Luís Arouca, ex-reitor da Universidade Independente, está a ser julgado num processo penal que corre termos no tribunal de Monsanto, por crimes como o de associação criminosa ( de que irá fatalmente ser absolvido, mas o ministério público insiste nessas bizantinices). Entre as testemunhas que arrolou, eventualmente como abonatória porque não se vê em que outra qualidade o poderia ser, estava José Sócrates que foi aluno daquela universidade e concluiu o curso a um Domingo, cujos documentos comprovativos são apócrifos e alguns deles aparentemente falsificados.
Era para ser testemunha, com depoimento aprazado para o próximo Janeiro, mas já não vai porque Luís Arouca prescindiu do seu depoimento. Motivos? Não se sabe bem, mas são fáceis de adivinhar: José Sócrates não quer e fez saber isso mesmo. A imagem já não é a melhor e os recentes acontecimentos desastrosos deram-lhe uma noção do que o esperaria.
Conclusão? José Sócrates tem medo de ser confrontado com os factos relativos à sua licenciatura. Parece-me tão evidente como dois e dois serem quatro. Por isso mesmo, mais uma razão para se ouvir muito bem o que diz Rui Verde. Tarde, a más horas e provavelmente sem grande efeito útil.