quinta-feira, novembro 08, 2012

Marcello Caetano e Mário Soares.

No Expresso de 26 de Maio de 1984 vinha um artigo de duas páginas assinado por Jorge Tavares Rodrigues que fora amigo de Marcello Caetano sobre as esperanças deste na "abertura" e na chamada "primavera marcelista".
Os comunistas e esquerda em geral esquecem este período que vai de 1968 a 1974 porque não lhes interessa mesmo nada recordar e ensinar aos mais novos que Marcello Caetano não era bem como Salazar e que o "faxismo" de Caetano não encaixava nada bem com os chavões habituais sobre o regime. Preferem por isso assimilar o tempo de Marcello ao tempo de Salazar e matam dois coelhos com uma cajadada. Por outro lado qualquer tentativa de mostrar um Marcello mais consentâneo com a democracia é logro certo porque atiram logo com o tal "faxismo" da PIDE ( apesar de ter mudado o nome para DGS) e a repressão e a censura e a ausência de plena liberdade de associação e manifestação  e tal é bastante para reescreverem a História.
O pior é mesmo a História. A História não foi assim, como o autor mostra neste escrito.
Marcello Caetano tentou, segundo o mesmo autor, uma aproximação à democracia europeia, modernizando o regime e tentou mesmo, segundo o autor, uma integração de Mário Soares no próprio regime.
É ler...(clicando, com o botão direito do rato, duas vezes na imagem que abre noutra janela e ampliar a imagem clicando no sinal + que aparece.)





5 comentários:

José Domingos disse...

Estes tempos, estão fora da história oficial do regime, não dá jeito falar.
Ainda está por contar a verdade destes anos, o passado dos bonzos do regime, gordos e luxidios, á conta do passado "antifassista", onde a grande maioria, não passam de embustes, cuja prova, é o estado a que chegou esta pocilga, que noutros tempos foi chamado de Portugal.

muja disse...

José,

os documentos aludidos no texto, existem?

Nomeadamente, as actas dos Conselhos Económico e de Defesa Nacional, e o artigo que o autor se propõe escrever sobre o golpe de estado, tal como o tal livro sobre Marcello Caetano?

Floribundus disse...

o boxexas é um politico desprezível sobre todos os pontos de vista. posso dizer as razões factuais.

recordo-me perfeitamente das tentativas de Caetano. o boxexas ainda não abandonara a crise de 'revolucionarite'. nunca se desligou ideologicamente do seu passado de militante do pcp.

recordo-me dos acordos secretos de Paris entre o ps e o pcp contados por quem neles participou.

o soba do ps nunca será um democrata. Marcelo não queria ser o brejnef do seu regime. acabou ensanduichado entre os fascistas do regime e a esquerda social-fascista

já estou todo arrepiado de falar do boxexas

josé disse...

O livro de Marcello Caetano com as entrevistas fictícias?


Penso que existe. As actas? Se não as destruíram estarão na Torre do Tombo mas não será a Flunser a ir lá vê-las...nem o Rosas.

Floribundus disse...

desisti de encontrar muita coisa porque foram retiradas informações antes de chegarem ao ANTT.

exemplo: o judeu Kaminski escreveu de Lisboa a Celine. a sua entrada e saída não constam dos arquivos da Pide.

o arquivo Salazar (1945) é uma vergonha no que respeita à documentação existente.

os comunas andaram no ano de 75 a rasgar páginas dos jornais anarco-sindicalistas onde vinham mencionados dirigentes do pcp.
Pedro da Silveira apanhou um rapazola a rasgar um jornal. disse-lhe para informar o partido que deviam mandar alguém rasgar os exemplares da Livraria do Congresso dos EUA

O Público activista e relapso