Na passada quinta-feira a notícia rapidamente foi ultrapassada pelas novidades da operação Marquês, mas vale a pena repescar, porque está relacionada:
O Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) considerou esta quinta-feira ser legal mas imprudente a operação de "limpeza eletrónica" feita pelo SIS no gabinete do presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo.
Esta posição foi veiculada pelo presidente do CFSIRP, o deputado social-democrata Paulo Mota Pinto, depois de três horas de reunião da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, que decorreu à porta fechada. Os membros do CFSIRP apresentaram explicações aos deputados sobre os resultados da sua investigação relativamente ao caso de elementos da PJ terem observado agentes do SIS (entre eles o próprio director, Horácio Pinto) a fazerem uma "limpeza eletrónica" no gabinete de António Figueiredo, entretanto preso preventivamente no âmbito da "Operação Labirinto", relacionada com a concessão de 'vistos gold'.
O CFSIRP é constituido por três pessoas. Para além daquele Paulo Mota Pinto que esteve para ir para o novo BES e não foi, fazendo rapidamente marcha atrás, estão lá o inefável João Soares, filho de quem se sabe e membro de pleno direito da irmandade da Viúva, vulgo Maçonaria clássica, a boa. Está lá também um magistrado do MºPº chamado José António Branco. Tudo indica que o filho de Mota Pinto e este serão supranumerários da irmandade porque senão nem teriam sido indicados para o lugar.
E que fizeram, em audição rápida e secreta, os responsáveis pelo apuramento de responsabilidades sobre o "varrimento electrónico" no IRN? Ouviram os "homens da mala" e parece que consultaram documentos, sem verificar teriam sido varridos. Concluiram que o que fizeram os agentes do SIS no gabinete do IRN foi "inocente". Parece que fumaram por lá mas não inalaram nada. Não se deve fumar em locais fechados, mas como não inalaram não houve perigo, tendo sido apenas imprudentes, porque poderia dar-se o caso de alguém tossir e ficar gravado.
De resto, nada mais se esperaria de tal Conselho bem avisado para não importunar fumadores inveterados.
Infelizmente há sempre quem não goste de ser levado por parvo e comido com casca e tudo. Uma dessas pessoas é um antigo agente da PJ que agora comenta na CMTV, juntamente com Rui Pereira, o mentor veterano destes fumadores amadores e que continua apreciador dos "puros" ou de uma boa cachimbada metafórica que mande fumo para os olhos alheios.
Alguns desses comentários apareceram na revista do CM do passado Domingo mas não devem ter sido lidos por aqueles lídimos representantes da república no tal conselho de fumadores que não inalam.
Tudo isto seria inócuo se fosse inocente. Porém, aparece o Perestrello com dois ll, a jurar em nome do PS e da Maçonaria que o SIS e o SIRP e sei lá que mais está muito bem assim e assado. Não se toque nos fumadores que não inalam e mandam fumo para os olhos alheios.
A republiqueta continua sem emenda e os ratos, ao largo, não fumam. Mascam tabaco.