Assim, neste ano que passou, o jornal i destacou-se pela publicação de diversas entrevistas na parte central, desenvolvidas e com interesse. A de Ferraz da Costa é um resumo do que o mesmo disse ao longo de décadas, publicamente, em Portugal. Poucos lhe deram a atenção devida, mas a meu ver fizeram mal. Muito mal, porque Ferraz da Costa foi sempre lúcido. Mais que um Medina Carreira porque este em 1977 foi ministro das Finanças de um governo socialista, numa altura em que Ferraz da Costa criticava já o socialismo irrealista que tivemos durante décadas. Ferraz da Costa merecia ser ouvido muitas mais vezes e seguidos os seus conselhos. Não estaríamos como estamos, certamente, se o tivéssemos feito.

O Correio da Manhã acompanhou os casos judiciários com sensacionalismo, mas sempre com uma oportunidade de relevo e com impacto na opinião pública. Essencialmente, vai ao sumo dos assuntos e relata com a objectividade possível, mesmo com uma Tânia Laranjo ( não digo mal, só digo isso).
O novo suplemento cultural do Diário de Notícias ao Sábado é bom. Tem aquilo que o Público não consegue devido a uma estreiteza de vistas jacobina e bloquista.
O mesmo Diário de Notícias ao longo do ano publicou reportagens muito interessantes e bem feitas sobre assuntos candentes nacionais: os gastos do Estado e a Maçonaria, por exemplo.
Actualmente, o melhor do Público são estes dois cronistas: Vasco Pulido Valente e Pedro Lomba.O resto do melhor do Público são certos artigos de opinião, como os de Costa Andrade.
A revista Tabu do Sol merece atenção, principalmente aos desenhos de Cid e de Nuno Saraiva.O resto é apenas sofrível.
A revista Única do Expresso, pelo contrário, é excelente. Merecia ser revista a tempo inteiro e não apenas suplemento. Mesmo com as opiniões( que não classifico para não dizer mal) de uma Clara Ferreira Alves.
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