sexta-feira, abril 01, 2011

A Mentira maior continua

Campos e Cunha, no Público de hoje escreve que a presente crise de governo ( que não propriamente crise política como todos se lhe referem) foi desejada pelo próprio Governo e explica porquê:

"Sabiam certamente, que os resultados orçamentais de 2010, avaliados pelo INE-Eurostat, não confirmariam os mágicos 6,9% do PIB. Apesar das receitas extraordinárias o défice de 2010 é mais grave que o de 2009 na versão anterior e que quase nos levou à bancarrota há um ano. Logo, há várias semanas que o Governo adivinhava o final desta semana e antecipou-se."

O que dizer disto, assim tão escarrapachado na cara do povo?

Que aqueles que concedem o benefício da dúvida a este governo e partido têm e terão o que merecem. A única explicação para o fenómeno continua a ser a dos apaniguados e daqueles que ainda acreditam que o PS é um partido de esquerda que defende os pobrezinhos contra os ricos capitalistas que nos querem aldrabar e tirar mais do que estes tiram. Este raciocínio básico, essencial, de fundo é p que ganha eleições em Portugal. E se tal não é verdadeiro, compete a quem está na berlinda denunciar e explicar o sofisma e a aldrabice disto.

Outra aldrabice explicada num pequeno artigo de Carlos Fiolhais, físico em Coimbra: " as energias renováveis são, por ora, muito caras e pouco eficientes. "

Este discurso não passa no Governo. Passa a propaganda e a imagem falsa. E os dinheiros que são de todos nós vão para alguns, à sombra desta aldrabice.
De resto é difícil encontrar uma única política de governo actual que não seja uma pura aldrabice e mentira de todo o tamanho. Seria interessante que quem sabe apontar factualmente essas aldrabices o fizesse e desmontasse ponto por ponto a política deste governo. É incrível. Como é possível que as pessoas que lidam com investimentos, como é o caso dos famigerados bancos e agências de rating, tenham confiança mínima em nós, como povo que elege?
Inenarrável mesmo.

3 comentários:

pvnam disse...

A propósito da ameaça de bancarrota:

- O conselheiro de Estado e professor de Economia, Vítor Bento: «A conclusão adicional a que eu tenho vindo a chegar, não necessariamente com grande satisfação, é que outra actuação não teria sido possível, no quadro democrático. Qualquer narrativa diferente teria sido rejeitada eleitoralmente, como aliás foi»
DITO DE OUTRA FORMA: O país está à mercê da bandalheira: "vamos curtir... e quem vier a seguir que pague..."

MAIS: a bandalheira parece não conhecer limites - A SUBMISSÃO MORAL DAS MULHERES PERANTE OS ISLÂMICOS!
- De facto: criticam a repressão dos Direitos das mulheres... mas depois avançam em direcção ao cúmulo da bandalheira: «vamos aproveitar a boa 'produção demográfica' daqueles gajos que reprimem os direitos mulheres (leia-se os Islâmicos) para baixar os custos de renovação demográfica [nota: fica caríssimo pagar os custos de renovação demográfica: incentivos monetários à natalidade, despesas com a fertilidade dos casais, despesas com a gravidez das mulheres, despesas em Saúde e Educação até à idade adulta, etc...] e resolver assim o problema demográfico que existe na Europa».



---»»» Concluindo e resumindo: Antes que seja tarde demais, há que mobilizar aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!

Carlos disse...

Tal como no Carnaval - "ninguém leva a mal". Hoje, a mentira faz parte da tradição (1 Abril).

JC disse...

"Seria interessante que quem sabe apontar factualmente essas aldrabices o fizesse e desmontasse ponto por ponto a política deste governo"

Seria interessante não: seria necessário, seria um dever cívico, seria uma obrigação moral que quem sabe as aldrabices que se vão fazendo o denunciasse publicamente.

O Público activista e relapso