Segundo o Público de hoje, Marinho e Pinto perante o caso do "copianço" dos futuros advogados em paralelo com o do "copianço" dos futuros magistrados, em que neste caso defendeu a exclusão da profissão e naquele fica pela mera anulação da prova, distingue assim:
"Não, não devem ser excluídos. Os juízes vão julgar os outros, é diferente."
Muito diferente, de facto: os juízes julgam os outros segundo a lei e o direito, sendo independentes, irresponsáveis e inamovíveis, salvo caso de força maior e escândalo evidente. Não julgam os outros segundo critérios pessoais ou particulares devendo justificar e fundamentar as respectivas decisões.
Os advogados, esses, como não julgam os outros nessa veste de imparcialidade, podem ter um carácter menos exigente...e por isso têm licença de Marinho e Pinto para poderem ser mais flexíveis na ética e deontologia. Os clientes que se amanhem e paguem sem bufar os honorários pedidos.
Os futuros juízes se copiarem revelam falta de carácter incompatível com a profissão. Os futuros advogados não revelam nada disso porque tal pouco importa, para o caso.
Este Marinho e Pinto nem se deu conta do mal que disse dos advogados, dos quais é bastonário e como os vilipendiou apenas com essa frase.