quarta-feira, abril 06, 2011

Jaime Gama sai de cena

SIC
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, despediu-se hoje do Parlamento, anunciando que não regressará na próxima legislatura, deixando de figurar nas listas de candidatos a deputados do PS.

Este indivíduo, Jaime Gama é do mesmo tempo que o Sombra, no PS. É um histórico do partido e podemos vê-lo nas lides partidárias logo, logo a seguir ao 25 de Abril.


No caso Ançã Regala, um comunista da extrema-esquerda, eventualmente do MRPP, então empedernido e que queria fazer da então Emissora Nacional o que Durão Barroso fazia na Faculdade de Direito, ou seja, uma coutada do partido, Jaime Gama mostrou logo então que era um democrata, conforme se pode ler.

Jaime Gama, então militar, miliciano, já era director dos serviços de noticiários da E.N. Já seria iniciado nas seitas? Não interessa muito.


O que interessa nesta altura em que sai da ribalta é o seguinte: Jaime Gama foi acusado há uns anos por alguns rapazes, de comportamentos pouco abonatórios para a decência sexual vigente, no âmbito do Casa Pia. Uma acusação grave, no mínimo. Jaime Gama queixou-se por difamação e perdeu a acção penal. Ponto.


Não é suspeito nem deixa de ser, nesse caso. Mas deve dizer-se que Jaime Gama, ao contrário de outros, não rasgou as vestes de inocência, não vociferou intempestivamente, nem procurou a vingança legislativa, que se saiba e que efectivamente aconteceu. Sofreu provavelmente o opróbrio da acusação mas ainda assim, candidatou-se e ganhou ( com o apoio do PSD de Ferreira Leite) o lugar de segunda figura do Estado. Não devia lá estar, mas esteve. E publicamente comportou-se como outros não se comportaram. Com um mínimo de dignidade.


Fica o registo.

5 comentários:

Carlos disse...

Ora aqui está. A democracia e o respeito em funcionamento. Concordo.

zazie disse...

Que democracia?

ahahahhahahah

zazie disse...

E que "respeito"?

ahahhahahahahahaha

zazie disse...

É mais caso de "demopedaristia entupida".

Carlos disse...

...e também, a virulência do vírus.
Em grande estilo panfletário (mais um resquício da fase esquerdelha da dita)

A obscenidade do jornalismo televisivo