Vendo estes dois videos, um da simpática barata-tonta, Graça Freitas e outro de um aparatchick do sistema mediático, jornalista do Expresso, podemos concluir que oficialmente as máscaras eram uma excrescência prejudicial e portanto não aconselháveis para uso comum.
Agora há lei que obriga ao seu uso sob pena de sanção pecuniária ( ainda dizem "multa" tais entidades, porque é disso que se trata...uma bagatela penal, mas com esse recorte pejorativo). Isto vai ser a delícia dos abusadores recalcitrantes do poder policial. Sem freio e sem tino.
O que dizer desta gente que tomou estas decisões e se apresenta aos cidadãos com a cara descoberta e sem qualquer máscara?
Que não têm um pingo de vergonha e isso é o mínimo a dizer, porque o mais é pior: estamos próximos do regime venezuelano de manipulação da opinião pública e do desprezo mais básico da inteligência dos cidadãos. A desfaçatez com que tudo isto acontece é muito preocupante.
Para agravar este estado de coisas temos órgãos de informação que durante esta crise se mostraram como são na verdade: inúteis para o cumprimento da missão dos media que é a de serem críticos, vigilantes do poder que está.
Os media nacionais, com destaque para as televisões, são incapazes de entender o que é mais básico na profissão, salvo honrosas excepções. Uma delas foi a entrevista de Rodrigo Guedes de Carvalho à palerma da ministra da Saúde. O que seria uma entrevista banal tornou-se um exemplo do que sai fora da normalidade vigente.
Quem ainda não entendeu isto parece-me andar muito distraído.
Para além disso que já é suficientemente grave aparece agora a notícia que já no fim da crise do estado de emergência surgiu a necessidade imperiosa de o Estado contratar empresas para fornecimento de bens e serviços que eventualmente seriam úteis durante tal situação e que entretanto foi ultrapassada numa relativa calamidade que se afigura notoriamente com menos gravidade.
Porém a criminalização ou penalização de comportamentos toma lugar numa altura muito suspeita e permite que se pense no pior: aproveitar a crise para enriquecer alguns da pandilha habitual, à custa do que é de todos.
Isso tem um nome feio: corrupção. É um crime. Público. O Ministério Público tem que abrir um inquérito porque as suspeitas são fundadas. Mais que fundadas.
A notícia é esta:
Pode então dizer-se que esta notícia desmente o estado abúlico dos media relativamente ao poder. Nem por isso. Esta notícia é excepção mas nem sequer escava mais fundo que a própria superfície das aparências.
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