sexta-feira, abril 01, 2011

O repetente do FMI

Sapo:

O ex-presidente da República Mário Soares disse hoje não ser daqueles que têm muito medo do Fundo Monetário Internacional (FMI), recordando que enquanto primeiro-ministro teve que recorrer a ele duas vezes e que Portugal resolveu os problemas.

Claro que Mário S. não tem medo do FMI. As duas únicas vezes que Portugal esteve à beira da bancarrota, tirando esta, foi com os socialistas. Os amigos dos pobrezinhos e que são sempre de esquerda porque se opõem aos ricos capitalistas que querem sempre esfolar o povo. Os socialistas foram sempre os amigos privilegiados dos pobres da classe média. Com um resultado evidente mas que muitos se negam a reconhecer: os seus governos geram sempre pobreza, maior miséria e são exactamente o contrário do que prometem. Depois de verem o resultado desastroso das políticas que aplicam, desculpam-se sempre com os outros. E voltam ao mesmo.
A população portuguesa, pobre em termos relativos, aprecia o discurso do PS porque lhe promete o que espera: vida melhor e combate aos privilégios. Nunca cumpre as promessas mas consegue sempre enganar quem vota.

Então aquele Mário S. nesse discurso é um ás e foi assim que ganhou a eleição presidencial em 86: aliando-se a uma esquerda que votou no mal menor porque o adversário era "de direita" e esta é o mal em si mesmo. A direita, em Portugal nem tem coragem de assumir o nome, tal é o opróbrio que lhe caiu em cima durante mais de 30 anos.

Temos por isso um Mário S. que governou sempre mal e obrigou o país a estender a mão ao FMI por duas vezes. Mas Mário S. mostra orgulho nisso como se vê. E ninguém lhe atira o pano encharcado a recomendar-lhe pudor.

Agora temos outra vez o FMI à porta. Quem o trouxe cá, novamente? O PS novamente. E que ganha eleições sempre com o mesmo discurso: contra os ricos e exploradores. É um discurso oco, falso, porque se há burguês em Portugal, é precisamente Mário S.

No entanto, na próxima campanha eleitoral vamos vê-lo novamente com o discurso de sempre e que ganha eleições.

O povo português não tem emenda.

Questuber! Mais um escândalo!