Paulo Jorge Silva é um inspector tributário ( funcionário médio-alto da Administração Tributária, vulgo Finanças) que tem deposto como testemunha no julgamento de um dos casos do BPN. Participou na investigação.
O que tem dito nas sucessivas audiências de julgamento que decorrem devia ser suficiente para letras gordas de primeira página, porque é um compêncio do modo de funcionamento bancário, em Portugal e provavelmente em todo o sítio. Tirando a "ocultação de prejuízos" aos accionistas, ou incluindo mesmo isso porque faz parte do jogo, os métodos de alavancagem e de fazer girar o dinheiro por offshores e outras dependências da avidez financeira, são explicados e todos deviam perceber esse funcionamento básico para julgarem com outross elementos o que nos tem sucedido na governação pública e privada, no sector financeiro.
Porém, como as eleições presidenciais já foram e o presidente da República é o mais alto magistrado da Nação, "isso agora já não interessa nada". Mas interessa a quem intereressar.
Ontem, em audiência que é o sítio onde se reproduzem as provas recolhidas em Inquérito com valor acrescido porque ficam escritas para os juizes que aplicam a justiça em nome do povo, ouvirem e lerem, a testemunha qualificada disse que Oliveira e Costa, enquanto presidente do BPN teve um prejuízo de 275 mil euros com a venda das suas acções a Cavaco SIlva e filha.
Esses factos ocorreram em 2001, altura em que Cavaco Silva era "um mero cidadão", professor universitário e ex-primeiro ministro. Foi assim que a presidência da República descartou explicações de maior efoi assim que a campanha presidencial colmatou a brecha na credibilidade e honradez do candidato a presidente.
Há uma explicação lógica para que Oliveira e Costa tenha perdido tanto dinheiro que para um comum mortal, funcionário ou mesmo professor universitário é uma pequena fortuna ? Há apenas uma: Oliveira e Costa quis ser simpático para com o professor Cavaco Silva. Chega como explicação de uma realidade? Chega. Mas há outra realidade para além dessa: porquê?