sábado, abril 30, 2011

Alguém trave este louco!

"Na prática, sem ajuda externa o Estado não tem dinheiro para funcionar a partir do final de Maio."- escreve Joao Silvestre no Expresso de hoje.

O título da notícia , na página 6,- " Cofres do Estado estão praticamente vazios"- devia estar na primeira página, mas os critérios editoriais do cretino que dirige o jornal são o que são e prefere por isso noticiar uma fantasia: que a "troika reestrutura Portugal de alto a baixo". Maior parvoíce jornalística é difícil de encontrar e só um director como o dito seria capaz de uma coisa assim.

Portanto, a notícia diz o que parecia óbvio a muitos e que era a realidade que nunca deveria permitir a este Inenarrável primeiro-ministro andar por aí publicamente a anunciar que não havia necessidade de intervenção externa, de ajuda financeira porque "tínhamos dinheiro".
Não tínhamos, o ministro das Finanças sabia-o muito bem e colaborou na farsa deste Mentiroso compulsivo que poucos querem acreditar seja um verdadeiro Vale e Azevedo. O tempo o dirá e nessa altura, os que o negaram voltarão com aquele ar de sábios tournesol a assegurar que sempre assim pensaram.

A verdade nua e crua, sabida já muito tempo antes do chumbo do PEC IV e do anúncio de pedido de ajuda e da demissão desse Inenarrável, é que Portugal, no início de Abril tinha em caixa apenas 300 milhões de euros. Isso tornava inevitável um pedido de ajuda externa como aconteceu e não seria qualquer PEC que o evitaria.

O Inenarrável evidentemente sabia disto. E mentiu. E votou a mentir. E continua a mentir. Não é a simples mentirola política de dizer que não esteve com quem teria estado. Não. É muito mais grave que isso: É uma negação de uma realidade que lhe seria prejudicial eleitoralmente e na qual o mesmo acredita tão piamente como no ponto electrónico que lhe colocam na frente quando discursa.

Tudo o que este Mentiroso pretende é permanecer no poder. Para continuar a mentir e a mentir e a mentir. Descarada, impudica e impunemente.

Evidentemente que isto só pára quando um alguém de reconhecida competência de credibilidade lhe diagnosticar a doença ou o prenderem para conduzir a um rilhafoles que já não existe.
Já há vozes dispersas a reclamar responsabilidade " de tribunal" a este Inenarrável. São poucas, manhosas algumas delas e sem consistência factual em corpo de delito suficiente. Outras surgirão, como aparecerão os Sombras do costume a cobrir com o manto diáfano da fantasia a notória mancha de factos criminosos.

Portanto, como isso não vai suceder, este Inenarrável vai conduzir-nos ao lugar onde nunca estivemos em centenas de anos de História: à falência económica e moral. Porque a anomia que vemos no eleitorado é de tal ordem que essa espécie de nemátodo social já está em expansão.
Os Sombras, nessa altura ficarão mudos que nem petos. Pica-paus a quem tiraram as árvores...

PS. Pacheco Pereira, no artigo no Público de hoje, diz a mesma coisa. Agora e de outro modo mais suave. Tipo jornalismo caseiro.

Questuber! Mais um escândalo!