No jornal i de hoje há também uma entrevista com Costas Lapavitsas, um académico formado em Economia e que fez parte do Syruza grego e agora, como não soube fazer melhor, ensina Economia numa universidade em Londres.
Na entrevista traça um destino infausto ao euro por causa da diferença entre os países "do Norte" e os "do Sul" e projecta a hipótese de o euro se cindir em duas moedas únicas, uma para eles e outra para nós, os do Sul.
E ainda diz uma coisa interessante em que não tinha pensado: a Alemanha assenta a sua força económica na indústria. Carros, máquinaria, tecnologia em hardware de produção em linha e massa. Quanto a tecnologia de informação, como IA e troca de dados digitais, está muito atrás de outros, como o Reino Unido.
Ora bem: perante tal cenário, pode dar-se o caso de a Alemanha ter os dias contados na supremacia arrogante que é seu timbre desde Bismarck. Nem com todo o ouro do Reno lá irão, se assim for e muito menos com as míticas valquírias ou todos os nibelungos que reunirem à volta do anel.
Veremos se este antigo deputado do Syriza terá ou não razão, porque nisto de Economia é de astrologia de que falamos. E antes de aparecer a IA...
Quanto a Portugal o melhor retrato que vi ultimamente é este, em fotomaton e com cores muito escuras, suficiente porém para vislumbrar a desgraça que os personagens que mandam nos prepararam, meticulosamente.
Irão safar-se? Só se o espectro da bancarrota ficar para trás...porque senão provavelmente aparecerá alguém para dizer que esta gente não presta e nunca prestou. Para nada.
Tal como o cronista conclui: "voltamos a ter de ver e ler a informação estrangeira para saber tudo e sem sectarismos, como no passado". E isso por causa do seguinte que é uma realidade preocupante dos josésalbertosdecarvalhosérgiofigueiredosadelinosfaria e quejandos que já metem nojo, todos juntos: " Qual a diferença de informação entre a televisão portuguesa do Estado, a RTP, e as paraestatais, a SIC, e a TVI, e as televisões do Estado do Irão, da Rússia, Cuba e Venezuela?"
A propósito, lembrei-me desta capa da L´Express de Fevereiro 1975:
Lembrei-me pelo seguinte: quando vi esta imagem nos quiosques, em Fevereiro de 1975 achei um exagero. Afinal estava habituado a ler o Expresso e a ver a RTP, o que então existia de informação em Portugal, para além do Sempre-Fixe e dos diários, embore confesse que lia o Jornal de Notícias para ver o desenvolvimento das aventuras do Agente Secreto X-9, o agente Corrigan e nada daquela capa me fazia sentido na altura. Afinal em Portugal ainda estava tudo controlado pelo MFA e asseguravam-nos que iria haver eleições "democráticas" ( sem partidos de direita...).
Por isso para todos os que acham que a insistência na denúncia do comunismo, nos dias de hoje é um anacronismo, fica aqui só para lembrar, esta capa.
Ontem como hoje, o que os comunistas e esquerdismo em geral defendem, é muito simples e diz-se numa frase que já se dizia então: quanto pior, melhor. Para eles. A bancarrota é o húmus da revolução com que ainda sonham e com os amanhãs a cantar que nunca esqueceram como horizonte mítico.
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