Passou agora mesmo na TVI:
Num anfiteatro de uma faculdade de Direito, suponho, um interveniente interpelou o PGR Pinto Monteiro, presente, para lhe colocar uma questão simples:
Porque não mandou organizar um inquérito por causa do assunto da Face Oculta e do "expediente" que lhe foi entregue por outros magistrados para esse efeito?
Resposta de Pinto Monteiro: V. fez uma intervenção política. Eu não sou político. Por isso, não respondo.
E antes ainda balbuciou umas razões imperceptíveis sobre os jornais de "referência". Disse que não sabe quais são...a não ser a Bola. E disse-o em tom jocoso, procurando adesão à piadola.
Em suma e resumo, foi isto. E é isto que temos visto. Sem mais.
5 comentários:
Desta não deu resposta. Mas quando dá é mais triste: Diz que não instaura inquérito porque não há indícios da prática de crime, quando saber se há ou não indícios de crime é a própria finalidade do inquérito. Assim fecha-se o circuito, sem nunca ter de se investigar. Nunca o ouvi dizer que, considerado em abstracto, o comportamento imputado ao PM não era susceptível de configurar crime, que era o que teria de dizer: se a denúncia é susceptível de integrar tipo de crime ou não. E sendo, não tem alternativa, senão instaurar inquérito.
Continuo a achar que o titular do inquérito bem podia ter remetido o "expediente" depois de escrever na capa: "R.D. e A. como inquérito". A partir daí tudo era sindicável e haveria regras.
Ultimamente, o PGR tem-se dedicado, ao que parece, à análise do que é político ou jurídico. Que me parece ser um caminho perigoso para um PGR...
Assisti e a aprimeira coisa que me ocorreu é que a intervenção do jovem poderia ter sido truncada, mas pelos vistos não. A única coisa adicional que disse foi que não percebia como era aquilo possível. Está explicado o caso: para Pinto Monteiro um caso é político desde que algo que envolva o PM seja posto em causa e ponto final. Não há volta a dar-lhe. É assim mesmo.
Exactamente. O que o Marques Vidal deveria ter feito era pura e simplesmente mandar autuar e registar como inquérito e depois remeter a quem de direito.
Podia chegar ao mesmo resultado mas...era outra coisa.
Pela certa. E o PGR nessa altura já tinha pedido a reforma antecipada.
Sobre certas decisões dos juizes (homem que assassinou a própria filha com o cinto de um roupão):
"A sua grande pena foi a perda da sua filha (...) é a culpa que vai acarretar o resto da vida e o sentimento de perda irreversível"
Será?
José:
O "labrego" foi apanhado com as calças na mão ou, como dizem os ingleses "he has been caught red-handed"...
O que pode, pois, o "labrego" fazer?
Apenas dar "desculpas" atabalhoadas até ser finalmente e devidamente demitido.
Entretanto, vai desacreditamdo, como nunca a "justiça".
O que podemos fazer?
Manter a pressão sobre o "labrego".
Força, José, que nós apoiamos!
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