sábado, novembro 05, 2011

O Zé do Pipo

Sol:

José Sócrates esteve há duas semanas no Porto, onde almoçou com vários socialistas que lhe são próximos. Nesse encontro, soube o SOL, o ex-primeiro-ministro manifestou-se pelo voto contra do PS à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2012 apresentada pelo Governo.

O almoço decorreu a 23 de Outubro, num restaurante em Pedras Rubras, no Porto. À mesa, além de Sócrates, estiveram o ex-líder parlamentar Francisco Assis, o ex-secretário de Estado Manuel Pizarro, Renato Sampaio (ex-líder da federação do Porto), José Lello (membro do anterior Secretariado do partido) e Isabel Santos (ex-governadora civil do Porto). Nomes a que se juntaram António Borges, presidente da Câmara de Resende, e Castro Fernandes, presidente da Câmara de Santo Tirso. Em comum têm a proximidade a Sócrates e a ligação ao distrito do Porto.

Evidentemente, mais que não houvesse, estas notícias legitimam todas as indagações porque este indivíduo não desistiu da política activa depois do que fez ao país.

Estas movimentações políticas legitimam que se saiba onde anda e como anda. Não é da vida pessoal que se trata porque o assunto mistura-se. Este Inenarrável anunciou uma retirada sabática com a panache do costume: discrição aldrabada. Silêncio cúmplice sobre os motivos e anúncio de uma seriedade postiça. Ressente-se neste estilo o habitual menu: fake, falso, kitsch. O curso de filosofia provavelmente não existe enquanto tal; a inscrição na prestigiada universidade, correu mal; já há notícias escandalosas sobre o retiro sabático, com almoços pagos em restaurante de luxo a conhecidos de circunstância política, por um indivíduo que anunciou a retirada da vida política, renunciando a subsídios mesmo sem lhe serem conhecidas quaisquer fontes de rendimento.

Enfim, só falta que o jornalismo do para quem é bacalhau basta se digne cozinhar o prato à Zé do pipo, para que mais um escândalo rebente e a matilha se reúna em conclave a clamar por mais uma cabala, através de apaniguados do antigo parceiro pensador.

7 comentários:

Portas e Travessas.sa disse...

José,

O Sócrates esteve no Norte?

Valha-me Deus, anda a faltar ás aulas.

zazie disse...

Este tipo não levou a corrida que precisava. E essa era até ficar atrás das grades.

Anónimo disse...

Seria interessante saber se o sindicato dos jornalistas já abriu algum processo à jornalista que o CM diz ter avisado esse senhor que estava a ser investigado, ou se vai, como muitos outros, fazer de conta que os jornalistas têm uma vida pública e outra privada, uma delas sem ética nem limites. Uma coisa é certa: não há seguro que segure o Seguro, tal é a certeza de que vai ter um enorme acidente político daqui a não muitos anos. Nem tão pouco o pobre coitado consegue gerir um partido com duas cabeças.

Colmeal disse...

José,

Continua a ser "curioso" que nenhum órgão de comunicação social aborde a questão de como este individuo faz aquela vida em Paris, até porque ele próprio afirmou que não era possuidor de fortuna pessoal e até o luxuoso apartamento no Herón Castillo junto ao Marquês de Pombal, segundo algumas revistas foi pago pela sua mãe.
Ficámos esta semana também a saber que ele não está só em Paris, pelo menos um dos filhos também foi estudar para a "Cidade Luz", ou seja à estadia podemos também juntar pelo menos 2 propinas ...
Já agora deixo uma notícia de como ele foi posto na ordem na escola do filho :

Sócrates posto na ordem em França

Portas e Travessas.sa disse...

O Correio da Manha (sem til) - é perito em "charadas" para embalar certos "intelectuais"

"ceteris paribus"

Manuel disse...

A propósito do jornalismo "para quem é bacalhau basta", aguardo com expectativa o surgimento de uma publicação independente de poderes políticos, económicos, maçónicos e que exponha sem medo os verdadeiros problemas de Portugal.
Esse comprarei.

Caro José, mais uma vez parabéns pelo autêntico serviço público que presta no seu blog.

Já agora, será que não dá para banir o aparvalhado socretino de serviço? Em minha casa, não o deixaria entrar.

josé disse...

Não. Pluralismo de expressão exige.

O Público activista e relapso