Em 1984, Portugal tinha o FMI em casa, a mandar em nós e a dizer-nos como deveríamos governar e administrar o que era nosso e tínhamos malbaratado.
Dizer "nós" é um eufemismo porque quem o fez, foi apenas o Partido Socialista da época em que foi governo, sempre com o mesmo titular, Mário S. , a sós ou em bloco central com o PSD ( e foi no tempo da A.D. que o endividamento mais aumentou...). O mesmo que agora anda a dizer que recorrer ao FMI não é nada de especial. Pois não, porque o indivíduo a tal foi obrigado , devido à excelência da sua gestão da coisa pública. Não obstante, passados menos de dois anos era eleito presidente da República, para grande gáudio da Esquerda em geral que o elegeu. Deus tinha adormecido outra vez.
Na altura, no Semanário de 23 Junho de 1984 escrevia em crónica Sarsfield Cabral:
"Veja-se o que se passou em 81, quando o segundo governo Balsemão recusou assinar a Carta de Intenções dirigida ao FMI: a Carta acabaria por ser enviada dois anos e tal depois ( em Setembro de 83), mas inevitavelmente muito mais dura para Portugal, pois entretanto tinha-se acelerado o descarrilamento financeiro." Isto foi em 1983-84...
E escreve ainda Sarsfield Cabral:
"Mas o FMI não tem culpa de que, por falta de capacidade dos Governos portugueses para concretizarem uma política económica, até meramento conjuntural, só a disciplina que ele impõe venha afinal a dar um pouco de ordem financeira à casa lusitana". Isto aconteceu em 1983-84, poucos anos depois de o FMI ter cá estado pela primeira vez, essa sim, pela mão exclusiva de Mário S. que agora se ufana do feito.
Nas eleições legislativas que se seguiram a esta "crise política", realizadas em 6.10.1985, o Diário de Notícias de então, dirigido por Mário Mesquita, editorializava o célebre "Deus não dorme", para registar a derrota estrondosa do PS dirigido por Almeida Santos que pedira a maioria absoluta (!!! ) para governar em "estabilidade". Como agora o fazem e nos três dias de comício o fizeram.
Então o PSD de Cavaco alcançou 78 mandatos na A.R. enquanto dois anos antes tivera 73. O PS dos 100 mandatos que teve em 83, contentou-se com 47 (!), uma das maiores derrotas do Sombra de que há memória e por causa da qual nunca mais ficou ao sol. Diz o DN que um em cada três votantes abandonou o Sombra e o PS. À "boca das urnas", em declarações dizia "que ganhe o melhor". Depois disso, assumiu a "derrota pessoal". Mas foi ficando. E ainda lá anda, a presidir a essa "derrota pessoal" de 85.
Para a derrota estonteante, contou o PRD que obteve 45 deputados e conquistou quase um milhão de votos.
Naquele editorial, Mário Mesquita escrevia "Deus não dorme: pôs a lei da alternância a funcionar. A manipulação propagandística e o primado do show-business não bastaram para apagar da memória dos eleitores a experiência governamental mais próxima."
Dali a um ano, nem isso, o mesmo Mário Mesquita apoiava quem, para presidente da República? Salgado Zenha. E em 2005? Mário S. Bingo! Deus adormeceu, nessa altura. E o PRD desfez-se entretanto.
Mário Mesquita foi um dos fundadores do PS. Provavelmente da Maçonaria e só escreveu o editorial porque era da "esquerda" do partido que ajudou a fundar e abandonou em 78. Só por isso.
Dizer "nós" é um eufemismo porque quem o fez, foi apenas o Partido Socialista da época em que foi governo, sempre com o mesmo titular, Mário S. , a sós ou em bloco central com o PSD ( e foi no tempo da A.D. que o endividamento mais aumentou...). O mesmo que agora anda a dizer que recorrer ao FMI não é nada de especial. Pois não, porque o indivíduo a tal foi obrigado , devido à excelência da sua gestão da coisa pública. Não obstante, passados menos de dois anos era eleito presidente da República, para grande gáudio da Esquerda em geral que o elegeu. Deus tinha adormecido outra vez.
Na altura, no Semanário de 23 Junho de 1984 escrevia em crónica Sarsfield Cabral:
"Veja-se o que se passou em 81, quando o segundo governo Balsemão recusou assinar a Carta de Intenções dirigida ao FMI: a Carta acabaria por ser enviada dois anos e tal depois ( em Setembro de 83), mas inevitavelmente muito mais dura para Portugal, pois entretanto tinha-se acelerado o descarrilamento financeiro." Isto foi em 1983-84...
E escreve ainda Sarsfield Cabral:
"Mas o FMI não tem culpa de que, por falta de capacidade dos Governos portugueses para concretizarem uma política económica, até meramento conjuntural, só a disciplina que ele impõe venha afinal a dar um pouco de ordem financeira à casa lusitana". Isto aconteceu em 1983-84, poucos anos depois de o FMI ter cá estado pela primeira vez, essa sim, pela mão exclusiva de Mário S. que agora se ufana do feito.
Nas eleições legislativas que se seguiram a esta "crise política", realizadas em 6.10.1985, o Diário de Notícias de então, dirigido por Mário Mesquita, editorializava o célebre "Deus não dorme", para registar a derrota estrondosa do PS dirigido por Almeida Santos que pedira a maioria absoluta (!!! ) para governar em "estabilidade". Como agora o fazem e nos três dias de comício o fizeram.
Então o PSD de Cavaco alcançou 78 mandatos na A.R. enquanto dois anos antes tivera 73. O PS dos 100 mandatos que teve em 83, contentou-se com 47 (!), uma das maiores derrotas do Sombra de que há memória e por causa da qual nunca mais ficou ao sol. Diz o DN que um em cada três votantes abandonou o Sombra e o PS. À "boca das urnas", em declarações dizia "que ganhe o melhor". Depois disso, assumiu a "derrota pessoal". Mas foi ficando. E ainda lá anda, a presidir a essa "derrota pessoal" de 85.
Para a derrota estonteante, contou o PRD que obteve 45 deputados e conquistou quase um milhão de votos.
Naquele editorial, Mário Mesquita escrevia "Deus não dorme: pôs a lei da alternância a funcionar. A manipulação propagandística e o primado do show-business não bastaram para apagar da memória dos eleitores a experiência governamental mais próxima."
Dali a um ano, nem isso, o mesmo Mário Mesquita apoiava quem, para presidente da República? Salgado Zenha. E em 2005? Mário S. Bingo! Deus adormeceu, nessa altura. E o PRD desfez-se entretanto.
Mário Mesquita foi um dos fundadores do PS. Provavelmente da Maçonaria e só escreveu o editorial porque era da "esquerda" do partido que ajudou a fundar e abandonou em 78. Só por isso.
D.N. 7.10.85 clicar para ler.
4 comentários:
Mário mesquita morreu ?acho que não
Peço desculpa. As notícias da sua morte eram um pouco exageradas...
ehehehe
Sempre, que os aventalados pêesses, estão algum tempo no "governo", aparece a bancarrota e o fmi.
Já era assim, na 1ª república......
Será genético, algum cromossoma, com uma falha??????????????
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