quinta-feira, novembro 01, 2012

Mário Soares, o desmemoriado agitador

Mário Soares no D.N.:

  Num tempo tão difícil em que os desempregados são imensos - e há, pela primeira vez, miséria desde a Revolução dos Cravos -, a Igreja não pode estar calada. Sei que há muitos e bons sacerdotes que protestam e fazem tudo o que podem para ajudar os pobres e os desempregados, bem como as associações cristãs de caridade social.

Retomemos a memória dos tempos idos de 1985 quando Mário Soares era interpelado por causa da...fome em Setúbal, denunciada por um bispo de Barcelos.
Como é que Mário Soares respondia então a tal coisa? Muito simples:
" Há pessoas em Portugal que vivem mal? Pois há! E não houve sempre? Há pessoas que passam necessidades? Pois há! E não passaram sempre?"

A revista é a Grande Reportagem de 14.3.1985 e já em tempos, o bastonário Marinho e Pinto, então jornalista lhe tinha traçado um retrato impiedoso:  "Em minha opinião, Mário Soares nunca foi um verdadeiro democrata. Ou melhor é muito democrata se for ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia."





7 comentários:

zazie disse...

Boa! Só assim, com factos e fontes.

Floribundus disse...

encontrei um comentário onde se diz
« dejectos da cloaca falante »

o cara sem vergonha teve a rotativa a fazer dinheiro. gastavam mais papel do que nos livros
e juros de 40% à cabeça

José Domingos disse...

Este fulano, é o maior embuste do 25, mais os camaradas do grupo de Argel mais o general "sem medo".
Os moços de recados, dos orgãos de formatação, deviam ler mais qualquer coisa, sem ser a história oficial.
O pantano é pestilento.

JC disse...

Na "mouche"!

Mas alguém mais tem memória para lhe mandar isto à cara?
Ou coragem?

hajapachorra disse...

Fod-se, nem o pai morre, nem a gente almoça.

Unknown disse...

Mas o que é que se pode esperar de um artista de variedades - espectáculo - foi o que este artista fez em toda a vida que viveu - quem o topava bem era o pai dele - que a chorar várias vezes o ouvi dizer - que mal tinha feito ao mundo para ter contribuído para parir tal arrivista - e acrescentava nunca fez nada na vida senão viver de expedientes mais ou menos manhosos - e chorava. Os artistas de variedades são assim - exaltam o ego e fodem os espectadores - no caso deste artista de variedades - o povo português - e ninguém o manda dar uma curva ao Saldanha - Lamentável o que este energumo fez ao país - parece que este povo só merece desgraça - devia-mos ir a um bruxo competente para nos libertarmos de toda esta peçonha que desde 26 de Abril de 1974 conspurca Portugal e os portugueses honestos - mas os artistas que nos têm desgovernado aplaudem - este artista inspirou uma geração - que o diga o Linda de Susa - outro perfeito artista de variedades - o que prova que são transversais aos partidos - que este governo tenha a coragem - apoiado nas instâncias internacionais de pôr o vasculho em acção e rapidamente antes que haja sangue - pois os comunas já ameaçam - e os banqueiros financiam a desgraça de Portugal - um par perfeito - Fiquem em Paz!

Unknown disse...

A par de: “Há pessoas em Portugal que vivem mal? Pois há! E não houve sempre? Há pessoas que passam necessidades? Pois há! E não passaram sempre?»»»

“Nunca abandonei os amigos”, vive repetindo Mário Soares. A bazófia é reiteradamente desmentida pela biografia do mais loquaz e desmemoriado dos presidentes.

No seu percurso até ao poder e mesmo nos nossos dias, o ex-presidente livrou-se de alguns sem choro nem vela. Amigos antigos e outros mais recentes como José Sócrates que viu revelada uma conversa privada com o padrinho, em que este o descreve como um idiota irresponsável forçado a pedir o resgate do país no limite, por pressão de Soares que surge como um proverbial pai da Pátria.

Também antigos companheiros como Zenha, outros descontentes com os rumos impostos ao rebanho pelo pai da Pátria, parceiros sem vocação para a vassalagem ─ ficaram para trás todos os que ameaçaram obstruir, dificultar ou retardar a travessia do poder.

Desde sempre, Soares só foi incondicionalmente leal a Soares.
Ele não está desmemoriado, não.

Ele simplesmente não tem compromisso com a verdade.

Nega aquilo que a história demonstra. Alguém precisa dizer-lhe aos berros que pare de estuprar os factos e fabricar mentiras eleitoralistas.

Essa marca de nascença nega aos seus portadores vergonha na cara e o cultivo de afectos reais.

Confrontados com o risco de naufrágio, abandonam à própria sorte o comandante do barco que dizem ter abençoado.


É o que acontecerá a Seguro que não conseguirá escapar do abraço do afogado que Soares lhe tem reservado se António Costa se perfilar no leme do PS.

Durante os 6 anos em que o afilhado rebentava o país sem dó nem piedade, o mais loquaz dos presidentes só usava a voz para elogiar. Hoje, gasta a voz debilitada a propor soluções que sabe impossíveis. E promete, de meia em meia hora, tudo que sabe não poder prometer.

Os truques do animador de bancarrota não surpreendem mais ninguém. Tornaram-se enfadonhos.

Soares é uma caricatura de si próprio. É uma lenda precocemente no ocaso. Daqui a algumas décadas, será um asterisco nos livros de história.


Há momentos na história dos países em que os seus políticos demonstram, a par de coragem na adversidade, também vergonha na cara.

Soares morrerá sem saber o que isso é.

A obscenidade do jornalismo televisivo