Em 22 de Junho de 1974, o ultra-competente Vítor Constâncio já era notícia no Expresso, onde esportulou ideias avulsas sobre medidas económicas, enquanto secretário de Estado do Planeamento ( é fácil perceber, com estas luminárias acesas, de onde proveio a primeira bancarrota que tivemos, logo em 1976).
Este super-competente explicava que o aumento de 50% dos rendimentos mais baixos por via da fixação de um salário mínimo, se desacompanhada de aumento da produção do conjunto de bens na economia, geraria...inflacção. Tal poderia evitar-se se houvesse uma poupança privada importante.
O hiper-competente Constâncio defendia já nesta altura um modelo económico impressionante. Rejeitando liminarmente a social-democracia, "por motivos ideológicos", este grandecíssimo competente queria já o socialismo em Portugal. Ideia central? A "igualdade". Constâncio, esse grandecíssimo e ultra competente já era pela igualdade que só o socialismo garantia. E que "socialismo"? Este, assim explicado: "um método de organização da sociedade em que efectivamente existe uma participação colectiva nas decisões, por forma a que a sociedade se conduza por forma voluntarista e não entregue aos mecanismos, seja do mercado, seja dos resultantes do progresso técnico, mas em que há uma participação que assegure que a sociedade é ela própria que escolhe o seu destino e isso só é possível se a igualdade existir."
Perceberam, todos, ó ignaros? Entenderam esta inteligència fulgurante que estava na Sedes a estagiar para ministro das Finanças, dali a quatro anos e que iria nessa altura de chapéu na mão, a Bona, acompanhado pelo camarada Mário que "sabia muito pouco de Finanças", mendigar aos alemães social-democratas, a esmola para que a igualdade socialista em Portugal fosse uma realidade?
Que dizer desta inteligência assim? Rara não é? Pois é desta massa que se fazem os génios que depois são ministros, secretários gerais de partidos ( socialistas e nunca social-democratas), governadores de bancos de Portugal e funcionários de topo de bancos europeus.
Constâncio é o exemplo do génio português gerado pelo 25 de Abril de 74. Sigam-no que atrás virá bancarrota, pela certa. O percurso académico, esse, mostrado em caixilho ao lado, é também impressionante. Consta que deu em cátedra "honoris causa"...