quarta-feira, novembro 29, 2017

Belmiro de Azevedo e José Sócrates: a tragédia anunciada em 2011 que vinha de 2007...

 Sobre a morte de Belmiro de Azevedo, duas frases:

PCP votou contra o voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo.

Percebe-se o porquê do voto contra do PCP, com estas frases de Belmiro de Azevedo:

 “Não temos dinheiro para todos os grandes projectos previstos em Portugal e quem não tem dinheiro não tem vícios”. 

 Às vezes dizem que sou exigente, mas só sou exigente para os mandriões
 



Belmiro de Azevedo em 2011, na véspera do pedido de ajuda ao FMI, efectuado pelo governo de José Sócrates, deu uma entrevista à RTP1, com Fátima Campos Ferreira a fazer perguntas. Tal entrevista foi repristinada pela RTP1 hoje à noite.

Sobre o que aconteceu ao país nessa altura, resumiu tudo numa palavra: incompetência. Sobre o que tinha acontecido à SONAE no caso da OPA Belmiro de Azevedo disse então que o primeiro-ministro, grande incompetente, tinha prejudicado o grupo empresarial por ser o chefe de um grupo de interesses.

"não tenho nenhuma confiança no pm Sócrates do ponto de vista da competência e do ponto de vista ético prejudicou a SONAE e tenho esperança que um dia se venha a saber o que aconteceu", disse então.

Algum tempo depois, em 10 de Outubro de 2014 escrevi aqui, assim a propósito de outra entrevista de Belmiro: Belmiro queria comprar a PT. Sócrates, Salgado e Bava não deixaram. Como se averiguou durante a operação Marquês, foi isso que sucedeu e qual foi o processo. Belmiro foi vingado? Veremos, porque já sabemos que foi assim:

"A história da PT há de ser devidamente contada, mas não é por mim, é pelos jornalistas. Se eu nunca disse o que se passou, não é agora que vou dizer, quando os jornalistas têm matéria mais do que suficiente para pegar na história", declarou, à margem do III Congresso das Indústrias de Base Florestal (AIFF).
Entre 2006 e 2007, o antigo homem forte da PT, Zeinal Bava, destacou-se na oposição à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom, arregimentando acionistas e contribuindo para o insucesso da operação. 
Afirmando ironicamente que foi sempre derrotado e sempre ganhou dinheiro, Belmiro de Azevedo recordou que a Sonaecom cumpriu, na altura da OPA, várias condições que lhe foram exigidas e perdeu "por causa de uma coisa" inventada à última hora. 
"Naquela altura, houve uma alteração muito importante, inventou-se uma nova coisa que não estava prevista", destacou. 
No início de março de 2007, após um processo que durou mais de um ano, a maioria dos acionistas da Portugal Telecom votou contra a desblindagem dos estatutos da empresa, fazendo cair a OPA, já que esta era uma condição essencial para a continuação da oferta 
Na noite de terça-feira, a operadora brasileira de telecomunicações Oi anunciou ao mercado que Zeinal Bava, um dos rostos do processo de fusão entre a PT e a Oi, tinha pedido a demissão da presidência da empresa brasileira. 
Zeinal Bava tinha assumido a presidência da Oi em junho de 2013, quatro meses antes do anúncio da fusão das duas operadoras. 
O gestor sai do cargo ainda no rescaldo das aplicações financeiras da PT na Rioforte e numa altura em que existem notícias de que o grupo francês Altice está interessado na compra dos ativos da operadora portuguesa, que atualmente estão incorporados na Oi.  

Em 2006, em plena euforia do governo de José Sócrates, Belmiro oferecia pelas acções da PT qualquer coisa como 11 mil milhões de euros. Ficava em Portugal, apesar da Telefónica espanhola acompanhar o "ticket". Hoje, a PT vale um chavo. De quem a culpa directa? Três nomes: José Sócrates, Ricardo Salgado e Zeinal Bava.
Quem vai pagar a conta? O povo português, como de costume. O BPN ao pé disto é uma brincadeira de putos.
 

Questuber! Mais um escândalo!