter sido outro qualquer, mas... "Metáfora da Monarquia"!? "Metáfora", a que propósito?
Esta pergunta impõe-se porque tendo eu conhecido a Duquesa e conhecendo igualmente o seu último marido, Alfonso Diez - cujas famílias, a propósito e anterior ao matrimónio, já mantinham relações de amizade havia mais de vinte anos - não vejo José, com o devido respeito, motivo para um título tão ambíguo ou se se quiser, anacrónico.
Tendo em conta a sua personalidade vincadíssima, o seu carácter forte mas leal, a sua extrema educação e sua elevada distinção como pessoa, perante a memória da falecida Duquesa de Alba não é possível haver quaisquer ambiguidades. Mesmo para quem não a conheceu de perto ou, ainda menos e justamente por isso, pessoalmente.
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