Para provar que realmente o recluso 44 é mesmo especial e diferente do corrente, amanhã o jornal Público traz uma carta que o mesmo lhe enviou. Por interposta pessoa, naturalmente. E não seria de estranhar que essa pessoa fosse a visita de hoje, dia em que nem havia visitas para os outros presos, embora segundo o jornal a carta seja apócrifa e escrita a mando do recluso 44.
"Isto é um caso político", disse o visitante, patético na sua expressão que envergonha o país que somos. "Até agora ele devia ter sido primeiro julgado", disse também o patético. E até mandou um recado para o juizz de instrução. "Eu também sou jurista", disse, disparatando um conselho sobre um julgamento que já devia ter sido feito.
Quanto ao recluso 44 é fantástico o que se passa no EP de Évora. A partir daqui o melhor é repristinar o comentário de Domingo na RTP e deixá-lo defender-se pela tv. Esta da carta ao Público não é muito diferente...
Pelos vistos o recluso 44 diz que vai defender-se com as armas do Estado de Direito. Vê-se...a mulher do advogado que agora divulgou a carta apócrifa, já se deu ao luxo de comentar o interrogatório efectuado em segredo de justiça, num tweet qualquer que entretanto apagou.
Isto está bonito e parece que ninguém põe cobro a este despautério em que o recluso 44 se "defende com as armas do Estado de Direito"...ridicularizando o mesmo Estado de Direito.
Resta saber se esta estratégia do recluso 44 é a melhor, mas isto soa-me demasiado a Vale e Azevedo.
É evidente que o MºPº tem que dar o máximo no esforço investigatório para mostrar ao recluso 44 que não adianta muito esbracejar quando se está em areias movediças.
Para já, impõe-se uma visita formal ao bijan de Los Angeles, no Rodeo Drive. Para saber quem colocou na montra do estabelecimento esta vergonha nacional...e quem a pagou.