sexta-feira, novembro 21, 2014

Vai ficar tudo na mesma, não é? Vamos a ver...

O DN de hoje dá o mote para o que aí vem: um branqueamento de quem dirige actualmente os serviços de informações e que fazem varrimentos electrónicos a pedido dos interessados com quem jantam de vez em quando e que agora, hélas!,  estão presos. 



Este cronista do DN foi escolhido por...Rui Pereira para integrar o OSCOT, num cargo qualquer ( tinha aqui confundido este articulista com o artista que vem a seguir...mas já está corrigido)
 


 Em tempos já se retratou aqui  outro artista que foi colaborador inenarrável e um dos indivíduos mais nocivos para a transparência democrática do regime. Durante as últimas eleições legislativas andou no carro de campanha do candidato que tal, não se sabe bem a fazer o quê...

Foi um dos grandes ideólogos dos seis anos de governo de José Sócrates e agora está de volta ao Serviço de Informações e Segurança (SIS). José Almeida Ribeiro foi nos últimos dois anos o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, mas desde 2005 que integrava o restrito núcleo político do ex-primeiro-ministro. Depois da derrota eleitoral de Junho, voltou para o seu lugar de origem, apurou o i.
Almeida Ribeiro pertence aos quadros do SIS há cerca de 30 anos - é analista de informação - e o seu percurso tem sido intercalado entre a actividade política e os serviços de informação. Numa primeira fase, no meio político, esteve mais próximo do cavaquismo, de quem acompanhou a campanha de 1991, enquanto espião. Mas acabou por ser no PS que ganhou relevância política, chegando mesmo a integrar o último executivo de José Sócrates.

Na década de 90, Almeida Ribeiro esteve no gabinete do então ministro da República para os Açores, Mário Pinto - um militante histórico do PSD - mas acabou por voltar ao SIS com o fim do cavaquismo. Quando António Guterres venceu as eleições, o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho voltou a requisitá-lo ao SIS e escolheu-o para seu chefe de gabinete. Em 2000, Carrilho deixou o governo e o ex-secretário de Estado adjunto de Sócrates voltou, mais uma vez, para os serviços de informação.

A relação com Carrilho vem dos tempos da faculdade. O ex--ministro foi professor de Almeida Ribeiro, ambos são da área da filosofia - e a proximidade com o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, terá nascido durante o primeiro governo de António Guterres. Quando foi eleito primeiro-ministro, o líder do PS foi buscá-lo para seu adjunto político. Era ele um dos principais estrategas políticos de Sócrates e um dos homens que concebia os discursos do chefe do executivo. "É um excelente professor", diz fonte próxima, apontando como natural que Almeida Ribeiro acumule com a actividade no SIS a docência universitária.

Certo é que, contas feitas, este quadro das "secretas" passou quase 15 anos na actividade política, ou seja, metade da sua vida profissional como "espião". Confrontado com a mobilidade que existe nas "secretas", o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, José Manuel Anes, defende que os casos mais graves são a transição dos serviços e informações para o sector privado, mas alerta que a "situação ideal é haver estabilidade profissional dentro dos serviços". "Seria melhor haver estabilidade, mas é a própria legislação que o permite", diz José Manuel Anes, numa altura em a ida do ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Silva Carvalho, para uma empresa privada veio reabrir a discussão sobre o modelo que deve ser aplicado aos elementos das "secretas". L. C e R. T.


Os serviços de informação vão de mal a pior... e este Governo contemporiza com esta desgraça. 

Questuber! Mais um escândalo!