quinta-feira, janeiro 26, 2012

Censurar é preciso...

R.R.:

A filha mais nova do Presidente venezuelano partilhou uma foto na Internet que está a causar grande polémica. A jovem Rosinés Chavez aparece a tapar metade do rosto com um leque de notas estrangeiras, quando a utilização de moeda externa na Venezuela é bastante limitada.

A polémica grassa nas redes sociais, mas os jornais venezuelanos quase não falam do assunto. Talvez porque, em 2005, o jornal “TalCual” foi multado em cerca de 20 mil dólares depois de ter publicado um editorial com o título “Querida Rosinés”, do humorista Laureano Márquez Pérez – uma sátira ao facto de o Presidente venezuelano ter alterado a bandeira nacional porque a filha lhe disse que o cavalo que integra o símbolo nacional não deveria estar a olhar para trás."


A polémica sobre a censura que se operou na Antena Um, com o fim de um programa de um jornalista, Pedro Rosa Mendes, que se atreveu a falar mal do regime angolano, é uma manifestação do mesmo mal acima apontado.

A selecção de notícias efectuada pelos directores e apresentadores de tv, incluindo a rtp e os canais privados, bebe da mesma fonte inquinada: sempre que uma notícia incomoda um poder que os pode afectar, não se publica a não ser que seja inevitável e escandaloso não o fazer.
A RTP do imperturbável José Alberto Carvalho demorou dias a noticiar o assunto da licenciatura de José Sócrates, mesmo depois de este se tornar escândalo maior.
Ao longo dos anos de poder socialista as manifestações de auto-censura, uma das piores formas de censura, para além de certo limite de senso comum, foi a norma informativa das lusas e das rdp´s e rtp´s.
Não vai ser agora que as coisas em Portugal vão mudar, porque os protagonistas da Censura continuam de pedra e cal, firmes e hirtos nos seus postos de vigia.
Portugal é uma democracia a sério? Formalmente parece que sim. E o regime de Marcelo Caetano, nesse aspecto, era pior? Mesmo com instituição de Censura Prévia ( Exame Prévio) o que passava muitas vezes era mais explícito e claro do que hoje.
A corrupção das nossas elites governativas não tem expressão noticiosa porque a ideia que passa é a de que não há assim tanta corrupção...

4 comentários:

pandacruel disse...

No tempo de Marcello sabia-se que havia censura, o escândalo principiava logo aí, todavia lia-se a imprensa também nas entrelinhas, o problema, agora, no tempo de Marcelo, é que se torna difícil ler nestas, não se sabe onde pairam, descolaram-nas e as cortinas de fumo são sistémicas.

Streetwarrior disse...

Eu nerm sei o que pensar acerca do futuro deste Portugal.
...E aqueles que continuam a cerrar os dentes cada vez que alguém levanta estes problema,batem com o pé dizem batendo com a mão no peito,É MENTIRA....VAI TRABALHAR MALANDRO

rita disse...

http://educar.files.wordpress.com/2012/01/visao25jan12.jpg

Karocha disse...

Bingo José

Já para não falar do telefonema do Brasil, que tanto medo fez a quem de direito!!!

O Público activista e relapso