quarta-feira, novembro 15, 2017

António Lobo Antunes sobre J. Sócrates RTP 8.11.2017

Grande Entrevista de 08 Nov 2017 - RTP Play - RTP

Ver a partir do minuto 37...

17 comentários:

Maria disse...

José, eu vi esta entrevista. Não gosto da personalidade deste escritor. Agora está melhor, menos antipático e menos pseudo-self (expressão que ele usou para classificar os políticos por comparação com o presidente). Há uns anos, noutra entrevista, creio que na SIC, as respostas dele eram do mais irritante e duma snobeira que enojava.

Também parecia uma pessoa psicològicamente muito afectada, consequência talvez do período que passou em África a cumprir o serviço militar. Parece que há poucos anos ficou bastante doente, cancro, segundo disse noutra altura, mas a doença mental, no seu caso, não tem cura. Nas entrevistas que deu há alguns anos o que transparecia pelas respostas dadas, pelas suas hesitações e pelo modo estranhíssimo e muito ambíguo de se expressar - quase sempre por monossílabos, imagine-se isto numa entrevista!, não só era estranho como detestável. Ele está ligeiramente melhor, mas só um poucochinho..., como dizia o outro.

Eu não aprecio as suas crónicas em revistas e jornais(?). Tive a paciência de ler duas ou três há alguns anos numa revista (creio que na Visão, já não me recordo em qual) e não gostei mesmo nada. Desisti.
Os seus irmãos, incluíndo o cirurgião falecido há pouco tempo, segundo palavras de um familiar que o consultou são/eram o seu antítese. Simpáticos, acessíveis e nada atrazadinhos mentais.

josé disse...

Pois mas eu chamei a atenção para o facto de ele na entrevista dizer que Sócrates lhe pareceu um grande, grande mentiroso e que seria fácil desmontar as respostas que dava ao entrevistador-que é o mesmo...

Maria disse...

Também li, José, e pareceu-me a única coisa que ele disse com relativo interesse. E claro, nesse particular teve toda a razão. Aliás, carradas de razão. Mais dissera e mais acertara.

zazie disse...

O palerma do entrevistador teve de engolir. Disse que tinha sido uma entrevista vergonhosa.

Bic Laranja disse...

E disse «paneleiros». Sempre quero ver se a trupe dos novos inquisidores não salta aí furiosa em procissão de auto de fé..
Provavelmente não. Mal do Dr. Gentil Martins.

joserui disse...

Está correcto mas não passa da mais rudimentar evidência, que já por aqui se tinha evidenciado — não é necessário estar treinado para isso. Mas não foi mau principalmente para o entrevistador, que o mereceu inteiramente.
De resto concordo com a Maria. Não gosto deste personagem. Há algo de ressabiado à flor da pele. E relativamente a África, e por falar em mentirosos, uma vez vi uma entrevista em que aquilo me pareceu tudo inventado. Como se fosse um personagem de romance dele próprio.

joserui disse...

Ah, outra coisa… apanhei antes que os últimos tempos têm sido bons para os portugueses, gosta do governo… os incêndios não, porque ardeu onde foi feliz. Portanto, foi treinado para detectar aldrabões e o Costa passa, mais as esganiçadas e aquele bando todo? Grande treino. No tempo do 44 não ardeu onde foi feliz, com o trafulha a banhos no Quénia e o seu número dois, o inefável Costa, o super-ministro, a desfilar incompetência por tudo o que é lado, tal como o voltou a fazer este prolongado Verão.
E por fim, o inevitável Marcelo. Coisa genuína diz ele. É? Isto da detecção de aldrabões e aturado treino, devia ser como a carta de condução, a partir de certa idade e com todo o respeito, renova-se mas se ainda se vê um boi à frente.

zazie disse...

Por acaso também acho que o Marcelo é genuíno naquela coisa dos afectos.

Não sei se há treino que permita a alguém detectar a mentira pela cara da pessoa. Mas sei que há quem o seja capaz. É um dom.
Supostamente juízes e psiquiatras deviam tê-lo.

josé disse...

Não me parece que alguém seja capaz de detectar a mentira escarrapachada na cada de quem a conta.

Mas há quem diga que o consegue fazer...

Tal como o Lobo Antunes que acha a sinceridade do Marcelo genuína. Pode ser, mas como a do Pessoa no fingidor. Finge que é dor a dor que sente.

Depois de fingir, dali a pouco tempo está a rir ou a gracejar com outros, sobre outros assuntos.

E afinal é muito normal: quando as coisas não nos tocam, os sentimentos podem ser de respeito e solidariedade, mas dor...duvido.

Logo, o Lobo Antunes é ingénuo ou fingidor.

zazie disse...

ehehehe

Acho que essa contradição acontece num tipo de pessoas em que as emoções são à flor da pele mas não são profundas.

Os actores também precisam de ser assim.

Detectar a mentira, não sei se é totalmente possível mas a personalidade, mais ou menos.
Acho que sempre consegui isso à primeira vista. Se não me fio no que topo à primeira (por achar que pode ser preconceito) é que me engano.

Mais ou menos saber em que me posso fiar ou não posso. E isso acho que se topa e as pessoas até podem ser excelentes pessoas mas não de fiar. A dissimulação é uma arte e quem a tem também não a pode esconder.

zazie disse...

Mas o Marcelo deve ter isso- aquele tipo de pessoas que "são muito sensíveis". Até choram no cinema e no teatro por qualquer pequena treta. A seguir estão todas contentes e já nem se lembram qual era a treta que lhes provocou tamanha dor.

joserui disse...

Há aqui duas coisas diferentes… eu acho que os incêndios só o calhorda mais empedernido é que não tocaram, não vou estar para aqui a dizer nomes, mas é o Costa, que se enganou nas emoções ou lá que foi. Nisso o Marcelo parece-me genuíno, mesmo que seja superficial.
Não "osta" a que seja um mentiroso compulsivo e outro tratante que aí anda. Sabe muito o Marcelo, por isso é que passa de comentador sabe tudo e praticamente nada, a presidente desta república. E não fossem os incêndios, dis-se-ia em lua de mel com a geringonça.

antónio disse...

Eu tenho a opinião de que o entrevistador e entrevistado são dois patetas. Mesmo assim dou mais credibilidade ao entrevistador. É que ele tem a sorte do nosso jornalismo ser constituído, quase na sua totalidade, por uma classe de "cegos" e incompetentes e, por isso, todo aquele que mostrar um pouco de rigor pela verdade, mas sempre nunca se comprometer muito e "mostrar o flanco" - como se diz no futebol - passa a ser um exemplo elogiado. É o caso dele, mas que continua a ser poucochinho" relativamente àquilo que deveria ser um jornalista a sério e sem medo. Quanto ao entrevistado, a sua melhor fotografia e definição é-nos dada pelo "portugalex" da antena 1.
A. Cândido

josé disse...

Quando é que passou esse Portugalex na Antena 1? Gostava de ouvir...

Maria disse...

Quando escrevi mais acima que o Lobo Antunes era afectado psicològicamente talvez em consequência da sua estada em África a prestar o serviço militar, não fui suficientemente clara. Qual quê!, ele sofre dessa psicopatia mas não foi nada por ter estado em África, trata-se, sim, de uma doença que o afecta desde a nascença.

Ele é um doente mental, embora inofensivo, tenha ele consciência desse facto ou não. Mas como parece ser uma pessoa inteligente, deve ter a perfeita noção desse seu sério desequilíbrio e até parece que tem, como há tempos deu a entender quando falou do ambiente dos hospitais em que prestava serviço e dos doentes mentais com que teve de lidar. Perturbação, essa, que aliás qualquer pessoa mìnimamente atenta nota imediatamente após ele começar a debitar sentença.

A propósito desta sua última entrevista televisiva. Ele teve cancro e recebeu os tratamentos normais nestes casos. Pois parece que esses tratamentos - químio e radio - lhe fizeram bem, notava-se mais "normalidade" nas respostas dadas e até na sua postura física perante o entrevistador. Mais sorrisos, outra simpatia (falsa ou não), cabeça um pouco mais levantada e a olhar de frente e não de esguelha para o entrevistador.

Vá lá, vá lá, esta personagem estranhíssima melhorou ligeiramente da doença mental de que padece.

Maria disse...

O José (e os ilustres comentadores deste blogo) viu a entrevista feita a Isabel do Carmo, neste mesmo programa, passada anteontem na RTP e ontem em repetição?
Inacreditável o criminoso percurso político desta criatura.

adelinoferreira disse...

Co horror Maria; e andamos nós a pagar a rpt. O meu avô antonio foi dos poucos homens que conheci, que logo após as primeiras imagens da rpt dizia: aquilo vai virar Portugal do avesso. Era monárquico dos sete costados

A obscenidade do jornalismo televisivo