Daqui:
PGR abriu investigação às falhas na plataforma informática Citius
JUSTIÇA
A Procuradora-Geral da República (PGR) abriu uma investigação depois de a ministra da Justiça ter enviado um relatório sobre a plataforma informática Citius, tendo nomeado o procurador Pedro Verdelho para assumir o inquérito.
A PGR informou ontem que na sequência do envio do relatório, na passada sexta-feira, pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, «foi instaurado um inquérito com a finalidade de investigação», da matéria referida no documento sobre o Citius. A PGR adianta que, atendendo à complexidade processual e à repercussão social da matéria em investigação, nomeou para assumir a direcção do inquérito o procurador da República, Pedro Verdelho, tendo em consideração os «especiais conhecimentos técnicos» deste magistrado.
O relatório, elaborado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IG- FEJ) e enviado pela ministra para a PGR, aponta para alegadas omissões de informações importantes das chefias intermédias durante o processo de adaptação da plataforma à nova organização judiciária, que podem configurar a prática de eventuais ilícitos criminais.
E daqui:
O Ministério Público arquivou esta segunda-feira o inquérito relacionado com a plataforma informática Citius, “por considerar não existirem indícios do crime de sabotagem informática”, avançou a Procuradoria-Geral da República em comunicado.
O inquérito foi aberto há cerca de duas semanas, a 27 de outubro de 2014, “e nele foram coligidos documentos e inquiridas testemunhas, tendo sido constituídos e interrogados dois arguidos”.
Recorde-se que dois funcionários da Polícia Judiciária tinham sido constituídos arguidos por suspeitas de terem sabotado o sistema, quando integravam a equipa que gere a plataforma.
“As diligências realizadas permitiram esclarecer as dúvidas que o documento remetido pelo Ministério da Justiça suscitou, afastando a suspeita de que tivesse ocorrido sabotagem informática na adaptação da plataforma Citius à Lei de Organização do Sistema Judiciário”, lê-se no comunicado.“Dos elementos recolhidos não resultou prova suficiente relativamente à verificação do crime de coação”, lê-se.
Pedro Verdelho não é magistrado que se deixe envolver em politiquices, penso eu de que. E por isso o que concluiu é de fiar. Por isso, a ministra da Justiça que tire as devidas ilações.
47 comentários:
José
Depois de no reinado do Pinóquio se ter investido muito em tecnologias informáticas, nalguns casos com bons resultados, a ideia da Troika de cortar 500 milhões de € por ano nas despesas de manutenção, não indicando o que seria para abandonar, só podia dar nisto.
Aquele tratado maravilhosos, indicava valores para cortes mas regra geral para fazer o mesmo com muito menos.
No que estava mal gerido terá resultado, mas no bem gerido destruiu tudo.
Foi o citius e muito mais na máquina do Estado, até com inúmeras aplicações de software livre que não funcionam e cujos custos se revelam desastrosos.
E irá chegar aos impostos!
discordo porque o MONSTRO, particularmente o MP e a informática não me merecem crédito por muito grande que seja a sua idoneidade e prestígio
tenho fortes razões pessoais para afirmar que em questões de pesquisa (é fino dizer curadoria de conteúdos) e domínio das tecnologias são umas lástimas
o mesmo em relação aos profissionais da magistratura não eleita
alguns deles devolvidos de Timor
'algo está podre ...' no vilarejo ou aldeia (hamlet)
Também achei isto tudo demasiado estranho.
Foram feitos arguidos e afinal não era nada?
Então foi apenas incompetência natural?
É o mesmo que se passa com o concurso de professores.
Se não é sabotagem que existe de há longos anos então também é a incompetência natural.
Depois insistem que temos génios em informática.
Estranho que nem um trabalhe para o Estado ou lhe comprem serviços.
Nunca percebi como funciona esse Citius nem, particularmente, o que falhou.
"Bloquear", não é nada em termos informáticos. "Dar erro" também não. Tudo isso é exactamente o mesmo que dizer "avariou", como se de um carro ou ar condicionado se tratasse.
Ninguém explicou a avaria em termos concretos.
Fui ver os manuais da coisa e enfim, tem ar de ser mesmo a sucata que dizem ser.
Haver integração com o Office é logo meio-caminho andado para se encalacrar tudo.
O que eu ali vejo são chorudos contratos para a Microsoft, já que aquilo nunca trabalhará fora de ambiente Microsoft.
Não sei porque vêm com o software livre. Tem toda a lógica que o Estado use esse. Porque para não usar software livre e fazer abortos como o Citius com software licenciado (por milhares de milhões, certamente) mais vale estar quieto.
Na Wiki diz que "foi concebido e desenvolvido por Oficiais de Justiça, na DGAJ".
Para fazer este trabalho não são precisos génios da informática, tal como para fazer uma ponte não são precisos génios da engenharia civil.
Como sempre, o Estado - logo, o contribuinte - foi intrujado.
Também gostava de perceber como é que numa investigação de meia duzia de dias se conclui logo não ter havido sabotagem informática.
O apuramento dos factos não exigia que se fizesse uma perícia ao sistema, a perceber o que falhou e porque falhou?
Limitaram-se a ouvir testemunhas e a juntar documentos?
E, como pergunta a Zazie, para que ouviram os suspeitos como arguidos se tão depressa concluiram que não havia crime?
Que indicios minimos do crime havia para legitimar a constituição dos suspeitos como arguidos, que rapidamente se esfumaram?
Lamento muito dizer, mas considero tempo perdido esperar algo de positivo dos casos principais entregues ao MP. Acumula actualmente com o síndrome do Meco. Ficava admirado se tivessem encontrado provas. O problema de que me apercebi é impreparação na condução e incapacidade de direcionar a investigação. Não encontrar indícios não significa que não existam. Nunca diria não foram localizadas, mas não conseguimos obter ‘evidências’.
http://www.mazzilli.com.br/pages/artigos/indicio.pdf
No meu entendimento e como conheço o magistrado em questão, julgo que o que se fez no inquérito foi suficiente para se concluir o que foi concluído.
No entanto, como não costumo pôr as mãos no fogo por ninguém, por aqui me fico neste convencimento.
Se outras provas houver estou certo que serão mostradas e avaliadas, agora em sede de instrução.
Ao contrário do que se possa pensar não tiro conclusões apressadas destas coisas que são sempre delicadas. O que a PGR tem que fazer é mostrar o despacho de arquivamento para se aquilatar.
A mim interessa-me mais outra questão:
Se não é sabotagem (e imagino que sabotagem informática é coisa que só pode ser feita por quem também a sabe encobrir) é o quê?
Incompetência? como a tradicional incompetência no concurso de professores?
Nestas questões técnicas os juízes só podem seguir pareceres técnicos de outros.
E imagino que acreditem neles piamente pois o assunto é chinês.
Deve dar para tudo e o seu contrário.
Mas o que não entendo é a figura de arguido. Lembrava-me que se tinha modificado.
A questão do arguido é fácil de entender:
Logo que se fez a participação foram indicados suspeitos que evidentemente tinham que ser ouvidos.
E deveriam sê-lo em que qualidade? De testemunhas? Não me parece por um simples motivo: se as suspeitas incidiam directamente sobre eles e foi assim que foram apresentados pelo governo à opinião pública, sendo evidentemente já arguidos oficiosos, andou bem o magistrado Pedro Verdelho em ouvi-los logo como arquidos porque tal lhes confere mais direitos.
Como testemunhas eram obrigados a dizer a verdade, mas se em qualquer altura dissessem que essa verdade os podia comprometer, a obrigação do magistrado, imediatamente, era passar a ouvi-los como arguidos.
Não sei se foi esse o caso, mas é esta a explicação para o facto.
Por outro lado, o que se passou com o Citius merecia um inquérito parlamentar, porque ainda não percebi o que aconteceu.
Ok. É isso. Como arguidos têm mais direitos. Der não abrirem a boca, por exemplo
eheheh
Custa-me a perceber como se conclui não ter havido sabotagem informática em duas semanas, apenas com documentos e testemunhas, sem se fazer uma perícia técnica ao sistema.
É impossível chegar a uma conclusão sem se perceber qual foi a avaria ou avarias.
Especificamente, o que falhou?
Sem saber isto, não sabemos nada.
Os funcionários em causa estavam no Departamento de Arquitectura de Sistemas. Mas também existe um Departamento de Serviços de Suporte Tecnológico, com uma dependência intitulada Administração de Sistemas e Redes.
Ora, "bloquear" pode fazer-se bloquear qualquer programa distribuído (que funcione em, e dependa da, rede) perturbando de alguma forma a própria rede. Um caso conhecido é o dos ataques D.O.S. (Denial of service) dos Anónimos há uns tempos.
Portanto, sem saber qual foi a avaria, ou avarias, não saberemos nada.
Não é surpresa que, após escorrer tanta tinta sobre o assunto, ainda não saibamos coisa nenhuma.
E como se consegue saber isso Muja?
O que se passou no citius, muito se deve ter divertido a criatura que baptizou a coisa, passou-se em muitas plataformas de serviços públicos: corte nos custos, ajuste directo a amigos sucateiros, no fim merda para todos e irresponsabilidade geral. Quanto ao MP obviamente não merece qualquer respeito por parte de quem alguma vez ainda que remotamente tenha sido obrigado a contactar com tal monstruosidade. Os juízes e procuradores em geral são mesmo muito maus, sabem algum direito e mais nada, gente empertigada, sem mundo, sem formação, finalmente... sem educação. E no caso do MP gente muito complexada.
"Os juízes e procuradores em geral são mesmo muito maus, sabem algum direito e mais nada, gente empertigada, sem mundo, sem formação, finalmente... sem educação. E no caso do MP gente muito complexada. "
Tendo a concordar se nesse lote de gente complexada incluir umas tantas profissões públicas.
Afinal quem temos como elite?
O problema da gente cpmplexada e sem educação explica-se facilmente, a meu ver: "se queres ver o vilão, dá-lhe a vara para a mão".
...mas há muita gente que não respeita o poder judicial. Também um caso de falta de educação, cívica.
Começam logo por tratar os magistrados por "ó doutor!", como se fossem advogados que prestam serviço liberal.
JC,
de duas formas, complementares: perguntar a quem usa o que não funciona e devia funcionar; nunca vi isto em nenhum merdia. Falaram dos prejuízos, das inconveniências e da maçadas, mas ninguém explicou, ao certo, porque não conseguiam as pessoas trabalhar.
Mais uma vez, bloquear, não é nada: o que bloqueava? O programa? O computador? A rede?
Por exemplo: do que vi no manual, aquilo tem integração com o Office, ou seja, depende dele para redigir documentos pelo menos. Basta que as licenças expirem e não se renovem, para "bloquear" tudo. E nem sequer tem que ver directamente com o Citius...
Depois, naturalmente que quem melhor sabe o que se passa - quem pode precisar o problema e eventualmente as causas - é o pessoal técnico que trata daquilo.
De qualquer maneira, ninguém (nos merdia) se lembrou de ir saber qual era, afinal, o problema e informar as pessoas. Porque, obviamente, o que interessa é alimentar a comédia.
"aquilo tem integração com o Office, ou seja, depende dele para redigir documentos pelo menos". Nope.
Funciona integrado, se for escolhido, mas dispensa essa funcionalidade.
O que falhou no Citius, essencialmente, foi a migração dos processos.
Muitos processos físicos que existiamm nas várias comarcas e já colocados em rede nessa comarca, permitindo o acesso por via electrónica, careceram de ser transferidos electronicamente para uma única comarca das 23 agora existentes porque mudaram de referência.
Foi preciso transferir electronicamente vários milhões de documentos.
Essa transferência não funcionou bem, porque o sistema colapsou e não permitia o acesso a quem assim o pretendia e devia consultar electronicamente.
A questão é saber porque colapsou e não foi possível que nas tais comarcas se fizesse a transferência electrónica para a comarca central, que agora são em número de 23.
Portanto, cada processo tem um determinado "peso" em bits de informação ( espero não estar a dizer asneiras...) e que reune os documentos que o compõem, como sejam os termos electrónicos, os documentos digitalizados, etc etc.
Transferir cada um desses processos de modo a que na tal comarca central, a multiplicar por 23, estivesse tudo em condições foi o problema.
Em determinada altura não era possivel aceder ao programa porque não permitia tal coisa, indicando erro na chave de autenticação e outras anomalias.
Devo dizer que o programa é uma seca de exigências de autenticações, mas depois vai a ver-se e o "dono" do mesmo, ou seja o Ministério da Justiça, se quiser pode ir lá espreitar os processos.
Enfim...
Volto ao que disse ontem.
Sem ovos não temos omeletes.
Querem soluções baratas, migrações sem testes fiáveis (normalmente testam com meia dúzia de casos e considera que serve para tudo) e por ultimo falta de capacidade de maquinas, rede e programação, e dá nisto.
Qualquer pessoa que use computadores sabe que no inicio quando estão a 20% da capacidade funcionam bem, mas depois de usados e a 80% começam a bloquear.
Depois há aquela palermice que o Muja refere. O office grátis é uma merda de todo o tamanho, além de ser uma copia descarada da Microsoft. É barato na licença mas caríssimo na utilização (ou melhor, por não se conseguir fazer nada decente).
Foi no citius e está a ser um pouco por todos os organismos públicos, em que bases de dados estão a colapsar.
O que falhou foi a integração de todos os documentos ( processos são documentos) que já existiam em rede e guardados algures, numa rede com outros utilizadores diversos dos originais.
Em vez de serem documentos partilhados por cada núcleo de comarcas que eram centenas, passaram a ser documentos a serem partilhados em 23 comarcas, incluindo aqueloutras que deixaram de ser e passaram a chamar-se instâncias locais.
Portanto, essencialmente o que me parece é que o fundamental foi uma mudança nos utilizadores desses documentos que já existiam.
A tal "migração" foi isto.
E levou milhões e milhões de euros. Só a PT levou mais de sete milhões.
Mas eles usam o Office à borla?
Uma merda é pouco.
Marinho e Pinto no Correio da Manha
Cultura da investigação criminal
Ataque aos principais centros de corrupção financeira no País não passou das notícias.
Continuo na minha: duas semanas é tempo insuficiente para se investigarem factos desta complexidade.
Arquivar o processo dizendo que não há indícios quando não se esgotaram as diligências de investigação que poderiam ter sido feitas - desde logo o tal exame por peritos de informática - parece-me estranho.
Diferente seria, penso eu, se se tivesse arquivado o processo por se entender, em face da queixa e das diligências entretanto efectuadas, que não havia crime.
Mas arquivar por falta de indícios do crime quando a investigação se limita a apenas duas semanas, com mera inquirição de testemunhas, não me soa bem.
A divulgação do despacho de arquivamento poderia ajudar a compreender o que só assim me custa a encaixar.
Bom, antes de mais, vocezes perceberam mal e agora vão-me atirar pedras: eu não estava a defender o office da microsoft...
Não quer dizer que defenda o outro (e qual? Há mais que um), mas o que me levou a comentar isso foi ver que o Citius assenta em plataforma Microsoft (Windows + Office), pelo menos do lado do utilizador e aposto que também nos bastidores (em que as licenças, aí sim, são "upa upa").
Não tenho problemas com as aplicações pagas. Mas aquilo tem de funcionar. Se não funciona é dinheiro deitado ao lixo. De resto, pessoal e profissionalmente, posso afirmar que não há nada que se possa fazer naquilo que se não possa fazer em software livre. E livre significa que não é só de borla, mas que pode ser adaptado, corrigido e melhorado sem ter de dar cavaco ou pedir contas a ninguém.
Dir-me-ão que o livre sai barato no preço mas depois é preciso gente que saiba da poda. Isto é, tem de se fazer o desenvolvimento e engenharia dentro de portas.
É uma questão parecida à das parcerias jurídicas.
Pessoalmente, preferia ver o Estado com competência e saber para desenvolver essas actividades.
Para além de tudo isto há ainda outro inconveniente: se e quando se quiser alterar o sistema, não se vai poder abdicar da Microsoft porque, regra geral, o que se faz para aquilo não trabalha em mais nada.
Quanto ao que o José disse, o problema parece ser, portanto, uma "migração" desastrada. Significa isto que houve cópia de informação de bases de dados para bases de dados, ou alterações fundamentais no esquema dessas bases de dados.
As migrações são problemas não triviais mas frequentes em informática e administração de sistemas e bases de dados. Por isso existem indicações para se fazer com um mínimo de risco, porque há sempre risco de alguma coisa correr mal.
- ter cópias da informação
- evitar desencadear e correr o processo durante o tempo de utilização, o que leva a fazê-lo por partes
- as partes podem ser espaciais (migrar os processos de uma comarca de cada vez) ou temporais (só se faz fora da hora de expediente) ou ambas
Normalmente, em se podendo, o processo mais eficaz e seguro consiste em copiar a informação e migrar a cópia. Uma vez concluído o processo, apontam-se os utilizadores para a cópia migrada. Assim, se acontecer alguma coisa, ninguém é afectado e o mal maior é recomeçar.
Porque não foi isto feito, e porque se permitiu que o processo afectasse os utilizadores, é o que resta, agora, saber.
Se tivesse de adivinhar, diria que fazer as coisas pelo seguro envolveria parar o sistema durante algum tempo na hora de expediente (por vezes não é possível evitar isso), talvez até por vários dias, mas alguém não quis assumir essa responsabilidade e mandou que se fizesse a migração "ao vivo", isto é, com o sistema a trabalhar normalmente. E correu mal.
Com que intenção foi a ordem dada, é o que determinará se houve ou não houve sabotagem...
Isto se eu tiver adivinhado bem.
Sim...e estas "migrações" têm necessidade de comer milhões de ruros, assim?
última hora, a 25ª
De acordo com os mais diversos sindicatos nunca houve no rectângulo qualquer erro humano. Todos eles devem ser sempre atribuídos à incompetência da maquinaria.
Este conceito engloba toda a responsabilidade política.
Muja
Vamos lá por partes.
Há mais de um office livre mas o habitual é o openoffice, pelo menos no Estado.
Dá para fazer ofícios desformatados e umas contas na folha de calculo. De resto pode fazer muita coisa mas é tão arcaico que irrita um monge budista. O pior mesmo é que atira para o lixo o trabalho que muitas pessoas fizeram durante anos.
Software livre é uma coisa estranha. Primeiro porque eu gostava de saber quem paga os infantários dos gajos que desenvolvem aplicações à borla. Segundo porque é defendido pelos mesmos (politicamente de esquerda Chic) que depois exigem que se pague uma taxa nas pen para dar dinheiro aos artistas, pelo direito de autor. Terceiro, porque nunca funciona com nada, é sempre necessário pagar a alguém para estabelecer as interfaces, e nisso paga-se um valor aos assalariados e desperdiça-se imenso na ineficiência de quem fica parado ou não consegue fazer o seu trabalho por entropia Informatica.
Eu contacto com varias pessoas no Estado, e tirando alguns ganzados do helpdesk, ninguém está satisfeito com as tretas "livres", nem os financeiros!
José
Provavelmente há aí alguma vingança.
Alguém deve ter dito à Ministra que havia riscos, mas ela ou outro resolveram avançar sem medos, e deram com a cabeça na parede.
Se calhar deviam saber o que é um risco!
Às vezes corre bem, outras não.
A ministra é teimosa e cometeu alguns erros básicos no início. O principal foi não mudar as chefias dos serviços de informação.
Não percebo porque o não fez.
Agora paga as favas e é bem feito. Não tenho pena nenhuma.
Quem diz serviços de informação diz polícias, claro.
Foca:
“Dá para fazer ofícios desformatados e umas contas na folha de calculo. De resto pode fazer muita coisa mas é tão arcaico que irrita um monge budista. O pior mesmo é que atira para o lixo o trabalho que muitas pessoas fizeram durante anos.”
Os documentos podem sair sem a formatação das ferramentas da Microsoft devido à má vontade desta empresa em aceitar este tipo de concorrência, dificultando documentos construídos com outras programas. Quanto ao arcaico, já trabalhei com ambos (openoffice e office) e no essencial faz-se a mesma coisa. Para um produto grátis desenvolvido por carolice um pouco por todo o mundo, não é mau. Consegue inclusive abrir versões de documentos MS Office que versões mais actuais deste assinalam como corruptas ou não abrem. É de assinalar que sendo um software open source (código fonte aberto), este pode ser alterado por qualquer pessoa que a isso se disponha, já o da microsoft sendo código fechado, não permite alterações. Quando surgem erros (bugs) nalgum destes softwares, é do conhecimento geral qual deles tem a solução mais rapidamente disponível, o de fonte aberta, claro.
Os requisitos do hardware também aumentam para o office, sendo mais fácil rodar o open office ou o libre office (este estou a instalar agora http://www.libreoffice.org/download/libreoffice-fresh) em computadores mais antigos.
“Software livre é uma coisa estranha. Primeiro porque eu gostava de saber quem paga os infantários dos gajos que desenvolvem aplicações à borla. Segundo porque é defendido pelos mesmos (politicamente de esquerda Chic)”
Diria que desenvolver software livre é um pouco como bloggers como o José, empregam tempo próprio em construir algo com prazer e fazem-no bem e melhor que aqueles que são pagos para isso, no exemplo em concreto refiro-me à quantidade e qualidade de informação em oposição ao trabalho dos meios de comunicação social.
A agressividade da microsoft para manter o monopólio pode ser verificada na forma como estabelecem protocolos com governos dotando administração pública, escolas , etc. com o seu software pago. Permitem inclusive, que exista uma certa quantidade de pirataria que entendem como preferível a que as pessoas recorram (e se habituem) a softwares alternativos grátis. Refiro-me neste último ponto ao office e também aos sistemas operativos (windows vs. linux).
Não me revejo na de esquerda, nem sou chic, sou pelo meu país e apenas penso que a adopção de software livre na administração pública e empresas, permitiria poupar alguns milhões. Mais que não seja, basta um país ameaçar a adopção de software livre, para negociar melhores preços com a microsoft. Mais que não seja...
Manuel
"A Microsoft não abre ..."
Fazem eles muito bem, que o trabalho de desenvolvimento foi pago pelos próprios, que razão há para que outros se apropriem sem pagar?
Se eu fizer uma musica igual a uma das pérolas do Quim Barreiros posso ser processado por plágio, porque razão quereria usar sem pagar o trabalho de outros?
No trabalho grátis, por carolice, eu diria que a sua comparação era correta se o José pretender vir a vender serviços "complementares" (como faz o blog má despesa pública, que serve para promover politicamente). Agora se ele nos traz a sua opinião de borla, não tem comparação.
Os tais altruístas do software livre são meia dúzia de miúdos nas universidades e muita gente paga pela concorrência da Microsoft, que depois anda a propagandear que não se pagam licenças mas esconde que a fatura final é mais cara.
Não conheço todos os casos, mas os que sei (e são algumas dezenas) ficaram sempre em preços similares, e com a agravante de terem custos não contabilizados de ineficiência.
Não sei se é esquerda chic mas está acompanhado por eles, que defendem esse paradigma estranho de não querer gastar dinheiro no trabalho de inovação e desenvolvimento dos outros, mas em simultâneo querem que o estado subsidie eternamente com bolsas os investigadores que desenvolvem estas ferramentas "à borla".
A Microsoft pode e deve proteger o seu capital. Enquanto empresa investe em conhecimento e desenvolvimento e deve recuperar esse investimento.
Pela minha parte, utilizo software livre (sistemas operativos, aplicativos office, etc.)a par do software Microsoft.
Certamente já contribuíram muito para que a Microsoft inovasse.
Nunca ouvi falar de casos de financiamento pela concorrência (mas qual concorrência?)nem bolsas para investigadores, embora admita que existam.
Não me vou alongar, nem posso por desconhecimento, na parte dos problemas que surgem. Penso que estes se devem à interação (por exemplo: bases de dados)entre softwares de diferentes origens, microsoft e outros.
Não defendo o paradigma que referiu.
Quando puder vou tentar saber mais sobre software grátis e de proprietário.
Cumps
Logo, ao fim da tarde, vou apanhar com esse problema da porcaria das desconfigurações do Open Office.
Foca,
esqueça os chics porque esses dizem tudo e o seu contrário.
Software livre faz-se há muito tempo. E a razão está em que é um fenómeno que nasceu nas universidades. A malta curtia programar, e programava...
Estamos a falar dos anos 60...
Tudo quanto havia nos anos 70 já dava dez a zero ao que tem a Microsoft e especialmente ao que começou por ter.
A razão pela qual a Microsoft é o que é, é muito simples e tem tudo que ver com negociata e nada com inovação e tudo isso.
Quando a IBM estava para lançar o seu primeiro PC, necessitavam de um sistema operativo. Surge Bill Gates com uma trampa qualquer que bateu à tecla (ou arranjou que lha batesse) numa garagem e propõe à IBM o seguinte: ele oferecia-lhes o sistema operativo, à borla, sem restrições, e eles dar-lhe-iam um x de cada computador que vendessem com o SO dele.
A IBM aceitou. Não sei porque artes de negócio ou burrice de quem mandava na IBM, não se firmou um acordo de exclusividade...
Passado pouco tempo, começam a surgir as primeiras cópias dos PCs IBM, os PC-compatible. Ora, o nosso amigo Bill, não faz mais nada senão propor o mesmíssimo negócio a cada um dos fabricantes das cópias... que assim ficavam aptos a vender computadores em tudo iguais - e compatíveis - com os IBM.
E foi assim que vieram a dominar o mundo com a trampa a que chamaram MS-DOS, que é, sem dúvida, a maior trampa que alguma vez se fez e há-de fazer. Por si só, é uma anedota, e é estupidificante quando comparado com os Unixes que já havia na altura, da Digital, Sun e outros.
E mais, ainda me lembro de cada disquete do DOS ter escrito: faça uma cópia de segurança. Ora, entre a cópia de segurança e a cópia pirata não está senão a intenção...
Ao tempo do Win95 já chamavam ladrões às mesmas pessoas.
Por isso, quanto mais depressa esses basbaques se dedicarem aos jogos e às consolas, que é para o que servem, melhor.
Se eu mandasse, pode crer que não autorizava uma única aquisição de material Microsoft.
Aquilo é uma trampa que só dá problemas, cheia de idiossincrasias, que é o que lhes sustenta a mama dos contratos de manutenção.
Por exemplo, o Win95 chegou ao fim de vida. Eles já não suportam aquilo. Só que aquela trampa precisa de se ligar aos servidores deles para se "autenticar" (para evitar as cópias de segurança, que entretanto deixaram de dar jeito). Quando eles desligarem os servidores, chapéu. Ou compra licença nova para software novo, ou fica com uma coisa que não trabalha, apesar de poder servir perfeitamente. Paga o contribuinte um "upgrade" desnecessário...
José,
esses milhões justificar-se-iam sem os problemas.
Com os problemas, é preciso investigar, naturalmente.
E claro que houve aí desperdício, pelo menos, e trafulhice pelo mais, ou não mandasse nisto a ladroagem que manda...
Muja
Concordo com muito mas continuam a existir alguns problemas.
Sempre existiram concorrentes, ninguém obrigou ninguém a comprar MS.
O problema dos sistemas que deixam de ter suporte existe nos outros todos.
Acha o Win pesado, então experimente o novo OS, que não se consegue instalar em equipamentos da maçã com 6 meses porque ocupa tudo.
É verdade que muita gente ainda tem maquinas Sun, mas diga lá quanto é que isso custa em €.
Não gosta da MS, estará no seu direito, mas é um pouco como a democracia, é o pior sistema que existe, não contando com todos os outros.
Sim, é mesmo como a democracia: uma trampa que homens de negócios vendem como se fosse a menos má de todas, mas que quando se vai a ver, é a mais problemas dá. Ahahaha!
Não está a compreender: não é faltar a manutenção. É o produto deixar arbitrariamente de trabalhar porque tem uma porcaria que precisa que eles tenham os servidores ligados para verificar que é uma cópia legítima.
O software não se degrada se os requisitos continuarem os mesmos.
Não sei se ainda é assim, mas nos serviços centrais da UC estão máquinas Digital a trabalhar ininterruptamente desde 1984 ou coisa assim. Hão-de ter parado duas vezes nesse período. Todos os dias, 24 horas por dia.
Devem ter custado uma pipa de massa. Mas a Digital já foi comprada e recomprada e já nem existe e as máquinas continuam a correr e o software nelas também.
É essa a diferença entre uma trampa e uma coisa em condições.
E o que eu advogo não é andar a usar software livre, mas fazer software nosso que se pode basear no livre.
Os chineses fizeram o seu sistema operativo baseado em Linux.
Não há razão nenhuma para que não possamos fazer coisas semelhantes.
Além do mais, com os gringos a espiolharem tudo, nenhuma empresa é de confiança para esse efeito. E é uma questão relevante se, chegado o dia em que precisemos de nos defender, não enfrentemos uma situação "Citius" generalizada e despoletada de fora.
O software é uma tecnologia que não necessita de muitos recursos materiais para ser desenvolvida. Bastam computadores e nem precisam de ser grande coisa. De resto, o que é preciso é gente. É uma área óbvia para um país como o nosso, em vez de andarem com a imbecilidade do turismo - como se fosse um futuro risonho andar a servir estrangeiros na nossa própria terra, e ter ruas da Oura por esse país fora.
Mas não; dão computadores ao pessoal mas depois ensinar o que fazer com aquilo, nicles.
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