segunda-feira, abril 28, 2014

Mitos e lêndias da democracia: os números da Educação

A Educação em Portugal tem sido apresentada como um dos grandes sucessos dos últimos 40 anos e consequência directa da "libertação" do fassismo. Alguns indivíduos do PSD que deviam ter mais juízo ( Marques Mendes) andam por aí a proclamar as maravilhas dessa "libertação" e que sim, que valeu muito a pena porque estávamos nas trevas e vimos então a luz.
Percebe-se muito bem as razões de muitos ( incluindo aquele Mendes) porque sem 25 de Abril teriam que trabalhar nas suas tabancas e não teriam oportunidade de ocupar espaço mediático a parlapatear inanidades ou, pior ainda, propaganda pura para manter o poder que alcançaram.

No que se refere à Educação, o mito actual é que a evolução foi fantástica e representou o melhor exemplo das amplas liberdades conquistadas, porque o reverso é apresentar o tempo anterior como de obscurantismo e analfabetismo cerrado.

Segundo o D.N. de Sexta-Feira, em 1970 haveria 0,9% da população no ensino superior e em 2011 tal número encavalitava-se já nos 14,8%. No ensino secundário, em igual período as taxas respeitavam a cerca de 43 653 alunos em 1970 e nuns estonteantes 411 238 em 2011. O analfabetismo era de 25,7% em 1970 e uns confortáveis 5,2% em 2011. Portanto, somos agora um povo de letrados, em que o pib, per capita, pelos vistos cresceu de €7245 em 1970 para uns anémicos €16 086 em 2011. Não se percebe, com tanta escolaridade como é que estes númenros não quadriplicaram, mas é possível que o fenómeno tenha a ver com os mesmos mitos e lêndias que eram propalados pelos antigos países de Leste...

Enfim, há um professor do IST, José de Sá que tem Facebook e lembrou-se de cogitar sobre o assunto, fazer umas contas e baralhar os números da Pordata e similares. A Pordata é o novo INE...

José de Sá (um dos atingidos precocemente pela doença infantil do comunismo, de que aliás se curou mas  que esteve preso antes e depois do 25 de Abril)  publicou as suas reflexões pessoais nas páginas virtuais  desse novo medium que aliás não uso ( e me recuso a usar). Alaguns dos quadros e comentários do autor, foram-me enviados em imagem obtida por print screen, por quem usa e que aqui mostro, depois de me assegurar acerca da não oposição do autor. De algum modo servem  para   questionar os números redondos de uma propaganda acéfala e acrítica replicada pelos sectores do costume e que pura e simplesmente silenciam e censuram quem pretender contestar a verdade oficial adquirida de que o 25 de Abril foi o dia da nossa Libertação...seguido do mar de rosas que todos celebram agora.
Os números apontados divergem substancialmente daqueles que sistematicamente são apresentados e por isso merecem reflexão.

Quem quiser discutir directamente o assunto, poderá eventualmente fazê-lo na página do autor, no Facebook e a quem agradeço a possibilidade de exposição deste assunto publicamente.



ADITAMENTO: 

Sobre este mesmo José de Sá, aconselho a leitura de um livrito online  chamado Conquistadores de Almas. A partir da pág.185 torna-se muito interessante, porque relata o modo como se pode curar a doença infantil do comunismo. Há outros métodos, usados pelo partidos comunistas em geral, mas são reservados e apresentados como curas de desintoxicação em gulags ou eutanásias com tiros na nuca. Os processos de Moscovo, na segunda metade dos anos trinta, relativos a factos testemunhados por comunistas como Francisco Miguel, dão-nos relatos eloquentes da posologia e metodologia no tratamento da doença.
O PCP não quer ouvir falar disto e a troika Arménio,Avoila e Jerónimo garante que são cabalas da reacção e provocações ao comunismo que só vê amanhãs a cantar.
O que sucedeu ao comunista chamado José Miguel que o Alentejo viu nascer e foi morto durante esse tratamento especial, isso agora não interessa nada e nenhum dos media fez alarde desse fait-divers contado há umas semanas pela jornalista Felícia Cabrita do Sol. É uma fascista, certamente,  e por isso não merece qualquer crédito.