Normalmente os relatos na primeira pessoa mostram situações dramáticas vividas pelos tropas que fizeram comissões na Guiné, Angola e Moçambique e dão uma visão bem mais realista e vívida do que aquela habitualmente apresentada pelos cronistas habituais da "guerra colonial", expressão, aliás que estas pessoas não usam porque nunca se usava nesse tempo. Foi apenas depois de 25 de Abril de 1974 que apareceu o colonialismo, o exército colonial e outras expressões de índole comunista e esquerdista.
Tudo isto vem a propósito do livro mais recente de Lobo Antunes, sobre episódios da tal "guerra colonial" , termo que o mesmo não usava e agora usa, se calhar. E mal, porque os verdadeiros heróis e episódios de tal guerra são estes que têm vindo a ser publicados semanalmente pelo CM e em relação aos quais, Lobo Antunes diz na entrevista televisiva que eram soldados excepcionais, na opinião de um cubano que também lá esteve.