No caso que envolveu o procurador Orlando Figueira, acusado de se ter deixado corromper por uns angolanos dispersos em actividades que o Estado português do MºPº entende serem de corrupção, mesmo sem provas directas de tal facto, o CM aponta o dedo a Proença de Carvalho como corruptor-mor. Será no caso, mesmo indiciado através destas intenções processadas? O advogado diz que nunca, jamais em tempo algum corrompeu alguém do DCIAP, sequer o referido Orlando. Fica assim, aqui.
O Sol explicava assim, apresentando a versão de um dos arguidos, o advogado Paulo Blanco:
Quem isto ler, pode perceber duas coisas essenciais: se houve corrupção neste caso, tal não foi toma lá dá cá, nem sequer se torna coisa evidente por causa do que já escrevi por aqui. Proença pode mesmo estar envolvido e afinal nem existir corrupção alguma, por causa do que já abordei aqui acerca de Rafael Marques, o pivot destas denúncias envolvendo altos dignitários do Estado angolano que se vêem na posição de arguidos de delito comum, em Portugal.
A questão é esta:
Rafael Marques disse numa entrevista, já o processo tinha as pernas para andar que ainda mantém que afinal o motivo da acusação pode não ser o verdadeiro e que fundamenta a acusação, de modo a que se o não for também a acusação não poderá sustentar-se em julgamento.
Ocorreu-me tal coisa ao ouvir uma entrevista do opositor angolano Rafael Marques, em 28.2.2017, sobre o assunto Manuel Vicente-Sonangol-vice-presidência do Estado angolano, branqueamento de capitais, compra de apartamentos na Estoril Residence, por membros da elite angolana.
Antes do mais torna-se interessante reparar na afirmação do jornalista Rafael Marques, activista da oposição angolana, que disse claramente ter sido o antigo administrador da Sonangol, Manuel Vicente, chamado à vice-presidência angolana como meio de o presidente José Eduardo dos Santos o controlar mais de perto. "Ali foi o fim de Manuel Vicente", disse Rafael Marques.
A segunda coisa fia mais fino e é mais complexa, subtil e perigosa: a corrupção para existir não precisa de contrapartidas imediatas...e se for verdade o que Paulo Blanco diz do DCIAP, o melhor é reformar a coisa de alto a baixo. De alto a baixo!
E deixar o procurador Orlando em paz porque afinal se deixou envolver numa teia que acabou por o envolver sem grande possibilidade de defesa.
Estou certo que tudo isto vai ressaltar no julgamento e as actuais aparências podem revelar uma realidade bem diversa.
Os indícios já foram apontados e as insídias ainda não se desvaneceram. Tal como no princípio de Peter, há um nível a partir do qual as pessoas se revelam tal qual são. Sendo essa a verdade, é bom que se conheça.
Tal como então escrevi o Estado não deve ser isto e muito menos o Ministério Público.
5 comentários:
ainda 'hadem' ver e ouvir 'munto' mais
Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.
Depois dos artigos do Rafael Marques no Observador, quando este senhor diz preto, eu desconfio que deve ser branco, se diz sim, eu penso que deve ser não.
O Rafael Marques é um racista e manipulador, outro que acredita nos amanhãs a cantar pela revolução
Então as denúncias iniciais, efectuadas pelo mesmo, valem o mesmo também?
Concordo, Carlos Guerreiro. Esse tal de Rafael Marques não passa de um racista e manipulador !
João Pedro
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