terça-feira, novembro 21, 2017

O essencial do nosso país

Sapo24:

O líder da CGTP disse hoje que se o salário mínimo nacional tivesse sido aumentado desde 1974, tendo em conta a inflação e a produtividade, atingiria no próximo ano 1.267,7 euros.


E seria  porventura superior se a ideologia esquerdista da CGTP, do PCP,  e também a do PS de então não tivessem destruído quase todo o tecido económico dos "monopólios" que existiam até ao 25 de Abril de 1974 e que aqui foi muito bem explicado, neste livro:




Este pateta, o "tenente Rosário Dias", um salafrário que já morreu, notabilizou-se por andar de pasta armada, à beira do maluco que governava, Vasco Gonçalves a expoliar literalmente os "milionários" das suas propriedades, para as "devolver ao povo"...foi a estes espécimes que estivemos entregues durante os meses do PREC.

Em meia dúzia de imagens pode fazer-se o relato trágico do destino de Portugal nos últimos 43 anos através da simbologia que carregam e dos factos que se relacionaram:



 A ideia esquerdista de destruição do sistema capitalista que tínhamos, com todas as imperfeições,  acabou de vez com as nossas taxas de crescimento de então que nunca mais foram sequer alcançadas de modo coerente e profícuo, juntamente com outros elementos da economia ( confiança, sobretudo e equilíbrio de contas orçamentais e dívida externa).

No 25 de Abril de 1974 que se prolongou durante um ano, estas pessoas que figuram no currículo da nossa história trágica, foram protagonistas da maior revolução que sofremos nos últimos decénios e que abrangem várias gerações.
Tudo o que o Estado Novo construiu em termos económicos foi colocado em causa e substituído em partes importantes pelas ideias esquerdistas de igualdade e assalto "a quem tem dinheiro", como aliás hoje ainda acontece com as trágicas mortáguas e afins, filhas dos mesmos piratas de então.
Pessoas que deveriam saber melhor ( como o da figura à esquerda ou o seguinte, o advogado Vasco Vieira de Almeida) embarcaram na aventura e tiraram proveitos pessoais da mesma.  O povo mais pobre, esse mesmo em nome do qual quiseram fazer o que fizeram, em vez do salário mínimo que a CGTP reclama, fazendo o mal e a caramunha, tem um terço do que poderia ter.

É um paradoxo? Claro, como a economia, aliás,  comporta tantos. E por isso com papas e bolos enganam os tolos, desde então. Basta um palhaço rico qualquer ou um aldrabão de feira para termos um governo escolhido por maioria. Sócrates, agora o Costa e bota a moer.






Esta imagem acima mostra bem a desgraça que nos atingiu em 1975. Estas figuras, todas da esquerda, comunista e socialista, queriam um Portugal renovado, sem os tais "milionários". Tudo, mas mesmo tudo por inveja, simplesmente.

O que deixaram aos portugueses foi maior miséria do que a que encontraram. As ideias que defendiam e eventualmente ainda defendem (a figura em baixo, à direita,  é José Manuel Correia Pinto, irmão do antigo director do SIS, Horácio, e que foi professor universitário de Direito, em Coimbra, e que julgo tem um blog, onde defende o esquerdismo do costume. Pouco aprendeu e nada esqueceu...) mostram bem a dimensão da nossa desgraça colectiva.

São incapazes de perceber que a riqueza é gerada por uns tantos e pode ser distribuída por muitos, mas o modo como o defendem só conduz à pobreza, como está amplamente demonstrado e afinal a CGTP vem dar razão, mesmo sem consciência disso.


Os Mellos, Champallimauds e Espírito Santo eram a espinha dorsal da nossa economia de então. Não é certo nem garantido que nos anos a seguir, se tivessem continuado, não teriam problemas. Mas uma coisa é certa e segura: não teríamos as três bancarrotas que averbamos no currículo nacional, com a economia nacionalizada que tivemos e o sistema político que tal permitiu e se resume a bem pouco: fomismo, inveja dos ricos e votos maioritários nos que dizem defender os pobres ( outra vez inveja) e afinal só os prejudicam.

Esses mesmos "milionários" queriam continuar em democracia e propuseram medidas concretas, em Julho de 1974, da ordem das dezenas de milhar de milhões de euros, ao câmbio actual:


Quem mandava então ( aqueles ali representados simbolicamente) não quiseram. A esquerda em Portugal não quis e essa é a verdade. Inveja, novamente.

Houve um tempo em que tudo lhes foi possível. E aproveitaram, claro. Até ao 25 de Novembro de 1975 foi um forrobodó.




 Prenderam quem lhes apeteceu:


Fizeram uma Constituição "à maneira" deles, "avançada" nas ideias e retrógrada nos efeitos.


E evidentemente não conseguiram resolver os problemas económicos que aqueles conseguiriam pela certa resolver porque eram mais competentes que a canalha dos rosários e outros que tais, como os jerónimos afinadores de máquinas que ainda se arrastam por aí:





 Não ouviram quem foi sempre lúcido e avisou sempre a tempo:




 Os mesmos de sempre quiseram inventar a roda  e deram com os burros na água da tremenda incompetência que carregam. Alguns mudaram, mas poucos e mal porque passaram para o outro extremo do liberalismo à outrance:



E continuaram até agora na mesma senda ideológica da inveja dos Lusíadas:


É o panorama actual, aliás.

17 comentários:

Floribundus disse...

preferia o rectângulo
'sem asnos'

vejo e não oiço os jornais do governo das tvs, mas só 'an passam parlá'

a prof dra catarineta disse que os industriais que lhe pagam o ordenhado são uns jumentos

CONCORDO
não deviam pagar um cêntimo ao confisco

a agência do «merdicamento» foi atribuída ao rectângulo social-fascista

zazie disse...

E vão 43 anos.

lusitânea disse...

43 ANOS DEPOIS DAS ENTREGAS DE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO COM A MAIOR LIMPEZA ÉTNICA CONHECIDA E COM O CONFISCO DOS SEUS BENS O QUE MAIS TEMOS SÃO PRETOS A SUBSÍDIO...A FAZER A RAÇA MISTA EM BAIRRO SOCIAL

muja disse...

Vale a pena ler este texto de Nassim Taleb

https://medium.com/incerto/inequality-and-skin-in-the-game-d8f00bc0cb46

Desenvolve um pouco a ideia da inveja, a que o José também chegou.

Diz ele - e outros, pelos vistos - que a inveja ocorre principalmente dentro da mesma classe, ou quase.

Excerto:

«Envy does not travel long distance, or across so many social classes. The envy-driven feelings that usually –as we saw in the works of Williams and Lamont –do not originate from the impoverished classes, concerned with the betterment of their condition, but with that of the clerical class. Simply, it looks like it is the university professors (who have arrived) and people who have permanent stability of income, in the form of tenure, governmental or academic, who bought heavily in the argument. From the conversations, I became convinced that these people who counterfactual upwards (i.e. compare themselves to those richer) wanted to actively dispossess the rich. As will all communist movements, it is often the bourgeois or clerical classes that buy first into the argument.[1]

Aristotle, in his Rhetoric postulated that envy is something you are more likely to encounter in your own kin: lower classes are more likely to experience envy towards their cousins or the middle class than towards the very rich. The expression Nobody is a prophet in his own land making envy a geographical thing (mistakenly thought to originate with Jesus, ουδείς προφήτης στον τόπο του in Luke and a similar expression in Mark) originates with that passage in the Rhetoric. Aristotle himself was building on Hesiod’s: cobbler envies cobbler, carpenter envies carpenter. Later, La Bruyere wrote jealousy is found within the same art, talent and condition.

So I doubt Piketty bothered to ask blue-collar Frenchmen what they want, as Lamont did. I am certain that they would ask for a new dishwasher, or faster train for their commute, not to bring down some rich businessman invisible to them. But, again, people can frame questions and portray enrichment as theft, as it was before the French Revolution, in which case the blue-collar class would ask, once again, for heads to roll.[2]»

muja disse...

Resumindo, esta canalha não tem a pele em jogo pelas decisões que toma, e tinha - e tem - inveja dos que são bem sucedidos apesar de a terem.

Ricciardi disse...

Em 1971 os salários na indústria eram metade dos praticados em Espanha. 25% dos praticados em franca. 10% dos praticados nos EUA.
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O país era extremamente pobre e a produtividade era baixíssima. Baixa porque metade da população activa trabalhava no setor primário, profundamente desmecanizado.
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Os oligopólios protegidos e incentivados pelo Salazar deram cabo do futuro do país. Empresas lucrativas que produziam produtos de baixíssimo valor acrescentado. A economia do estado novo, enfim, que está na origem da baixa produtividade do país.
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Enquanto os outros países europeus investiam e se desenvolviam empresarialmentr, mecanizado e apostando na educação como forma de gerar mais valor aos produtos, o estado novo fez coutadas.
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Coutadas que beneficiavam um punhado de empresários que viam nos oligopólios uma boa forma de ganhar dinheiro, negligenciando a inovação, o valor acrescentado e a produtividade. Portugal apostava nos salários baixos.
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Ainda hoje sofre as consequências do modelo torpe adoptado pelo estado novo.
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Os salários não podem, bem devem subir como sugere o jose. As esquerdas parece que reconheceram isso e não permitiram que os salários subissem até aos 1200 euros que o José garante que seriam se não fosse a esquerda.
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Mas é ao contrário. Os governos sucessivos souberam limitar o crescimento dos salários.
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Ainda bem que o ps e o psd não se puseram a aumentar salários à toa. Tiveram sempre em conta a produtividade e competitividade. Umas vezes mais do que outras.
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Com uma educação muito mais refinada que a democracia logrou obter é natural que melhore a competitividade, como tem vindo a melhor sucessivamente. Em concorrência internacional e não em mercado protegido.
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Rb

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Unknown disse...


Pois é, José...Os seus ídolos patrocinaram 1º a ditadura terrorista do capital e depois, regressados à boleia do Novembro negro, organizaram a ditadura do capital. Por isso, Portugal está como está !!! Foi durante o consulado do General Vasco Gonçalves que Portugal viveu o período mais luminoso da sua história. Por isso as massas populares continuam a comemorar aquele interregno de 500 dias e a não passar cartão aos novembristas. Vá, venham para a rua os Melos, os Espíritos Santos, os Champalimauds e toda a sua corte onde os Josés, as Zazies, os Floribundus e outros têm lugar comemorar a "vitória"... Verão que vosso domínio de classe assenta na ignorância, no equívoco, na mentira. Verão que esse domínio não é eterno e que o espectro do comunismo volta a pairar sob os céus da Europa, e não só. Lá por ser uma biblioteca ambulante isso não lhe dá o direito de lançar porcaria na ventoinha pois arrisca-se a ser salpicado.

Boa noite...

João Pedro

muja disse...

Ahahahahahah!

José, cuidado que isto deve ser para os apanhados!

João Pedro, onde é que está a câmara!?

Unknown disse...



Já vi que por aqui passam muitos licenciados, sendo que, no entanto, julgo saber, a alguns falta uma cadeira...

Oh Muja, esta não é para rir...

João Pedro

Floribundus disse...

a cadeira que mais falta faz ao social-fascismo é a da
GUILHOTINA

agradeço a gentileza

'de pé ou morto,
nunca de cócoras'

muja disse...

Eu sou licensiado - não que valha de muito, a mim ou seja a quem for - mas, cadeiras, a mim, não me falta nenhuma.

Ainda há pouco as contei e estão ali todas quatro à volta da mesa...

muja disse...

licenciado, queria eu escrever

muja disse...

E a licenciatura não me saiu ao Domingo! Não sei se ainda terei hipótese de chegar a Primeiro-Ministro... Talvez nem mesmo a Comandante da "Proteção" Civil...

muja disse...

Mas não acha que a do "período mais luminoso da sua história" é um pouco exagerada?

joserui disse...

Eu gosto no Nassim Taleb. Bom texto, como sempre.
Muja, só quatro cadeiras? É por essas e por outras que os Mujas não são nomeados pelos lunáticos. Mas os Josés, como pode ver lá estão e logo em primeiro, porque na minha mesa pontuam 10 cadeiras!
Já o Floribundus, acabando naturalmente em "s", não se percebe se o lunático se refere só a um ou a todos. Zazies, suspeito que só há uma se não contarmos com a do metro.
"período mais luminoso da sua história" futebol clube! Grande pândego.

josé disse...

Tem razão o jp. O PREC foi mesmo o período mais luminoso da história do PCP, aquele em que vislumbraram a luz, lá do fundo da fossilização em que já se encontravam.

Mas não chegou para a ressurreição.

Pedro disse...

Só tretas.

O que acabou de vez com o anterior crescimento de Portugal e de todo o mundo ocidental foram as crises económicas globais, o fim do acordo de Bretton Hoods e a crise do petróleo de 73. O ocidente nunca recuperou o anterior crescimento.

É impressionante como os direitistas "apagam" da história todas as crises globais, seja a de 73, a de 79, a de 90 ou a de 2007, para assacar todas as responsabilidades à esquerda, que governou… UNS MESES EM 75 !!!!!!!



Verdaderamente fantástico ! Ainda falam das revisões da história do Estaline quando ainda fazem pior.

Aliás, a esquerda nem chegou propriamente a governar, porque se vivia um clima de quase guerra civil e os primeiros governos pós 25 pouco governavam. Como é óbvio nunca existiu um regime comunista ou socialista, nem sequer social-democrata em Portugal. Nem uns meses nem uns segundos.

Quanto aos "coitadinhos" dos donos disto tudo, a avaliar pelo comportamento de um dos principais "coitadinhos", o senhor espirito Santo, só é pena terem voltado, porque eles é que criaram grande parte dos problemas que estamos a viver.

Se o autor tem tanta pena dos grandes financeiros, que doe todos os seus rendimentos ao Ricardo Salgado, ao Oliveira e Costa, ao Rendeiro, ao Jardim Gonçalves e outros que compõem um ramalhete de bandoleiros que deram cabo do país.

Assim até lhes poupa o trabalho de o roubarem.