quinta-feira, abril 16, 2009

As mordaças de Vital

Lisboa, 15 Abr (Lusa) -- O cabeça de lista socialista às europeias, Vital Moreira, acusou hoje o seu adversário do PSD, Paulo Rangel, de desrespeitar a História ao falar em mordaça, dizendo que isso existia no Estado Novo, contra o qual combateu.

"Eu sou do tempo em que havia a mordaça do Estado Novo. As pessoas que falam em mordaça, mesmo a título de metáfora, deviam ter cuidado, porque desrespeitam a História", declarou Vital Moreira, momentos antes da apresentação do seu livro "Nós Europeus".


É verdade que no Estado Novo havia censura. Aos comunistas, sem dúvida. Aos "subversivos" também. Vital Moreira seria comunista, antes do 25 de Abril de 74, no tempo da mordaça? É altura de lho perguntar.
Uma coisa é certa: foi comunista e a mordaça do voto secreto e da opinião divergente e capada, só o incomodaram, aparentemente, depois de uma dúzia e meia de anos.

Em 1991, mudou de linha ideológica e passou ao socialismo prático. Deve ter sido por achar que o comunismo era um qualquer fantasia juvenil. Ou por causa da tal mordaça?

Entretanto, o seu actual apoderado político, vai tentando impor outras mordaças, nada metafóricas.
Estas nada incomodam o sentido Histórico do candidato Vital.

5 comentários:

Mani Pulite disse...

O Vital só deixou de ser comunista depois da implosão da União Soviética ,ou seja,quando finalmente percebeu que o comunismo não poderia concretizar os seus sonhos de poder ditatorial.Agora logicamente é Sócretinista.

Unknown disse...

" Coeur à gauche, portefeuille à droite" - lema deste e de muitos outros "vitais" que circulam por aí.
Mas podiam tratar simplesmente da vidinha e não pretenderem (grosseiramente)fazer de nós parvos...

joserui disse...

As mordaças de uns são as liberdades de outros. Estes comunistas, reciclados em burgueses, nunca viram uma mordaça deles que não tivessem gostado. O problemas são sempre os outros. -- JRF

Rebel disse...

Nada há de pior que um renegado!

Rebel disse...

E agora, para ser mauzinho e mesquinho, até vos posso dizer que o senhor Prof. Dr. que viveu na clandestinidade para depois se alinhar pelo poder instituído, até telefonemas para o seu telemóvel atende, interrompendo as aulas. Não respeita nem os alunos, quanto mais a mim que deixei deo ser há já tanto!

O Público activista e relapso