Leia-se isto do Observador:
Perante isto que aqui se reproduz como é possível dizer que este Manuel Vicente é que é o corrupto e que o regime angolano, in totum, abrangendo os actuais dirigentes o não são e que o MºPº português deve investigar um e não os outros e que afinal houve branqueamento de capitais e que até um procurador da República ( Orlando Figueira) era corrupto porque ajudou este Manuel Vicente a safar-se?
Safar-se de quê?! Que sentido tem andar a investigar-se o que não é possível investigar a não ser incluindo todo um Estado, um regime, como o de Angola e constituindo todos os seus dirigentes como arguidos num gigantesco crime de branqueamento de capitais?! Como é possível não entender que todo o investimento de Angola em Portugal através destas figuras do regime, passadas e presentes mais as futuras, é fruto desta corrupção total que afinal pode muito bem deixar de o ser porque era patrocinada e apoiada oficialmente por um regime, com José Eduardo dos Santos a mandar, incluindo os actuais dirigentes que beneficiaram directamente de tal sistema? A legalidade do regime angolano nesse tempo não contemplava precisamente este latrocínio generalizado, com decretos assinados pelo próprio presidente?!
Porque é que se andou e anda a caçar gambozinos relativamente a estas figuras angolanas que se acusam mutuamente e que indicam os culpados segundo quem está no poder, na melhor tradição das repúblicas de bananas?
Alguém sabe explicar a suprema estupidez que isso representa e que o Ministério Público português no tempo de Joana Marques Vidal ( e ainda agora) patrocinou?
Como é possível defender legalmente uma coisa dessas? Em que sistema jurídico vivemos nós?!
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