sábado, abril 09, 2011

A Esquerda farsante

Já estão a girar as ideias mágicas para ganhar as eleições: o PSD quer acabar com "os direitos sociais", acabar com a "escola pública" e o "serviço nacional de saúde". O PSD tem uma agenda ultra-liberal e o seu programa é o do FMI.

E há uma grande diferença entre o PSD e o PS: este partido não quer acabar com aquelas conquistas da democracia. O PSD quer. O PS se tiver que governar com o FMI, fá-lo-á a contra-gosto. O PSD não porque é esse o seu programa.

Foi isto que António Costa acabou de dizer numa entrevista de Judite de Sousa ( que deixou agora mesmo de ser funcionária pública) durante o congresso do PS.

Entretanto, José S. apareceu várias vezes com aspecto compungido e "emocionado". Provavelmente é mais uma facécia deste Inenarrável da política portuguesa.

Os seus correlegionários estão todos unidos à volta desde Inenarrável porque é da vidinha deles que se trata. O país, esse, bem pode lixar-se. E lixar-se-á, sem apelo nem agravo.

Até convidaram Ferro Rodrigues, o emigrado na OCDE onde se encontrava em retiro sabático por causa do Casa Pia.
Veremos o que o futuro nos reseva. A bancarrota espreita e o PS já comemora em happening. O Sombra também lá está, com o mesmo discurso de sempre, o da Esquerda farsante.

18 comentários:

zazie disse...

Ainda ontem disse isso a pessoas amigas. Agora a palavra não é "a reacção" é o neo-liberalismo- o que quer que isso seja mas que funciona pavlovianamente.

Até uma amiga minha disse que julgava que eu era neoliberal pelo facto de ser anti-xuxas.

A sério. Vivem de palavras e estes sacanas vendem as que sabem que servem bem.

E vejam aqui a treta da Islândia anti-capitalista:
http://www.causes.com/causes/593882
É isto que circula por fwds

zazie disse...

E quando eu lhe perguntei, absolutamente admirada, por que carga de água é que eu havia de ser neo-liberal (pois basta ir ao Cocanha para se ver o que gozo com os neotontinhos) a resposta foi meio atrapalhada- "por causa da economia privada".

ahahahaha

zazie disse...

Mas é uma coisa impressionante- como conseguem vir todos aparar o trafulha.

JC disse...

Todos mesmo.
Até o António Vitorino lá está em grande, com aquele sorriso hipócrita, com a uma estúpida metáfora que nem percebi bem (um gajo qualquer que partia a cabeça a outro com uma cadeira) a propósito de atribuir ao PSD a culpa da crise.

Ah, falta o Carrilho...

joserui disse...

Qualquer pessoa de bem, de qualquer área política, tem de andar agoniada. Que fantochada indecente.
Não há naquele congresso nenhum que se aproveite. Nem um.
Mas podem tomar nota: vi dois bocadinhos daquele show de atrocidades e uma certeza eu tenho — aquilo é uma encenação altamente profissionalizada. Este bando não brinca em serviço. E ou ganha as eleições ou vai vender muito cara a derrota. O resultado prático para o país vai ser mais ou menos o mesmo. -- JRF

joserui disse...

O que a Zazie diz tem piada... o neoliberalismo via propaganda pura e dura tornou-se uma espécie de nazismo da era moderna. Quando não há um único argumento, lança-se o neoliberalismo.
Do FCP ainda há pouco chamaram nazis aos do Benfica. Pouco falta para lhes chamarem neoliberais. E aos árbitros que roubam penaltys — são uns neoliberais!
Gostava de saber quanto custa um congressozinho socialista. E em que hotéis esses amigos dos pobrezinhos se abrigam.
(Fónix estou a ver agora um Ferro Rodrigues dizer que é um tempo de regresso e o outro com a lágrima no olho. Vou vomitar e já volto.) -- JRF

joserui disse...

Diz que é uma "batalha histórica"... fosga-se. O indivíduo vai ter que repetir que não percebi bem. Vão encenar a batalha do Buçaco? Que pornochachada indecente. -- JRF

zazie disse...

Podes crer. O josé é que apanha bem a semântica.

Mas esta do "neoliberalismo" é relativamente recente. E dei com ela entre pessoas amigas e que nem imaginam o que isso possa ser.

Era o "neoliberalismo" para cá e o neoliberalismo para lá. E até eu já fazia parte do pacote. Uma perfeita imbecilidade.
Basta uma palavra e o mito da igualdade e dos pobrezinhos e já está.

E são pessoas mil vezes mais burguesas que eu. Sem comparação possível. Mas é a etiqueta do opróbrio por não fazer a onda.

E depois vem sempre o paleio da necessidade do Estado criar empregos.

JC disse...

Fosga-se, estão mesmo a cerrar fileiras.
É o arranque para a batalha final.
Para muitos destes gajos será o fim da linha se perderem as próximas eleições.
Não aguento mais isto.

Joserui, vá relatando porque eu não consigo olhar mais para aqueles crápulas.
Prefiro comer um verme.
Dá-me menos vómitos.

zazie disse...

Ah e a culpa da "Alta Finança".

Mas depois é meio mundo de tóxico-dependentes dos produtos. Tudo enterrando em produtos Tio Patinhas para irem abastecidos para Eternidade.

zazie disse...

"comer um verme"

ehehehehehe

Eu também não consigo. Vai relatando, ó Doutor-Engenheiro --JRF.

zazie disse...

Mas, esta treta do "neoliberalismo" é mensagem passada na tv e pelos xuxas.

Porque quem a repete nem anda na blogo. E isso de neotontice é coisa de blogo e o Arroja até disse, no outro dia, que só conhecia dois liberais que não são funcionários públicos.

JC disse...

Este congresso dos xuxas, a seguir à demissão do inenarrável e neste meio tempo que não é carne nem peixe, veio mesmo a calhar.

É um fim-de-semana inteiro na passarelle para os xuxas, com uma cobertura televisiva - dos 3 canais - nunca vista.

Uma autêntica "megacobertura".
Propaganda até dizer chega, de borla.

PS: o Narcísico Miranda não tinha ameaçado que ia ao congresso partir a loiça?

joserui disse...

Eu? Estão xonés. Mudei logo a seguir. Senão ia televisão ia tudo pela janela fora. Tenho menores em casa, não posso a andar a fazer figuras tristes. Hehe. Não posso mesmo. -- JRF

joserui disse...

O Pedro Arroja esteve bem nessa. Hehe. E esses dois deve ser no país todo. Mas é tudo uma fantochada, porque cá até quem trabalha num banco está dependente do Estado. A financiar obras faraónicas e PPPs e o diabo a quatro. Isto está tudo minado.
Estou com um misto de apreensão e curiosidade. -- JRF

Joao Bispo disse...

Isso do "neo-liberal" é uma praga.

Já me acusaram de estar com ideias neo-liberais, numa discussão em que estava a defender a liberdade de expressão (!), nem metia economia ao barulho.

Isto já foi há uns dois anos, na altura nem sabia o que era "neo-liberal", tive que ir ver à internet. E pelos vistos, quem me acusou também não sabia.

Maria disse...

Perdi mesmo agora um comentário onde dizia o que deve ser dito sobre os farsantes que desfilaram no congresso socialista... Vamos lá ver se este não se perde...
O Sombra lá saiu por três dias da obscuridade, aparecendo muito juntinho ao seu protegido, como não poderia deixar de ser. É ele que manda no partido e no país. A determinada altura, fingindo que rabiscava qualquer coisa num papel, pôs-se à escuta do que aquele segredava, com a mão a tapar a boca, a alguém atrás dele...

Mas o que foi de deixar os portugueses boquiabertos e incrédulos, foi o repelente F. Rodrigues aparecer sentado ao lado do Inenarrável. E pior um pouco, foi ele ter tido a suprema lata de discursar perante o país inteiro (depois do que o país inteiro sabe sobre o seu perfil moral) e ser saudado e aplaudido por toda aquela gente. Depois, muito orgulhoso do seu estatuto político... andou aos abraços, aliás muito significativos, aos principais dirigentes da seita, incluíndo o Sombra que levou o mais apertado de todos... pois concerteza.

Pobre e infeliz povo que ingènuamente permitiu que esta seita tomasse o poder em Portugal.
Maria

Carlos disse...

Para se entender este congresso, é preciso perceber:

José S. foi reeleito secretário geral do PS, com cerça de 93% dos votantes. Por sua vez, a percentagem de votantes não chegou aos 25% dos militantes do PS. Ou seja, mais de 75% ficaram fora deste efe-erre-á.

Assim, os delegados presentes neste congresso, devem corresponder aos votantes de José S. e seria muito interessante saber, qual a ocupação profissional de cada um deles.

Percebendo isto, talvez não seja de estranhar a euforia vivida por aqueles que devem estar prestes (penso eu!) a engrossar as listas do desemprego. O desespero a isto obriga.