quarta-feira, novembro 25, 2020

A alegria no trabalho de uma (a)fundação

 Notícia da Sábado de hoje:


Não faço ideia de quanto ganhará por mês este "boy" que está nesta fundação herdeira da FNAT do tempo de Salazar, dos anos trinta. A FNAT destinava-se a promover a "alegria no trabalho", segundo ideias da época em que o turismo nem tinha expressão monetária em divisas. 

Agora transformada em fundação depois de ter sido instituto, o INATEL dedica-se ao "turismo e termalismo social e senior", seja lá isso o que for e a  mobilar tempos livres de jovens e trabalhadores. Mas cheira a tachos para apaniguados do sistema e programas para reformados, com um "orçamento de mais de meia dúzia de milhões de euros. Pagos por quem paga impostos. 

Para tais tarefas sublimes, alguém da direcção precisou de um telemóvel e a fundação pagou. Um Iphone de gama mais alta que isso de estar numa fundação do género não é para pindéricos. E pagou ainda outras regalias documentadas em denúncia de alguém descontente com a tal direcção de boys e girls que até recolheu e juntou cópia da factura/recibo. 

Antes de 25 de Abril este tipo de despesas era outra loiça. Ora leia-se um pequeno apontamento sobre controlo de despesa pública. A publicação é de Janeiro de 1973 e é de uma revista de comunistas encapotados que existia na altura e que servia para denunciar de outro modo, coisas avulsas para denegrir o regime, sem a Censura reparar. 



Ora para denegrir o regime de Salazar, já em 1973 e em pleno regime de Estado Social, de Marcello Caetano, a direcção da revista à míngua de casos como o acima apontado, porque efectivamente as fundações desse tempo não eram (a)fundações do erário público, relatou um pequeno episódio acerca de despesa pública e controlo da mesma, directamente por Salazar e sem passar por qualquer tribunal de Contas...


 Se contassem esta historieta ao "boy" acima retratado, diria certamente que Salazar era um indivíduo "pequenino" e sem a noção de grandeza que o Estado deve ter...ou então qualquer coisa sem nexo que esta gente nem cultura para isso tem. 

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STA: quatro anos para isto!