quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Outro inoxidável

O estado maior do PS, reuniu-se ao largo, para discutir o estado de sítio em que o primeiro-ministro se colocou.

Almeida Santos, já disse o costume: o assunto pouco vale e vai dar em nada.

Foi assim na altura das célebres viagens fantasma dos deputados, em que desvalorizou o escândalo e foi igualmente assim na altura do escândalo Casa Pia. Nessa altura disse claramente, que "as testemunhas podem mentir".

É assim a táctica habitual destoutro inoxidável da política portuguesa: negar a evidência e desvalorizar o escândalo, tornando-o coisa banal.

9 comentários:

Anónimo disse...

A pérola do PGR na Visão que deixa a PJ e o tribunal de Aveiro de rastos poderá explicar esse comentário: "O chamado caso das escutas, no processo Face Oculta, é neste momento meramente político. Pretende-se conseguir determinados fins políticos utilizando para tal processos judiciários e as instituições competentes. É velho o esquema. Como facilmente se constata na Procuradoria-Geral da República, poucos políticos relevantes "escaparam" a esta armadilha política."

Isaac Baulot disse...

Tudo isto dá em nada.
O miserável que (alegadamente...) roubou um pacote de amêndoas no valor de 2 euros é que arrisca... 8 anos de cadeia.

josé disse...

Amanhã leio e vou comentar o despautério.

Este PGR não sabe onde se meteu com essa afirmação. O Sindicato vai ter de dizer alguma coisa. E o da PJ também porque isto é do nível de um Vieira da Silva, tal e qual.

andrecruzzzz disse...

ultimament só s fala d o PR despedir o pm. . E quais os poderes de destituicao do pgr e d pstj por parte do PR?
S o pinto, o noronha e o marinho trocassem d lugares entre si notaríamos?

josé disse...

Não notaríamos porque o discurso é idêntico e isso é inadmissível.

Karocha disse...

É José o Tio António gosta de dizer estas coisas!
Como no tempo dele não havia net e blogs, está convencido que nada mudou, santa paciência!

JB disse...

Este caso transforma-se lentamente num manual político de manobras de diversão:

1) Numa fase inicial, ataca-se o mensageiro e o modo de obtenção da notícia (segredo de justiça e questões conexas), o que, desde logo, permite considerar fechada, como muitos socialistas não se têm cansado de dizer, a questão "jurídica", apesar de todas as provas em contrário (o que é que valem os despachos do PGR em procedimento administrativo?);

2) Numa segunda fase, mistura-se tudo e atira-se lama para o resto da classe política até que ninguém fique com mãos limpas (caso da vigilância em Belém que agora também será tratada na comissão de ética);

3) Prossegue-se com a estratégia Lopes da Mota, segundo a qual o Rui Pedro Soares agiu sozinho por excesso de zelo, em todo o caso nunca comunicando com o "chefe máximo", apesar do que as escutas indiciam.

4) Passado algum tempo sem se terem tomado as providências necessárias (demissão do governo ou dissolução da AR) começa-se a desvalorizar a coisa (declarações de Almeida Santos) com falsas equivalências (estórias antigas do cavaquismo que se vai buscar ao baú das coisas guardadas para quando derem jeito).

E a estratégia funciona. Isto não vai dar "em nada" como referiu o mais experimentado manobrista do PS, Almeida Santos. Ele sabe por que razão o diz.

Zé Luís disse...

Lembre-se a tirada do Almeida quanto à inconveniência do NAL na margem sul: "Podem rebentar uma bomba na ponte 25 de Abril"...

Mani Pulite disse...

O BÓI MONTEIRO FOI POSTO NA PGR PARA GARANTIR QUE TUDO NADA VALE E NÃO DÁ EM NADA.O ALMEIDA DO PS QUE O LÁ PÔS SABE TÃO BEM ISSO QUE PODE DIZER O QUE DISSE.OS DONS ESTÃO TRANQUILOS E A SICÍLIA IBÉRICA PACIFICADA...O SAQUE PODE CONTINUAR.

A obscenidade do jornalismo televisivo