Mário Soares em Março de 1985 ainda era primeiro-ministro, depois de ter aberto a porta pela segunda vez, ao FMI que nos veio ajudar a honrar compromissos financeiros.
A crise económica instalada, devido a erros colossais de políticas de esquerda, com a recusa sistemática em rever a Constituição, conduziu a situações de fome, objectiva, na península de Setúbal.
O bispo da região, D. Manuel Martins, oriundo de Barcelos, alertou publicamente para tal facto que se tornou vergonha nacional porque supostamente um governo de esquerda é "pelos pobrezinhos" e foi sempre assim que Mário Soares ganhou eleições. Sempre. É aliás esse o único motivo para que um partido com dirigentes incríveis e de susto permanente como o PS, tenha o número de eleitores que tem.
Para contrastar o discurso actual do mesmo Mário Soares com o de então publica-se aqui uma entrevista na Grande Reportagem ( dirigida por José Manuel Barata-Feyo e com "grandes repórteres" como Adelino Gomes e Miguel Sousa Tavares, além de um certo Rui Araújo que publicou em França, no Le Point coisas sobre uma tal catherine deneuve) de 15 de Março de 1985.
É só para se ver a coerência e a memória política deste indivíduo que nunca teve vergonha que se visse e agora se arvora em agitador social apelando à mesma Igreja que no seu tempo o fustigou.