A moça tem um discurso de tal modo radical e panfletário que entre as vacuidades ideológicas e as palavras de ordem matraqueadas ficou a sensação que anda ali um fantasma da esquerda fossilizada dos anos sessenta.
Como é possível uma moça ainda tão nova e com tão bom aspecto tenha um discurso de velharias da fancaria revolucionária dos anos de brasa, do tipo Mélenchon francês e que levou um banho eleitoral recentemente?
Evidentemente a letra não pode dizer com a careta porque se for o caso, o outro líder, mais suave e falsamente social-democrata vai ter um dia destes um ataque de desilusão eleitoral, parecido com o do tal Mélenchon. Espero bem que assim seja, porque o BE continua a farsa do costume.
NOTA: abrindo as imagens num separador novo, torna-se possível aumentá-las (clicando apenas nas mesmas pode não ser possível).
Ao ouvir a dita vituperar a "troika" e ao ouvir tantos comentários negativos relativamente à visita de Merkel amanhã a Portugal ( não sei o que vem cá fazer, mas outros saberão...) lembrei-me que aqui há uns anos, em 2005 a revista alemã Der Spiegel publicou um número especial sobre "os alemães", bem desenvolvido e de amplo espectro político social. A leitura do mesmo pouparia alguns artigos de ignorância feitos sobre a Alemanha de Merkel.
Um dos artigos da revista versa o fenómeno dos tais anos de brasa dos radicais revolucionários da Alemanha do pós guerra e pós Maio 68. Vale a pena ler estas duas páginas sobre o assunto que fazem lembrar o que José Luís Saldanha Sanches disse sobre a aventura revolucionária esquerdista em Portugal: uma infantilidade.
O Bloco, como é bem notório na intervenção daquela Catarina, ainda vive neste caldo de cultura. A Alemanha, essa, há anos que deixou para trás a "doença infantil do comunismo".
A evolução social e económica da Alemanha no pós guerra é simplesmente espantosa e deveria ser compreendida para que nós pudéssemos seguir o exemplo do que significa verdadeiramente o trabalho em vez das tretas ideológicas que os do Bloco andam a espalhar.
Há um livro na editora Taschen que mostra bem essa evolução em fotos da época, dos anos cinquenta e sessenta.
E há um artigo na rede que nos esclarece o resto, ou seja o que foi o Wirtschaftswunder, o milagre económico alemão.
Entre vários factores avulta um: um modelo de crescimento neo-clássico assente numa mão de obra muito qualificada apesar de uma carência gritante de capital.
Não dizem por aí que temos agora a geração melhor preparada de sempre? Se tal fosse verdade, poderíamos seguir o mesmo modelo, não? Só nos falta o capital...mas os alemães nem sequer beneficiaram por aí além do Plano Marshall.
Então como é? A Merkel merece encómios ou vitupérios quando representa o povo alemão?
A imagens que seguem são do livro da Taschen, da autoria de um fotojornalista Josef Heinrich Darchinger
Esta imagem, particularmente elucidativa sobre um acidente rodoviário numa auto-estrada alemã, é de 1964, nem sequer vinte anos depois do fim da guerra e é dos arredores de Karlsruhe.
Para mim é simplesmente impressionante. As pessoas, o cenário, a auto- estrada, a foto.
A Alemanha é um pouco isto. O Bloco é uma espécie de estrutura fictícia ideologicamente fossilizada no século XIX. Ou até antes.
4 comentários:
os Alemães
* criam tecnologia
* são disciplinados
* trabalham não passam tempo no locl de trabalho
* possue boa produtividade
Senhora Merkel
* sofreu na pele a repressão do comunismo
* os Alemães elegeram-na para os governar
* não foi eleita para sustentar os portugueses que vivem acima das suas posses
* se fosse má arranjava maneira de devolver muitos emigrantes portugueses
as tvs e outros 'desejam' para amanhã um atentadado, se possível na presença das câmaras
José, se fosse a si não tinha tantas ilusões.
Não se esqueça que o "outro líder mais social democrata" servia enquanto não gastaram a agenda das causas fracturantes.
O que lhes resta agora é mesmo a revolução
ahahahahahah
Não é só ela- são aos magotes. Dantes também não acreditaria- os fósseis renascem- propagam-se como incubos.
A chanceler com as suas exigências de austeridade é a culpada pelas desgraças da Grécia e de Portugal, esses dois símbolos da boa governança, q iam tão bem até q a crise estragou tudo.
Para quem assim pensa, o problema reside na Alemanha. Se a Europa seguisse o exemplo da Grécia tudo estaria resolvido.
Segundo o filósofo José Gil, num livro que foi best-seller, os portugueses cultivam a imagem de povo triste e melancólico viciado no culto da sua própria infelicidade. Há quem veja nisso falta de autoestima, eu vejo negação terminal da realidade.
Hoje, quando um esquerdista amaldiçoa a situação do país, ele não exige apenas que outros povos sustentem o seu delírio e o seu “mundo melhor”. Como todo o bom esquerdista ele espera que alguém adopte o país.
Para Gil o problema não é psicológico, o problema é estruturalmente histórico e resume-se numa frase: a história de Portugal é uma história de adopções.
Portugal confronta-se hoje com um dos momentos mais dramáticos da sua história, já não existe o oxigénio que vinha de África, Brasil e Índia. Hoje, estamos ligados ao ventilador.
Culpa de quem? Se ouvirmos as esquerdas, a culpa é da Alemanha e dos ricos da UE, que deixaram de ser “solidários” com os países pobres da periferia.
É uma tese para crianças, não para gente adulta.
Povos adultos deveriam saber que esse último sopro de oxigénio se esgotou. Da mesma forma que se esgotaram todos os outros: pelo desperdício dos recursos que chegaram de Bruxelas e por sucessivas más governações.
E agora, quem nos adopta?
Então eu explico o caso Catarina. Esta Catarina não é fóssil mas é filha de um fóssil, tão fóssil que nem se percebe como concebeu a Catarina. O Celinho, Arsélio Martins, declarado há uns anos o melhor professor de Portugal. Era, então, professor de matemática numa secundária de Aveiro. Como conseguiu tal galardão? Os amigos são para as ocasiões. A Catarina nasceu em berço de oiro, é da casta.
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