terça-feira, abril 08, 2014

A mudança de linguagem em 1974-75

Depois da linguagem que em Portugal se usou durante décadas, subitamente, em 1974 surgiu outra, com termos novos e referências espúrias a factos passados com ressonâncias diferentes das habituais.
Em Portugal, na segunda metade de 1974 surgiu uma novilíngua  que ainda hoje se usa e teve mais impacto do que qualquer acordo ortográfico marado.

Este artigo no jornal República de 13 de Janeiro de 1975, dirigido pelo maçónico anti-clerical por excelência, Raul Rego (veio de Trás-os-Montes para seminarista em Viana do Castelo, durante doze anos, no Espírito Santo, tendo concluido o curso de Teologia, nos anos 20-30 ) mostra o que mudou na linguagem que passou a ser de uso corrente em todos os jornais, até hoje.
Há uma palavra mágica, como todas as que abrem universos novos de significado: fascismo. Ei-la em todo o esplendor do lixo ideológico mais serôdio e da estupidez mais sonante:



21 comentários:

Vivendi disse...

Podem palrear à vontade... mas a verdade é só uma.

Estado Novo 0 bancarrotas
Regime Abrileiro 3 bancarrotas

Os maçons além de destruidores do bem comum ainda podem ser considerados vigaristas e corruptos.

zazie disse...

Que nojo. Está aqui tudo.

Floribundus disse...

hoje, expressando-me devidamente, tem a ajuda do 'ar guido'
do 'funiculí ... fu nicolau'

o cadáver socialista continua insepulto

JC disse...
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JC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JC disse...

Vivendi:

Correcção:

Estado Novo: 0 bancarrotas, tendo sido herdado um País em bancarrota e tendo atravessado uma guerra mundial, uma guerra civil de Espanha e suportado 12 anos de guerra no Ultramar.

Regime Abrileiro: 3 bancarrotas (até ver), tendo sido herdado um Estado em crescimento económico fulgurante e tendo sido recebido dinheiro a rodos da "CEE"

lusitânea disse...

A rapaziada intelectual de saber colado a cuspo ou modernamente a fotocópia conseguem vender a sua sardinha sem nunca dizerem do bem bom da Ditadura do Proletariado, dos massacres consequentes dos idiotas úteis e da miséria geral de que só se safam as "vanguardas"
O zé povinho deixa-os ir andando(mal) mas que alguém se atreva deitar as unhas de fora que vão ter festival...

Vivendi disse...
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Vivendi disse...

Aceito a correção, JC! ;)

zazie disse...

O que é impressionante neste pequeno texto é que mostra todos os bordões que fabricam o fantasma do Estado Novo.

Está lá tudo: a inventada luta de classes; a miséria; a prepotência; a inexistência de mobilidade social; o analfabetismo delivbrado; a padralhada; o jacabonismo.

E ainda consegue um totalitarismo de retrato por "linha vermelha" contra a linha negra de outros escardalhos.

A esquerda vive disto.

Unknown disse...

Artigo sobre Portugal antes do 25 de Abril, na revista Mais Educativa, distribuida nalgumas escolas secundárias. Página 28 a 30 do PDF

Entre outras coisas diz-se que:

«Antes do 25 de abril, a ausência de liberdade e a atuação repressiva das forças da autoridade
impediam o aparecimento de quaisquer grupos, dos negros aos ciganos, passando pelos hippies,
pelos homossexuais ou pelos punks.»


http://media.maiseducativa.com/revistas/RevistaMaisEducativa-Abril2014.pdf

http://www.maiseducativa.com/

https://www.facebook.com/maiseducativa

Anibal Duarte Corrécio disse...

Quando eles na altura chamavam de fascista o regime anterior, era certo e sabido estarmos perante um defensor do marxismo-leninismo, restando apenas a dúvida se o cavalheiro agitador pertenceria ao PCP, ao PCP (M-L), à LCI, às B-R do Proletariado, à CMLP e por aí fora, pois os grupúsculos eram mais que as mães.

Ainda hoje é assim.

Quando ouvimos alguém apelidar de fascista o regime anterior ou alguma conduta politica, é tão certo como 2+2 = 4 estarmos perante alguém do PCP, do BE, dos Verdes, ou seja, apoiante da foice e martelo.

Este vocábulo constitui assim um bom detector de apoiantes da causa.

Manuel de Castro disse...

José, há aqui comentários que apaga. É porque discorda deles, porque a linguagem não quadra, ou por outra razão?

muja disse...

Aníbal,

essa não é a triste realidade.

Ainda há dias o José aqui pôs uma entrevista do Jaime Nogueira Pinto - que em tempos foi fascista, dos verdadeiros - em que ele dizia algo assim, referindo-se à 2ª República: "depois de 48 anos de fascismo, a esquerda" etc.

Não creio que o JNP seja apoiante da foice e do martelo. Não o será certamente hoje.

Mas também não era apoiante do anterior que considerava burguês, provavelmente, como o resto dos seus camaradas ideológicos (por exemplo, um José Miguel Júdice).

Não sei o que o leva a adoptar esses termos, que são nele contraditórios e ele sabe-o melhor que a grande maioria. Talvez tenha por aí a haver da ladroagem também, sabe-se lá.

Este vocábulo constitui assim um bom detector de apoiantes da causa.

Sim, mas da causa da ladroagem. É a esses, mais que a quaisquer outros, que aproveita esta novilíngua.

Os comunas são a oposição controlada do regime da ladroagem. São coniventes, cúmplices e responsáveis. São parte do problema, de certo; mas não são todo o problema.

E essa é a nossa grande tragédia.





muja disse...

O José já disse sei lá quantas vezes que não apaga comentários...

Choldra lusitana disse...

O grau zero da escrita,parafraseando Barthes.

josé disse...

Manuel de Castro:

Não apago comentários sem aviso prévio. E é muito raro tal acontecer.

O que pode suceder, segundo depreendo, será talvez um efeito não previsto do próprio funcionamento do blogger. Ou seja, a gente pensar que colocou o comentário e ele não aparecer.

Já me sucedeu.

E no outro dia sucedeu uma coisa ainda mais estranha e que afinal pode muito bem ser apenas imaginação minha, o que ainda será mais estranho: dei-me conta, não sei como, que os textos estavam a mudar à medida que os escrevia.

Até me convenci que me tinham apanhado as passwords e tinham mudado o título dos postais.

Tal fenómeno durou algumas horas, não foram apenas minutos e cheguei a falar com a zazie, a quem pedi que me ligasse ( o que nem costumo fazer assim desse modo) para ficar esclarecido porque penseei que era motivo de força maior para terminar o blog.

Julgo porém que foi ou cansaço meu, ou um efeito mental que associo a uma alucinação, o que não deixa de ser na mesma muito estranho mas nada do que pensei que era.

Manuel de Castro disse...

Muito bem, obrigado.

zazie disse...

Por acso, José, ia jurar que foi mesmo engano seu.

Era demasiado complicado alguém conseguir editar posts e alterá-los a essa velocidade.

Até me lembrei do Titivillus por causa disso

eheheheh

josé disse...

Pois foi qualquer coisa estranha e que nem sei bem o que foi.

Espero que não se repita porque senão terei que consultar um neuro.

E agora, dois dias de pausa...

Sábado há mais.

zazie disse...

Boa pausa e até sábado.

A obscenidade do jornalismo televisivo