Já o escrevi por aqui: Pedro Ferraz da Costa há quarenta anos que tem razão e é dos poucos que disse sempre o mesmo, ao longo das décadas, que me recorde.
Na tv de antanho, dos anos setenta e quando já era presidente da CIP era uma voz dissonante do ambiente esquerdista e das poucas que se podiam ouvir. Era impressionante o modo como se opunha ao desvario da esquerda que conduziu a duas, três bancarrotas e agora a sacrifícios incontáveis e cuja responsabilidade deve ser assacada em grande parte a essa esquerda militante dos sonhos.
Hoje tem uma entrevista no i que vale a pena ler porque fala do seu 25 de Abril de 1974 e do que se lhe seguiu.
Para amanhã reservo uma surpresa notável que descobri hoje, perdido num monte de livros antigos: duas, três entrevistas de Marcello Caetano a um jornal brasileiro, O Mundo Português, em 25 de Junho e 2 de Julho de 1976. Para desfazer alguns mitos e esclarecer outros tantos.
Esta semana e ainda mais além, vai ser sempre a malhar o ferro frio daquilo que não nos deixaram ler em 1974-75. A nova censura, claro. A censura esquerdista que não se envergonha de ter substituido a antiga, com métodos mais directos e sem peias: a censura interna nos jornais, por medo (o Expresso será o melhor exemplo) e por conveniência ( os demais, com destaque para o Diário de Lisboa e quejandos).
Como aperitivo fica ainda um artigo da revista L´Express de 25 de Março de 1974, portanto há 40 anos e já depois do "golpe das Caldas" e da publicação de Portugal e o Futuro. Lá aparece um certo Adriano Moreira, citado por Ferraz da Costa e muito bem citado. Está aqui a prova de que Ferraz da Costa tem razão em relação ao velho professor que no outro dia ( por ocasião do lançamento de um livro do Pe Carreira das Neves), nem sabia sair da FNAC e andava a perguntar a um empregado por onde era a saída...
Estive mesmo para o ajudar: Sr. Professor, venha por aqui que eu mostro-lhe a saída...já que anda perdido.