quarta-feira, novembro 21, 2012

A criminalidade de rua e a de gabinete nos anos oitenta

Em 1984 a criminalidade em Portugal já mostrava foros de modernidade...comparável ao que se passava noutros países, por exemplo na Itália, neste campo muitos anos à nossa frente.

Um dos casos mediáticos de então era naturalmente o das FP25 no qual Otelo estava envolvido. O Expresso de 7 de Julho de 1984 trazia uma entrevista com o então director da PJ, Carlos Picoito que falava abertamente no terrorismo da organização que passara dos assaltos a bancos ( para "recuperar" fundos) para atentados em que já morriam pessoas. É ler clicando como habitualmente e abrindo outra janela para ampliar a imagem.

Porém, para além do terrorismo da extrema-esquerda daltónica, havia outro tipo de criminalidade cuja emergência suscitou a criação de uma Alta-Autoridade ( sem poderes de polícia). Destinava-se a meter medo à...corrupção.
Um dos primeiros casos do género da criminalidade de secretária foi este protagonizado por um tal Rui Amaral e vinha contado na edição de O Jornal de 8 de Outubro de 1984

Outro caso sintomático do estado de coisas  que o sistema político deixou desenvolver  é de outra índole mas também foi investigado por aquela Alta-Autoridade e vinha contado no Expresso também de 7.7.84:

 O BPN ainda vinha longe mas ainda assim já se sentia o perfume inebriante do devorismo que surgiu na década seguinte, com os governos de Cavaco. Lá iremos...

1 comentário:

Floribundus disse...

o devorismp politico-financeiro tem longa tradição no rectângulo com envolvimento da magistratura (Conde de Farrobo, etc).

do séc XIX ao dia de hoje há, entre nós, exemplos para todos os gostos.

a Itália tem a Mafia, a Camorra, a Ndragheta, o rectângulo tem os melhores devoristas do mercado internacional. podem abrir Universidade e fazer doutoramentos.

da esquerda à direita ninguém está interessado numa investigação séria.
não há 'mãos limpas'.

este é um dos muitos assuntos tabus, numa sociedade que passa o dia a discutir o 'sexo dos diabos'

estamos, desde 25.iv, entregues aos 'incendiários' da sociedade 'sem classe'.

assobiam para o lado ao mencionar a Guiné-Bissau e Angola

O Público activista e relapso