segunda-feira, janeiro 30, 2012

Os 15 mediáticos que temos

Esta dupla página da Revista do Expresso desta semana destaca os comentadores mais notórios dos media, em Portugal. Faltam muitos e alguns deles dos melhores ( Pedro Lomba, por exemplo) mas tal só aconchega a ideia que a Revista do Expresso anda a pedir meças à cretinice do seu director.
Percorrendo o leque dos 15 nomeados, nenhum deles ( com excepção de Vasco Pulido Valente) com regularidade, me leva a ver, ouvir ou ler o que dizem, falam ou escrevem, pagando para tal. Não porque sejam rematados imbecis ou mentecaptos profissionalizados mas apenas porque não despertam interesse especial naquilo que transmitem. E apesar disso, por vezes, muitas vezes, dou uma vista de olhos e vejo, ouço ou leio o que passam como ideias próprias.
A moda dos comentadores avulsos nos media, massificados, é relativamente recente. O Expresso de final dos anos oitenta tinha um ou dois. O Público começou com dois ou três excelentes cronistas, modelos do que deveria ser a crónica de jornal ( Augusto França-Jardim, Rogério Martins e outros). A Grande Reportagem de meados dos oitenta, já tinha VPV mas também o grupo intelectualmente associado a António Barreto, um veterano da crónica em formato de papel. O O Jornal e a Visão também davam guarida a certos intelectuais tipo Eduardo Lourenço.
Porém, faltam-nos os intelectuais de vulto, de fôlego e de consistência teórico-prática, do tipo de um António José Saraiva, pai do director do Sol e que chegou a escrever crónicas na Vida Mundial pós-25 de Abril.

Do grupo dos quinze mediáticos nenhum deles consegue escrever com a profundidade suficiente, clareza nos parágrafos e clarividência nas ideias como este indivíduo todas as semanas o faz na Marianne francesa. Ainda por cima, um indivíduo declaradamente de esquerda. Mas de uma esquerda que devia envergonhar os jacobinos que temos por cá. Há uns anos dizia-se que Mário Soares antes de falar sobre qualquer assunto de âmbito internacional lia primeiro o que Jean Daniel ( director do Le Nouvel Observateur) tinha para dizer e depois, então, falava de cátedra. Hoje em dia, vemos, ouvimos e lemos tanto especialista em assuntos económicos e em "relações internacionais" que a dificuldade reside em saber quem sabe menos do assunto e apenas papagueia ideias alheias, ainda por cima mal aprendidas e assimiladas.

5 comentários:

zazie disse...

Pois é isso mesmo. Não tem a menor comparação.

E nem é por questões ideológicas, que o Juillard até é escardalho e a dar para o jacobino (comprei o livro dele - L'argent, Dieu et le Diable) mas por terem qualidade incomparável.

Anónimo disse...

gostei muito da sua cronicae lembrei-me de WilliamShakespeare:o justo é injusto e o injusto é justo e juntos pairam no nevoeiro do ar pestilento.

Floribundus disse...

não leio nem ouço o 'venerável' conjunto dos srs profs drs politólogos

pensam que sou ignorante e estúpido.

a periferia do rectângulo é cultural e cívica

Anónimo disse...

Por obsequio solito V. atenção, apresento os seguintes conteúdos de livros amarelos:
documentos para download em:
http://www.xup.in/dl,11261391/Portugal_novo_tribunal.pdf/ (click download –preecher código caixa lateral )
ou
http://www.qfpost.com/download.do?get=71ac5b2af425154ee1019f9e0ede5892 (click download file)
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Estimadas/os

Sou engenheiro não escrevo bem, mas faço um trabalho de pericia técnica útil á justiça. Os departamentos júridicos das instituições públicas, devem ter isto em consideração quando me respondem ás minhas reclamações nos livros amarelos isentos de cambalacho.

As desconsiderações, são uma falta de respeito ao meu esforço pelas minhas deslocações a Lisboa com o meu tempo e dinheiro gastos por altruísmo a bem da harmonização social.

Porquê tanta ignorância nas respostas vinculativas aos livros amarelos? Será má fé? Desonestidade intelectual? Leviandade? pura negligência grosseira? Será que reconhecem DOLO ?
Senão reconhecem DOLO, deverão fazer malas porque não podem exercer profissão consciente.

A justiça usa a caneta como arma, a engenharia outra tipologia.
Enquanto não houverem sanguinários estamos bem?

Eu ainda acredito na inteligência do homem, e a melhor maneira de condenar criminosos é recorrer aos conteúdos dos livros amarelos de reclamações públicas e saniar o MAL (provocador) colocando-o em quarentena para que não desencadeie mais MAL.


Sujiro uma petição pública via internet, para constituição de um tribunal arbitral popular ao abrigo dos bons costumes e da harmonia social. (verificando a própria constituição já obsoleta)
Desta forma com a ajuda de advogados, engenheiros, médicos e outros profissionais altruistas seria feita justiça ordeira e tranquila.


O dominio da “Besta”(marido) e da “prostituta”(mulher) só é feito pela inteligência, porque se praticares actos prostitutos e de bestialidade serás igual eles e não tens moral.



18.Jan.2012
Pedro Lino,
http://linoavac.no.sapo.pt (na vanguarda das “Free-energy”, contra as “falsas prendas” penhoradas pelos paineis solares, eólicos ridiculos e obsoletos nunca amortizáveis a longo prazo nos dias de hoje que correm a alta velocidade tecnológica)

S C disse...

Boa José, é por aqui.

O Público activista e relapso