Daqui:
PGR abriu investigação às falhas na plataforma informática Citius
JUSTIÇA
A Procuradora-Geral da República (PGR) abriu uma investigação depois de a ministra da Justiça ter enviado um relatório sobre a plataforma informática Citius, tendo nomeado o procurador Pedro Verdelho para assumir o inquérito.
A PGR informou ontem que na sequência do envio do relatório, na passada sexta-feira, pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, «foi instaurado um inquérito com a finalidade de investigação», da matéria referida no documento sobre o Citius. A PGR adianta que, atendendo à complexidade processual e à repercussão social da matéria em investigação, nomeou para assumir a direcção do inquérito o procurador da República, Pedro Verdelho, tendo em consideração os «especiais conhecimentos técnicos» deste magistrado.
O relatório, elaborado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IG- FEJ) e enviado pela ministra para a PGR, aponta para alegadas omissões de informações importantes das chefias intermédias durante o processo de adaptação da plataforma à nova organização judiciária, que podem configurar a prática de eventuais ilícitos criminais.
E daqui:
O Ministério Público arquivou esta segunda-feira o inquérito relacionado com a plataforma informática Citius, “por considerar não existirem indícios do crime de sabotagem informática”, avançou a Procuradoria-Geral da República em comunicado.
O inquérito foi aberto há cerca de duas semanas, a 27 de outubro de 2014, “e nele foram coligidos documentos e inquiridas testemunhas, tendo sido constituídos e interrogados dois arguidos”.
Recorde-se que dois funcionários da Polícia Judiciária tinham sido constituídos arguidos por suspeitas de terem sabotado o sistema, quando integravam a equipa que gere a plataforma.
“As diligências realizadas permitiram esclarecer as dúvidas que o documento remetido pelo Ministério da Justiça suscitou, afastando a suspeita de que tivesse ocorrido sabotagem informática na adaptação da plataforma Citius à Lei de Organização do Sistema Judiciário”, lê-se no comunicado.“Dos elementos recolhidos não resultou prova suficiente relativamente à verificação do crime de coação”, lê-se.
Pedro Verdelho não é magistrado que se deixe envolver em politiquices, penso eu de que. E por isso o que concluiu é de fiar. Por isso, a ministra da Justiça que tire as devidas ilações.