
Jornal i de hoje, por Ana Sá Lopes: "O governo prepara-se para comprar uma guerra ( esta novilíngua importada dos blogs e do discurso de rua é um espanto)com a Igreja que tem todos os condimentos para se transformar num caldo de proporções devastadoras ( este modo de noticiar opinando é um must no jornalismo de hoje).
A anunciada privatização de um canal da RTP, ao baixar os preços da publicidade nas televisões ao nível da liquidação total ( aliás, já estão em saldo neste momento) vai reflectir-se na redução drástica dos lucros de publicidade das rádios e da imprensa escrita, com implicações na sobrevivência desses meios." Está passado o recado contextual. A seguir vem a notícia sobre a "guerra santa" que "ameaça o governo". Malha-nos Deus!
A anunciada privatização de um canal da RTP, ao baixar os preços da publicidade nas televisões ao nível da liquidação total ( aliás, já estão em saldo neste momento) vai reflectir-se na redução drástica dos lucros de publicidade das rádios e da imprensa escrita, com implicações na sobrevivência desses meios." Está passado o recado contextual. A seguir vem a notícia sobre a "guerra santa" que "ameaça o governo". Malha-nos Deus!
Portanto, essa é a razão da oposição da Igreja à privatização da RTP: o bolo publicitário que actualmente ronda os 585 milhões de euros, depois de ter sido superior a 700 milhões, pode reduzir-se ainda mais. No meio do artigo de Ana Sá Lopes, também adepta deste tipo de jornalismo desportivo, vem a notícia: " A matéria, até agora, tem sido gerida com pinças pelos responsáveis dos órgãos de comunicação social da Igreja. Não é conhecida, por exemplo, nenhuma posição pública da Rádio Renascença sobre a questão da privatização da RTP, em contraste com o que tem feito a SIC, de Pinto Balsemão, e a TVI de Pais do Amaral. "
Por isso mesmo não há notícia alguma, mas apenas a aparência dela e que permite uma parangona na primeira página, à moda de um News of the world sem escutas mas à coca de bombas noticiosas com mau cheiro acoplado. Um jornalismo trash, por isso mesmo, sem classe alguma e baseado em palpites opinativos. Um desastre que se anuncia para o i, porque não tem conseguido o golpe de asa que precisaria para dar a volta aos maus resultados. Aposto que com este novo director ainda baixou mais as vendas, o que é uma desgraça para quem lá trabalha e para quem gosta de ler notícias com conteúdo e valor acrescentado.
Por isso mesmo não há notícia alguma, mas apenas a aparência dela e que permite uma parangona na primeira página, à moda de um News of the world sem escutas mas à coca de bombas noticiosas com mau cheiro acoplado. Um jornalismo trash, por isso mesmo, sem classe alguma e baseado em palpites opinativos. Um desastre que se anuncia para o i, porque não tem conseguido o golpe de asa que precisaria para dar a volta aos maus resultados. Aposto que com este novo director ainda baixou mais as vendas, o que é uma desgraça para quem lá trabalha e para quem gosta de ler notícias com conteúdo e valor acrescentado.
A RTP tem prejuízos acumulados de valor superior ao "bolo publicitário" ( cerca de 800 milhões, em 2010) e recebe do Estado todos os anos, várias centenas de milhões de euros ( em 2010 mais de 237 milhões de euros entre taxas e subsídios de compensação). Ainda assim, afigura-se um drama maior, para esta gente que acolita certos lobbies.
A Igreja, nisto, nem é vista nem achada. É apenas um pretexto.