"A informação da estação pública de televisão será sempre o que um Marques Mendes, Cavaco, Sócrates, Santos Silva, Portas ou Relvas quis, quer ou quiser." - Manuela Moura Guedes, ao Correio da Manhã de ontem, citada pelo Público de hoje.
Na mesma edição deste jornal há três opiniões sobre a RTP: António-Pedro Vasconcelos pergunta como " garantir a independência do poder político e económico do operador público como manda a Constituição?" Missão impossível, evidentemente.
Pacheco Pereira, sempre igual a si mesmo, é contra o serviço público de tv pública e poderia ficar por aí porque o que Pacheco diz deixou de ter interesse se é que alguma vez teve. Aliás, em matéria de tv, o programa de Pacheco Pereira na SIC será provavelmente um dos piores programas que alguma tv alguma vez apresentou. Claro que ninguém tem coragem em acabar com aquela miséria, mas enfim. É este mesmo indivíduo que se argueira todo com programas tipo Preço Certo ( um programa muito bem apresentado e típico da tv comercial) e não consegue vislumbrar o travejamento de inépcia que o seu programa representa.
Vasco Pulido Valente afina por um diapasão semelhante: a noção de serviço público é um mito que nos custa 300 milhões de euros por ano e além do mais, esse pretenso serviço público, no caso da RTP, é mau.
Conclui-se por isto tudo que a RTP faria um verdadeiro serviço ao público se acabasse. Pura e simplesmente. As indemnizações aos seus milhentos trabalhadores, segundo o ACT do sector, ficariam mais baratas.
Os bons profissionais que por lá existem poderiam formar outra tv. Com verdadeiro serviço público e o Estado poderia comprar esse serviço.
Como tal não vai suceder porque os ministros todos de todos os governos não querem prescindir do serviço público que é ter à disposição um canal de tv para as necessidades, vamos continuar a pagar salários milionários a apresentadores e que assim são controlados na senda do respeitinho habitual.
A RTP custa demais ao erário público e em tempos de grande crise, esses luxos são dispensáveis. Deviam ser, porque se a RTP acabasse enquanto tal, ninguém daria por isso. Nem as pessoas ficariam pior informadas ( com jornalistas do gabarito de uma Judite Sousa que já lá não está mas esteve e é o paradigma dessa mediocridade) nem se divertiriam menos com as tvs, porque os programas da RTP são completamente dispensáveis. Não há um único que tenha ficado na memória recente e que se torne exemplar do serviço público requerido.
300 milhões de euros por ano, só do erário público e dos nossos impostos são um escândalo.
11 comentários:
Basta ver os programas da manhã dos três canais que temos para sabermos que o programa da RTP é serviço público do melhor que há. Uma lufada de ar fresco e são em comparação com a lixeira onde chafurdam os outros dois.
Se custa muito, reduzam as gorduras onde as há.
eheh
Para piada seca está engraçada.
Não vejo os programas da manhã. Quem é que os apresenta e quem são os convidados habituais?
Um tal Carvalho que está sempre a discutir assuntos judiciários é comentador residente da RTP?
O país não pode abrir o mercado à concorrência e depois manter uma televisão pública com canais a torto e a direito que gastam mais do que as maiores 5 câmaras municipais todas juntas.
Bem, pior que a Fátima Campos Ferreira deve ser difícil ... eu ainda não percebi se a senhora é mesmo burra ou se é só a armar ao "deixa fazer de conta que sou burra, porque isto é pró povão, que é burro". Mas cada vez me convenço mais que a hipótese certa é a primeira.
Neste último programa do Prós e Prós, onde se discutia as alterações à política do medicamento ... foram tantas, mas tantas bordoadas! A senhora chegou ao fim do programa sem perceber o mais básico do assunto que supostamente estava a mediar... "mas acha bem que o farmacêutico possa alterar a DCI?" "ó senhora, não altera DCI nenhuma! pode é dar um genérico diferente pra mesma DCI" "ah, mas acha bem que altere a dose do medicamento?" ... (facepalm)
Chegou ao cúmulo, quando um senhor da plateia estava a explicar o porquê da diferença de custos entre medicamentos de marca (vulgo inovadores, ou seja, ainda com protecção de patente) e os genéricos ... "ah, pronto, tá a ver, já está aí uma diferença importante! nos genéricos não há medicamentos inovadores!"
Como é que é possível ser-se tão ... tão ... ignorante?
Burra como a Judite, só o Zé Alberto com quem contracenava.
E a dois a culpa é melhor distribuída.
O problema é que os 15 mil mensais eram a dobrar.
As asneiras e falta de insenção também.
Mas eles não se importavam.
Por fim, oooohh!, como é possível desconfiar que a tv pública é manipulada e dominada pelo interesse do Poder do momento?
Anjinhos?
O JAC fez ontem com João Jardim o mesmo que faz a colega de canal: falou quase tanto como o entrevistado, tentou conduzir as opiniões e, quando contrariado pelas realidades que quis induzir, mudou de assunto. Depois destes anos todos ainda não sabem deixar para os entrevistados a entrevista.
A culpa era do monte da Virgem. Quem de lá saía estava perfeitamente habilitado a juntar os trapinhos a um qualquer Fernando Seara. Ás vezes, para me animar, quando o manel germano me surpreende, medito no que devem ser os jantares lá em casa, da Judite e do Fernando. Esta alimária noutro dia a entrevistar a ministra da justiça até metia dó. O patarata do Alberto, esse foi escarafunchado pelo Alberto João e nem tugia nem mugia. A badalhoca da Campos qualquer coisa serve o relvas do momento, é burra mas de orelhas bem afitadas. Atingiram o zénite da actividade mental há vinte e muitos anos quando jogaram trivial pursuit comigo no hotel astória...
Vão ver que no final vamos ter delegações da RTP África nos principais bairros sociais multiculturais.
Penso que o José não está correcto quando diz que Vasco Pulido Valente e Pacheco Pereira são "contra o serviço público de televisão" ou que "a noção de serviço público é um mito".
Nunca os ouvi dizer isso.
O que eu acho que eles dizem, e eu concordo, é que
1- não é preciso POSSUIR canais de televisão para assegurar um serviço público de televisão.
2- Os chamados canais "privados" são na verdade concessões, que deveriam ser feitas tendo como contrapartida a obrigatoriedade de de fornecimento desse tal serviço público.
3- É preciso redefinir com correcção em que consiste o chamado serviço público.
Os telejornais ou a informação, que são frequentemente dados como exemplo, até podem ser usados como paradigma: serão sempre muito mais manipulados pelo governo num canal do Estado que num canal privado. Veja-se o exemplo flagrante do trabalhão e da quantidade de recursos que foram precisos ao inenarrável só para acabar com o programa de MMGuedes num canal privado.
Gallagher:
leu as crónicas dos dois?
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