quinta-feira, março 04, 2010

As datas dos factos

Entretanto, o jornal Público de hoje, retoma um problema de datas discrepantes, referidas pelo PGR Pinto Monteiro, no caso das escutas e dos despachos exarados no "expediente" que arquivou num procedimento administrativo. "Pinto Monteiro voltou a enganar-se nas datas da Face Oculta" não é um título de honra para um PGR.

De tal modo que na última página, na seta descendente, escreve-se assim:

"O PGR é um homem de letras, mas ainda assim custa a perceber a sua péssima relação com datas e com operações matemáticas simples. Desta vez, Pinto Monteiro diz ter remetido um despacho para o procurador distrital de Coimbra e para o coordenador do DIAP de Aveiro 14 dias antes de ele ser proferido."

Se isto for um facto e Pinto Monteiro já o deveria ter esclarecido, pelo menos com a mesma presteza com que hoje desmentiu o que Manuela Moura Guedes ontem disse na AR, mais uma vez se anuncia algo grave que atinge o PGR e a imagem do Ministério Público e justiça em geral.

De tal modo esta imagem se desgastou que todos os candidatos à liderança do PSD, nas entrevistas que deram às tv´s referiram a "péssima prestação" do actual PGR nas explicações confusas que tem dado. E um deles, Passos Coelho, até pede a sua demissão como ponto de partida para a clarificação da justiça.

Neste momento, quem defende o actual PGR, entre as forças políticas? O PS?
Chega para manter um mandato? E a imagem do MP e da justiça nada contam?

2 comentários:

Insatisfeito disse...

A ser verdade que o PGR sustentou em documento-cronologia entregue em pleno CSMP (numa reunião por ele mesmo convocada, pelo que se presume estar devidamente documentado sobre os factos ocorridos), que remeteu um despacho numa data que corresponde a 14 dias antes de ter sido proferido, estaremos perante um simples, inócuo e desculpável caso de "engano" ?

Cordialmente

Insatisfeito

Isaac Baulot disse...

E foi esta gente que, no âmbito do Caso Pio, ilibou o abusador de um jovem porque este errou o dia certo em que foi abusado...
Temos então um Trapalhão Geral da República, uma Trapalhona Geral Adjunta, etc. etc.

O Público activista e relapso