Este livro de Miguel Cardina, um trintão formado em Filosofia por Coimbra, fez um doutoramento em História Contemporânea e como tese apresentou o essencial de que este livro é uma versão.
É um magnífico volume de memórias do nosso passado recente, com destaque para os anos sessenta e os setenta do século passado.
O maoismo e o esquerdismo em geral foram viveiros de certos intelectuais que desaguaram em partidos políticos, quase sempre em esquerda, mesmo sendo putativamente de direita ( como o PSD).
Nestas quatro páginas que aqui coloco e se podem ler com um clique, há a história do assassinato de um informador da PIDE, às mãos de uns revolucionários de pacotilha, com destaque para um certo Francisco Martins Rodrigues, dissidente do PCP e inimigo, pela esquerda, da sua linha política de contemporização com o regime por não querer enveredar pela via revolucionária e pelo slogan de que "o poder está na ponta de uma espingarda."
O tal Rodrigues mais um tal d´Espiney assassinaram um camarada que os traiu e informou a PIDE conduzindo a prisões de vários militantes clandestinos, em meados dos anos sessenta. Os assassino fizeram-no após um simulacro de julgamento revolucionário, em que o mesmo confessou os "crimes" e foi então executado. Isto em Portugal, um país que tinha abolido a pena de morte muitas décadas antes.
Estas duas páginas mostram a composição geral dos elementos que enfileiraram nas organizações de extrema-esquerda saída daqueles movimentos iniciados por aqueles dois assassinos.
José Pacheco Pereira, ( o "Rui") pois claro, é um dos bravos esquerdistas que se opunham ao PCP por este ser demasiado brando... e há outros conhecidos. Por exemplo, Nuno Crato, o actual ministro da Educação.
Tenho para mim que estas pessoas nada esqueceram e nada aprenderam. Mas posso estar enganado...porque Saldanha Sanches, um deles, disse que esse percurso foi uma infantilidade, dando razão às teses do PCP ( o "esquerdismo como doença infantil do comunismo").
35 comentários:
Não sabia esta história do crime desses dois.
Um que parece que mudou sem ficar com os tiques, foi o Eduíno Gomes (ou Vilar).
Li um texto dele no Alameda Digital e nem queria acreditar.
Engraçado!...
A última vez que ouvi falar do Eduíno Vilar, foi a dar notícia da sua morte por envolvimento a grupos de segurança pouco recomendáveis. Diziam ainda, que o fulano teria sido responsável pela equipa de segurança de Cavaco no final dos anos 80/início de 90.
Agora dizem que escreve no Alameda Digital???
Este fulano, foi um dos fundadores da "Voz do Trabalhador" que mais tarde deu origem à AOC (uma das correntes ML, com origem no movimento comunista exilado em França)
conhecimento directo fornecido pelos sinistrados:
um cego militante do pcp estava num escadote ao fundo da calçada do Combro a colar cartazes. os companheiros fugiram quando se acercaram os maoistas. o cego pagou a factura (1 mês sem trabalhar).
um militante do pcp estava em Sacavém numa escada de madeira a colar cartazes. no andar de cima havia uma reunião maoistas. estes esvaziaram as bexigas na cara do comuna que ao descer fracturou vários ossos.
Na altura, fiz este post:
http://cocanha.blogspot.com/2007/06/subir-em-hlice-na-vida.html
Quanto ao texto, recomenda-se.
Já nem me lembrava. Os comentários ao post também são case studies.
O problema do capitalismo, é mesmo esse o grande problema se o capitalismo não for do clube dos amigos dos pobrezinhos
ehehehehe
Uma perguntao ao José, já que não li o livro:
Como é, ele fez levantamento histórico válido?
Tem uma certa piada estas memórias acabarem por ser escritas por quem não viveu esse tenpo.
Porque será?
Ao descer fracturou vários ossos?... Hehehe... Desceu pela esquerda... -- JRF
Uma frase histórica da época: " Camaradas! A reacção voltou a atacar! Despejaram um balde de merda à minha porta!!!"
""José Pacheco Pereira, ( o "Rui") pois claro, é um dos bravos esquerdistas que se opunham ao PCP por este ser demasiado brando...""
Sonorus risus
zazie:
O Miguel Cardina leu a imprensa da época e consultou as habituais capelas on de se guardam as relíquias de que dá conta na bibliografia e fontes.
Entrevistou muitas pessoas e parece-me que fez um trabalho bem feito. Não palpita nas entrelinhas assim muito e parece-me bem melhor que uma Flunser ou um Rosas que aliás é um dos visados como fundador do MRPP.
O livro está bem escrito apesar de algumas frases idiomaticamente estragadas. Avariadas.
A escrita histórica de quem não viveu o tempo, pode ter uma vantagem: a de relatar com objectividade o que ficou documentado. Mas perde certamente outra, porventura maior: uma apresentação colorida dos factos que nunca são assépticos ou inodoros quando acontecem. Só depois assim se podem tornar.
Recomendo.
Obrigada, José. Vou ler.
hahahaha!
Até já camaradas!...é o regresso ás origens - saudades, ou exorcismo?.
Este Carlos é a dar para o retardado mas enfim. Estamos na quadra natalícia e os asnos também são filhos de Deus.
Zazie,
Adorei o texto do Vilar em especial aquela diatribe ao "complexo social-industrial" e às "seitas satânicas". O homem continua cada vez mais na mesma.
ehehehe
Pois foi isso que eu achei na altura. E fiz o post no gozo mas depois acrescentei a nota porque até disse coisas certas.
Mas é um facto. Aquela linguagem fossilizou.
Deve ser difícil mudar para quem se formou exclusivamente assim- a papaguearem ideologia e tretas básicas, sem qualquer interesse.
A generalidade dessa gente é muito ignorante. Uma excepção, que me ocorre, é o Ruben de Carvalho
Um exemplo dessa ignorância, assim de repente, é o jmf 57.
É impressionante como um tipo que nem escrever sabe chegou a director de um jornal.
Para além disso, também é burrinho todos os dias.
ahahah!
Aqui o José para apimentar o blogue podia introduzir os termos "complexo social-industrial jacobino" e "seitas satânicas jacobinas". Passaria a autêntico herdeiro intelectual do glorioso PC de P (M-L) facção Vilar.
"complexo social-industrial jacobino" = PS + Mota-Engil, etc.
"seitas satânicas jacobinas" = Boaventura Sousa santos e ISCTE, etc.
Poder podia...mas não seria a mesma coisa. Essas nomenklaturas têm origens precisas e definem os autores. São direitos adquiridos...ahahahah!
O ISCTE, creio, deveria ser encerrado. A bem da nação.
ehehehehehe
Diverti-me imenso a ler este "post", comentários e o artigo do Vilar (que julvava morto e enterrado), na sua nova versão anti-Wilhelm Reich (quem diria!?).
Não há dúvida, que o homem tem no mínimo, a virtude da fantasia/delirante e que a vende em prosas substanciais ao melhor estilo do " complexo social-industrial"...ahahah.
P.S.: Á zazie, e por agora.
Sabe, há os filhos de Deus (mesmo que asnos) e os filhos da puta. E, atendendo a que me considera ser filho de Deus, e estarmos empre em lados opostos, admito que pertença ao segundo grupo. E a sua postura, aqui, o confirma.
Puta é a que te cagou, ó bosta.
À ordinária "erudita" zazie.
Não lhe vou responder à letra, pelo respeito que tenho com todas as mulheres. Mesmo, com as apelidadas "da má-vida". O que até pode e deve ser o caso.
Este imbecil vem para aqui provocar e eu ainda tive cuidados em dizer que estávamos em época natalícia e nem lhe dei troco.
Mas o animal não desistiu e vá de me chamar puta e agora chora por lhe ter retribuído?
"""O ISCTE, creio, deveria ser encerrado. A bem da nação."""
Estamos, em período de gente a mais - ficam inscritos para emigração em Goa.
O PPD/PSD, é um partido que cria riqueza - vejam o caso de Domingos "Lavadinho" - saíu da Beira há 30 anos, com uma mão à frente e outra atraz - é conhecido por Domingos caga milhões.
Mas, há muito mais, começando por A e terminando em Z.
Voltei a ler o artigo do Vilar.
O prof. Marcelo que se cuide, qualquer dia é substituído ma "missa" da TVI.
Quanto aos insultos, basta consultar o histórico. Mas enfim, cada um tem os orgasmos possíveis, e há quem os só tenha de lingua. Numa linguagem vareira, aqui recorrente, diria: "mal fodidas"
Aconselho moderação nos comentários. Como não censuro, peço apenas isso.
Não dou importância aos insultos de tasca. São irrelevantes como ofensa porque não significam mais que um excesso de linguagem.
Ainda assim, se ficarem por esse âmbito, de uma certa impessoalidade ficam apenas a constituir insultos anónimos e para anónimos. Irrelevantes, por isso mesmo.
Mas peço outra vez a tal moderação, por uma questão de ambiente distendido e de fácil conversa.
Tal como numa tasca onde se dizem caralhadas em consequência na moral que teriam se o fossem numa igreja, por exemplo.
Embora isto não seja uma tasca porque não há bebidas, é um espaço aberto a frequentadores que podem dizer o que lhes apetece.
José,
Por ser a "sua casa/loja", peço-lhe desculpa pelo "desacato escrito" com outra cliente.
Mas compreenderá, há limites e a paciência nem sempre é a mesma.
Este tipo tem lata.
Provocou-me o tempo todo e eu apenas respondi que dada a época natalícia dava desconto as asnos.
Ora asno não é um insulto.
Ele vai e chama-me puta e insiste e ainda se arma em vítima.
De que estava à espera?
Há gente irritante que gosta de morder as canelas e estragar o ambiente em toda a parte.
Eu nunca me meto com ninguém, a não ser na boa e na brincadeira.
Mas é claro que não suporto cretinos que insistem em peixeiradas e estão a pedi-las.
Anti-vírus activado.
José,
Em tribunal, solenemente, é com todas as letras.
que grande barrigada de riso
Valha-nos isso
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