quinta-feira, abril 03, 2014

Economistas: especialistas em prognoses póstumas

 Económico:

O ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar defendeu na quarta-feira numa universidade norte-americana, em Nova Iorque, que "os economistas não são muito bons a prever o resultado de processos políticos". As declarações foram feitas na Universidade de Columbia, onde o antigo ministro do Governo chefiado por Passos Coelho participou na conferência sob o tema "A construção de um sistema financeiro continental: lições para a Europa da história americana"

Os economistas, tal como outros especialistas em ciências humanas não são muito bons a prever coisa alguma, pela simples razão de que as actividades humanas não se deixam adivinhar facilmente e por vezes nem dificilmente.
Isto que é simples senso comum não é perceptível à maior parte dos jornalistas e por isso é que vemos cantigas, bagões, octávios e até louçãs a perorarem infatigavelmente em espaços televisivos a afiançarem prognoses póstumas de acontecimentos futuros. Ficção científica, portanto, digna de Philip Dick.

Porém, há um método infalível de adivinhar o futuro sem grande margem de erro: o bom senso que não deixa que alguém gaste mais do que aquilo que tem ou, seguramente,  pode vir a ter. Foi esse bom senso que Salazar tinha e Caetano tambem  e estranhamente se perdeu, em Portugal.
É precisamente neste advérbio, seguramente, que reside toda a ideia de política económica da esquerda: "dinheiro há sempre", lá diz o mais velho jarreta. "O PEC IV é que era"... lá diz o actual jarreta.
Pagar dívidas? " as dívidas dos países não são para pagar", balbuciou num francês macarrónico o jarreta que foi apanhado no you tube.

Com estas ideias simples e promessas de futuro radioso se conquistam votos. Foi assim com as três bancarrotas que já tivemos em cima, mas o povo português não aprende.
Há quem goste de ser enganado, desde que não lhe matem a esperança mas isso já é do domínio da psicologia social. Outra ciência humana...



Questuber! Mais um escândalo!