sábado, novembro 10, 2012

E vergonha em renting, não haverá?

In Verbis:

O governo espanhol anunciou, esta quinta-feira, que vai reduzir para menos de metade a frota de carros oficiais do Estado. Sub-secretários de Estado e directores-gerais vão partilhar a mesma viatura.
A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, revelou hoje que o Executivo decidiu reduzir em 53% a frota de carros oficiais, uma medida que irá permitir ao Estado poupar até 10,5 milhões de euros.
"Os espanhóis estão a fazer esforços extraordinários para sair da crise. Não se aceita que a Administração Pública não seja capaz de fazer um esforço igual ou maior para gerir, com mais transparência, os dinheiros públicos", disse Sáenz de Santamaría, citada pela agência Reuters.
De acordo com a governante, a redução em 53% do número de viaturas oficiais será colocada em prática nos próximos dois anos e os sub-secretários de Estado e os directores-gerais vão passar a partilhar uma viatura, em vez de terem carros individuais.


C.M. de hoje:

 A CP está a renovar os carros aos seus directores, tendo os veículos começado a chegar quinta-feira à sede da empresa pública que fechou as contas do ano passado com um prejuízo de 289,4 milhões de euros e uma dívida de 3,5 mil milhões de euros. Ao que o Correio da Manhã apurou, são sete automóveis do modelo Renault Fluence, que têm um preço unitário sugerido pela própria marca de 24 850 euros. 

Não se percebe esta lógica? Percebe, percebe. Eu explico:

Os espanhóis são pobres, mais que nós e por isso poupam demagogicamente nestas despesas que custam quase nada ao erário público. Aliás, este tipo de negócios até é vantajoso para  o Estado porque afinal trata-se apenas de renting.  Coisa mixuruca e sem significado.
A pouca vergonha essa, vem na mala dos carros, para se passear por todo o país das empresas públicas deficitariamente crónicas e pelas garagens dos ministérios.
A vergonha, essa, faz parte do défice crónico...

Questuber! Mais um escândalo!