quarta-feira, dezembro 14, 2011

José Sócrates já não vai a tribunal...

Luís Arouca, ex-reitor da Universidade Independente, está a ser julgado num processo penal que corre termos no tribunal de Monsanto, por crimes como o de associação criminosa ( de que irá fatalmente ser absolvido, mas o ministério público insiste nessas bizantinices). Entre as testemunhas que arrolou, eventualmente como abonatória porque não se vê em que outra qualidade o poderia ser, estava José Sócrates que foi aluno daquela universidade e concluiu o curso a um Domingo, cujos documentos comprovativos são apócrifos e alguns deles aparentemente falsificados.
Era para ser testemunha, com depoimento aprazado para o próximo Janeiro, mas já não vai porque Luís Arouca prescindiu do seu depoimento. Motivos? Não se sabe bem, mas são fáceis de adivinhar: José Sócrates não quer e fez saber isso mesmo. A imagem já não é a melhor e os recentes acontecimentos desastrosos deram-lhe uma noção do que o esperaria.
Conclusão? José Sócrates tem medo de ser confrontado com os factos relativos à sua licenciatura. Parece-me tão evidente como dois e dois serem quatro. Por isso mesmo, mais uma razão para se ouvir muito bem o que diz Rui Verde. Tarde, a más horas e provavelmente sem grande efeito útil.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não há quase nada que bata certo com Sócrates. Há quase sempre qualquer coisa mal contada, incompleta, distorcida ou simplesmente mentida. Ontem aconteceu mais uma, de apenas 146 milhões, com a fábrica das baterias. Vejamos:
1º) Para o PS socrático a culpa é do actual governo e ponto final.
2º) Houve os habituais anúncios e festas de apresentação da fábrica e dos postos de trabalho, mais conhecidos por "foguetes antes da festa", com o patente propósito de fazer propaganda.
3º) José Sócrates lançou a primeira pedra de uma fábrica que não existe.

Portanto, há várias hipóteses:
-José Sócrates anunciou uma coisa que não estava garantida, jogando sujo
-A explicação do fabricante é verdadeira e deve-se a opção interna da marca, e o PS socrático mente (o PS de José Seguro não se pronunciou por aí além)
-Havia um qualquer acordo escondido ou José Sócrates pretendia, como não seria de estranhar, criar mercado eléctrico, ou seja, os portugueses iriam sustentar como já sustentan na factura da EDP mais uma fábrica de energias alternativas. Ou as duas coisas.

O triângulo é muito complicado: Basílio acha que o Governo actual devia garantir a fábrica para produzir um produto, a marca diz que o produto não tem mais mercado e todos dizem que não há acordo nem benefícios do Estado. Parece faltar uma peça qualquer.

O problema é que isto exige trabalho jornalístico de investigação para que tudo fique em pratos limpos, não compatível com o jornalismo de agência que cai na comunicação social, de reprodução.

Nota: uma pessoa da empresa fez questão de frisar muito bem frisado na TV que não houve qualquer contrato assinado com "o Governo" anterior.

Nota: o pobre coitado está sempre ligado à energia, à reciclagem, à destruição de resíduos. Todo ele é energia. Percebe-se que tenha ido para Pariz, dar luz.

Anónimo disse...

É Paris de França, não Pariz do Irão, como seria de esperar.

Anónimo disse...

Outros que primeiro festejaram com Sócrates, Lino e Pino. Estes fizeram acessos e só depois se lembraram de ir à procura de mercado. Se não houver mercado, não há construção, só acessos.

"A Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo ainda não tem clientes e, por isso, não construiu nenhuma das naves previstas, tendo executado apenas obras de acessos. Segundo adiantou ao Negócios fonte oficial da Câmara de Vila Franca de Xira, “a nova empresa responsável pelo projecto (Saba, Parques Logísticos), informou o Município que vai manter o investimento. As naves começarão a ser construídas logo que tenha contratos assinados com clientes, não havendo, para já, data prevista para o arranque destas obras”.

Portanto:
-Primeiro uma festa
-Depois, um estudo de mercado
-Depois, arranjar clientes para que a festa tenha sentido
-Depois, construir

Só conheço duas maneiras de fazer assim: com o dinheiro dos outros, ou à louca.

joserui disse...

Há vendedores comissionistas que quando estão para sair da empresa, fazem um mês de vendas excepcional... quando já vão longe, as comissões estão pagas e as reclamações e devoluções começam a chegar é que o patrão chega à conclusão que afinal as encomendas eram fictícias...
Este grande trafulha andou a enganar os portugueses durante anos com pantominice, lata e mentira pura... temos herança deste sacanita para décadas... mesmo assim, há uma parte de mim que não tem pena nenhuma... a populaça que vá ser burra pró raio que a parta!... -- JRF

O Público activista e relapso