sexta-feira, março 19, 2010

A "fórmula regimental".

Jaime G. , presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado na hierarquia representativa, engalinhou com o comportamento de um membro do Governo, um Secretário de Estado da Educação.
Este, por três vezes não se apresentou ao plenário em conformidade com a "fórmula regimental", ou seja, em primeiro lugar ao sr. Presidente e em seguida aos senhores deputados. O Secretário de Estado, na bancada do Governo, por duas vezes foi advertido para usar a "fórmula regimental" e tentou. Na segunda vez lá balbuciou "Sr. Presidente", mas repetiu o erro na fórmula regimental, ao dirigir-se às "senhoras deputadas e senhores deputados".

Tanto bastou para que o presidente lhe retirasse a palavra, ali, logo, por violação da "fórmula regimental".

Jaime G. tira a palavra a um orador na AR, porque este não respeitou o formalismo regimental da apresentação.
Quando perdeu a acção contra os que o acusaram de actos gravíssimos para a reputação seja de quem for, nada disse. E ninguém lhe tirou a palavra.

5 comentários:

rosa disse...

Não faço a mais pequena ideia do assunto que o Secretário de Estado da Educação iria tratar.

Mas o que é que interessa a perspectiva do SE da Educação sobre questões relacionadas com a educação - tipo, concursos de professores, compromissos negociais incumpridos, violência escolar, whatever - quando não cumpre com o escrupuloso respeito pela sacramental fórmula regimental?

Lamentável.
Rosa

Unknown disse...

Jaime Gama "passou-se" hoje. Completamente. Foi incortês para com um orador (os estranhos ao Parlamento são obrigados a saber aquela chacha?!). E com medo dos jornalistas, autoriza os papparazzi a segui-lo até aos sanitários e até dentro deles. Sim, porque a Assembleia da República é um lugar público.

gm

Zé Luís disse...

Jovem e tenrinho, Gama enrabou-o...

contra-baixo disse...

E o Jaime Gama esqueceu-se de uma coisa muito importante a "fórmula regimental" é para os que são do regimento - os deputados; o mesmo não se pode dizer de um SE que está ali para prestar contas "ao povo". Se Jaime Gama não gostou da forma como o SEC se dirigiu à Assembleia, deveria ter reclamado junto do ministro dos Assusntos Parlamentares e NUNCA impedir um SE de falar.

Unknown disse...

E o mesmo Jaime Gama deixa passar incólume tratamentos menos corteses de deputados a membros do governo... Impossível!

GM