Fica aqui o anúncio da próxima bancarrota, feito por um antigo governante socialista que sabe do que fala e prevê a fatalidade como se fosse matemática:
Daniel Bessa ouviu ontem, quarta-feira, Manuel
Caldeira Cabral a congratular-se pelo facto de as empresas privadas
estarem a investir mais 15% este ano. Reacção de Bessa sobre as palavras
do homem que ocupa, no governo de Costa, o mesmo cargo que ocupou no
governo de Guterres: “partindo do ponto a que chegou, se está a subir 15% continua igual“,
atira Daniel Bessa. O ex-ministro da Economia e director-geral da COTEC
defende que as políticas públicas devem estimular este investimento das
empresas — que devem investir “se quiserem, ninguém os pode obrigar” — e
avisa o Governo que estimular a economia pela via do consumo “é um erro“, porque há um “longo prazo” que não se pode negligenciar. Qual é o risco? “Nem a moeda única nos salvará de um quarto resgate“.
Bessa
reconhece que “há um curto prazo e um longo prazo”, ou seja, não
discorda de que a economia tenha necessitado de certos estímulos no
curto prazo. “Mas não sei — tenho muitas reservas — que ainda possamos dizer que ainda estejamos a trabalhar no curto prazo“.
Todas as bancarrotas dos últimos 40 anos ocorreram sob a égide da esquerda socialista.
Ainda assim, o PS é o partido com maior número de votantes, para já e no passado. Uma conclusão se impõe: é possível afinal enganar muita gente o tempo todo.
Como? A velha receita: com papas e bolos...e um apelo aos pobrezinhos como aqueles que se defendem sempre, dos ricos e exploradores. Este discurso pega sempre. Sempre.