domingo, novembro 29, 2020

PCP, o museu do comunismo em Portugal

 O XXI Congresso do PCP, segundo imagem da SIC:


As ideias do PCP sobre o comunismo e o capitalismo não se alteraram substancialmente nas últimas décadas. 

Sobre tal assunto o discurso de 1974 continua a ser válido em 2020, praticamente à vírgula. Será nessas ideias que estas pessoas acima mostradas acreditam a sério? 

Duvido. Teoricamente o PCP continua a ser o que sempre foi: um partido com tendência totalitária e que acredita piamente no marxismo-leninismo e figuras de referência. Será nessas figuras que as pessoas acima mostradas se revêem? Duvido outra vez.

Não obstante o PCP precisa de um credo, de uma acreditação ideológica e onde a iria buscar senão ás fontes da doutrina marxista-leninista? Esta capa tem três anos, mas poderia ter trinta anos ou trinta dias que seria igual.


A retórica comunista há dois anos ainda era esta e continua igual: a essência do fascismo é o capitalismo, do "capital e dos grandes agrários", como escreviam em 1974 e continuam a escrever hoje como se o mundo tivesse congelado na História que inventaram para o explicarem. O PCP é por isso um museu. 


A estética realista é impressionante mas de concreto e com a máxima expressão popular produziu disto, sem capacidade para mais que isto, mostrado numa foto surripiada da internet: o carro popular na Alemanha de Leste era o Trabant. O carro que as elites do partido conduziam eram Volvos e tal se mostra no verdadeiro museu que há em Berlim, junto ao antigo Reichstag.


O comunismo não foi capaz de produzir melhor que isto, na Alemanha. O máximo refinamento tecnológico e estético que a Alemanha comunista produziu foi este carro tosco que agora até é procurado por isso mesmo, como símbolo e artefacto bizarro, de museu.

As imagens que seguem são tiradas da última edição da revista Monocle. Mostram o que é a fábrica de carros Audi, na mesma Alemanha e que funciona com pessoas da mesma estirpe que as que produziram os acima mostrados carros populares. 





O  comunismo e a sua inerente organização produtiva e tecnológica seria absolutamente incapaz de gerar, produzir, até conceber uma coisa destas e por um motivo prosaico: mesmo que lhes mostrassem as potencialidades decidiriam sempre que não precisavam daquilo. 

O PCP está para a democracia portuguesa como o trabant alemão: tosco e sem préstimo a não ser como modelo de museu, artefacto ideológico procurado por saudosistas ou apreciadores de velharias. Como o líder Jerónimo e os apaniguados ideológicos que ali acima aparecem sentados. 

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STA: quatro anos para isto!