Ontem li qualquer coisa algures sobre a nossa indústria têxtil ser um exemplo de adaptação e renovação cujo modelo o tal Porter então previu como caminho a seguir.
Hoje no Público deparei com este artigo de um ilustre membro de uma academia de conhecimento, em forma de programa.
Francisco Jaime Quesado cronica no Público, de vez em quando, mas já cronicou o jornal i. Hoje ao ler a crónica lembrei-me de qualquer coisa porque o nome Porter ficou-me desde o tempo da parolice cavaquista.
E o que li deixou-me estupefacto. Os "choques de competitividade" também passam pelos auto-plágios, ou o tempo para escrever coisas originais já não chega? Este tipo de habilidades revela uma desonestidade para com os leitores que não deixo passar sempre que as topo. Sorry.
Acima, a crónica do Público de hoje. Abaixo, a crónica no i, de 24.3.2010, do mesmo autor:
"Quando nos anos 90 o Professor de Harvard Michael Porter elaborou o célebre Relatório, encomendado pelo Governo Português de então, o diagnóstico sobre o que fazer e as áreas estratégicas de actuação foi muito claro – ou se reinventava por completo o Modelo Económico ou então a Economia Portuguesa tenderia a morrer com o tempo. Quase vinte anos depois, o balanço é conhecido – Défice Estrutural Elevado, Desemprego incontrolado, um Tecido empresarial envelhecido e ultrapassado. Urge mudar. Mas haverá solução? O que diria Michael Porter se voltasse hoje a Portugal?
Porter voltaria a dizer – desta vez com muita mais força – que a aposta nos Factores Dinâmicos de Competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas é o único caminho possível para o futuro. Falta por isso em Portugal um verdadeiro Choque Operacional capaz de produzir efeitos sistémicos ao nível do funcionamento das organizações empresariais.
Uma Nova Economia, capaz de garantir uma Economia Nova sustentável, terá que se basear numa lógica de focalização em prioridades claras. Assegurar que o “IDE de Inovação” é vital na atracção de Competências que induzam uma renovação activa estrutural do tecido económico nacional; mobilizar de forma efectiva os “Centros de Competência” para esta abordagem activa no Mercado Global Se Michael Porter voltasse a Portugal, não poderia dizer outra coisa. Por isso, torna-se um imperativo de identidade nacional saber que será sempre possível não desperdiçar esta nova oportunidade."
5 comentários:
Aquilo que o Prof. Porter, disse na Gulbenkia - (pela palestra "ensacou" 35 mil contos) - e, aquilo, que o dr. Anibal executou, não digo mais nada - já o disse antes, aliás estou farto de o dizer, em voz alta, até que voz fique em fanicos.
Ainda hoje, o dr. Anibal, fala de competitividade pelo controlo de salário baixo...comezinho a definição - nem o dr Porter, como inteligente que é, se referiu a salários baixos - bem pelo contrario.
Referia-se, o dr.Porter, à "malha" industrial - dou o exemplo; a construção e reparação naval.
Sines passou ao lado, digo eu
O dr. Anibal, no dizer da "direita" da Qtª da Marinha, - era tão sómente, um contabilista - contabilidade pública, digo eu.
E não passou disso .
Foi muito triste, 10 anos que passou na residência, quando recebeu de ajudas da CEE um "comboio" de dinheiro.
Históricamente, somos um País desafortunado e vamos pelo mesmo caminho, infelismente, as noticias não as melhores,
"infelismente" assim é.
Em passo de"corrida" infeli mente, acontece
Inops, potentem dum vult imitari, perit
Esse latim é o que vulgarmente se apelidava de macarrónico.
Passados dois anos a criatura repete a proeza no Diário Económico:
http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-industrial_187137.html
É obra!
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